Julho 05, 2009
Cruel Abandono
636 páginas de uma história que nos prende e nos faz pensar nas dimensões do medo de sermos questionados pela nossa conduta.
É o segundo livro que leio de Penny Vincenzy, este “Cruel Abandono” é bastante semelhante ao “Escândalo” no que refere a estrutura e forma de apresentar as personagens e a história. Mas confesso que achei este muito mais interessante, o tema em si é mais polémico e apela à curiosidade do leitor.
Três jovens comemoram o inicio da idade adulta fazendo uma viagem pelo mundo nos anos 80. Martha, Clio e Jocasta conhecem-se no aeroporto no dia que marca o ponto de partida para meses de descobertas e também para o nascimento de uma amizade entre as três. Passados 16 anos os momentos passados juntas são uma ténue recordação do passado, nem o contacto nem a amizade foram mantidos; contudo, uma situação faz com que se reencontrem, não que o desejem pois o passado encerra muitos segredos.
Kate é uma jovem de 16 anos que procura respostas sobre a sua vida, a mão biológica abandonou-a após o nascimento sem qualquer explicação.
Uma série de acontecimentos casuais faz com que Kate se coloque em contacto com Jocasta, Clio e Martha, o que por sua vez faz com que as três se reencontrem anos após a viagem.
A autora fornece diversas pistas sobre qual delas será a mãe de Kate, mas só a partir de uma certa altura sabemos com certeza quem a abandonou; esta “fase” de pistas e especulações consegue manter o leitor preso ao livro, especulando ele próprio quem poderá ter abandonado um bebé recém-nascido num aeroporto. Após esta descoberta adensa-se o mistério sobre quem será então o pai e, apesar de as pistas fornecidas tornarem bastante óbvio de quem se trata, é empolgante a forma como a história é contada.
Além da história de Kate, as vidas de Martha, Clio e Jocasta são exploradas e podemos perceber o que as três viajantes aventureiras fizeram das suas vidas entretanto, os seus amores, desejos, profissões e segredos enriquecem esta história e fornecem pistas sobre a sua postura.
Gosto da forma como Penny Vincezy vai desenvolvendo a narrativa, apresentando as personagens e descrevendo as suas vidas e interacções, num livro onde tudo está relacionado importa estar atento aos pormenores.
Amor, ódio, sexo, tristeza, intriga, política, casamento, morte, nascimento e redenção. Ingredientes bem conjugados para um livro longo que se lê num ápice.
Sinopse
“Numa noite de 1986, uma bebé recém-nascida é encontrada abandonada no aeroporto de Heathrow. Goradas as investigações, a criança é entregue às autoridades e posteriormente adoptada.
Passados quinze anos, a bebé, Kate, é já uma bela adolescente, aspirante a modelo, que decide procurar a mãe biológica.
Essa busca vai reunir três mulheres - Martha, Clio e Jocasta - que 16 anos antes se tinham conhecido, casualmente, durante uma viagem à Tailândia.
As três amigas têm agora vidas agitadas mas bem-sucedidas, cheias de preocupações profissionais e de relações amorosas nem sempre fáceis. Martha continua solteira e é uma advogada de sucesso; Clio é uma médica presa a um casamento falhado; Jocasta é uma jornalista apaixonada por um homem com pavor dos compromissos.
Kate irá concretizar o seu desejo de conhecer a mãe biológica, mas isso obrigará a que seja revelado um segredo que uma das mulheres guardara ciosamente ao longo de todos esses anos... “
Passados quinze anos, a bebé, Kate, é já uma bela adolescente, aspirante a modelo, que decide procurar a mãe biológica.
Essa busca vai reunir três mulheres - Martha, Clio e Jocasta - que 16 anos antes se tinham conhecido, casualmente, durante uma viagem à Tailândia.
As três amigas têm agora vidas agitadas mas bem-sucedidas, cheias de preocupações profissionais e de relações amorosas nem sempre fáceis. Martha continua solteira e é uma advogada de sucesso; Clio é uma médica presa a um casamento falhado; Jocasta é uma jornalista apaixonada por um homem com pavor dos compromissos.
Kate irá concretizar o seu desejo de conhecer a mãe biológica, mas isso obrigará a que seja revelado um segredo que uma das mulheres guardara ciosamente ao longo de todos esses anos... “
Porto Editora, 2009