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planetamarcia

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Maio 01, 2015

Tempo de Partir - Jodi Picoult - Opinião

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“Tempo de Partir” é o sexto livro que leio de Jodi Picoult. Sabia à partida que seria arrebatada por um livro surpreendente, possivelmente perturbador e certamente imprevisível. Parece uma expectativa ridícula de ser ter ao início. Não é. Que já leu livros da autora perceberá. E eu não estava preparada para me desiludir. Nem queria. Por vezes imagino como se preparará Picoult para um novo livro, sabendo que os seus seguidores esperam o máximo, esperam melhor, esperam por aquele momento do livro em que tudo tão deliciosamente se desmorona, e surge, perante os seus olhos, um cenário que sempre ali esteve, tão óbvio, escondido da melhor forma possível: à vista de todos.

Tudo o que possa dizer mais do que isto será perigoso para quem queira ler “Tempo de Partir”, e deseje chegar na mais pura ignorância ao “ponto de não retorno”, mesmo assim tenho de continuar. É que se há criatura que eu admiro é o elefante, e este livro está cheio deles, e dá uma visão do seu modo de vida que eu considero real, pelo pouco que já li, e que me fez interessar por estes animais com características tão semelhantes aos humanos, a alguns humanos pelo menos. Em relação a outros, o elefante supera-os em grandes doses de humanidade. Um bicho gigante, com um poder de destruição enorme, que nunca esquece, que tem um amor inesgotável pelas crias, para toda a vida, que chora os mortos e faz o luto. Que protege, chora, sente.

Alice conta-nos tudo. Através dos seus diários de pesquisa dos tempos que passou em África, observando elefantes, estudando e desenvolvendo teorias pouco levadas a sério pela comunidade científica, mas que para mim, como leitora, me convenceram, e isso, é do mais importante num livro. Jodi Picoult escreve muito bem, mas não é extraordinária, nem o poder dos seus livros está numa escrita elaborada ou profunda, mas sim na capacidade que ela tem de fazer acreditar que um sapato pode ser uma janela (exemplo parvo da minha autoria). Neste ponto ela é, de facto, admirável.

Os diários de Alice são, para Jenna, as únicas memórias da mãe. O mais comum é serem os pais a procurar os filhos desaparecidos, aqui temos uma adolescente que há dez anos perdeu a mãe, sofre com o trauma de ter sido abandonada, mas na verdade não sabe o que se passou, se a mãe fugiu, e se sim, porque o fez deixando-a para trás, ou se estará morta. Jenna é mais uma das personagens-crianças-prodígio de Picoult, temerária, determinada e rebelde, decide, aos treze anos, encontrar a mãe.

Aqui o livro começa a assumir contornos de um policial, dado o mistério em redor do desaparecimento de Alice, e a forma como a história se vai adensando em torno da noite em que mãe e filha se separaram. Jenna procura a ajuda improvável de uma médium decadente e de um detective alcoólico, personagens que levam a tristeza das suas vidas vazias ao nível de se lhes desejar a recuperação. Um trio quase impossível de acreditar que possa ser real, mas que a criatividade da autora torna o leitor cego para discernir o possível do impossível. E é bom cair numa história que vale por si própria, em que nos enredamos, e de onde não desejamos sair. Saímos. Mas não os mesmos. Dos livros de Jodi Picoult não se sai ileso. E ainda bem.

Não deixem de participar no passatempo para um exemplar de “Tempo de Partir” até 3 de Maio. Todas as informações aqui.

“Têm de compreender que há romance em África. Podemos contemplar um pôr do sol e acreditar que vimos a mão de Deus. Observamos o movimento lento de uma leoa e esquecemo-nos de respirar. Maravilhamo-nos com o tripé formado por uma girafa curvada para beber água. Em África há azuis iridescentes nas asas de pássaros que não se veem em mais lado nenhum da natureza. Em África, no calor do meio-dia, podem ver-se bolhas na atmosfera. Quando estamos em África sentimo-nos primordiais, embalados no berço do mundo.” (Pág. 226)

Sinopse

“Durante mais de uma década, Jenna Metcalf não deixa de pensar na sua mãe, Alice, que desapareceu em misteriosas circunstâncias na sequência de um trágico acidente. A criança que era então não conservou lembranças dos acontecimentos, mas Jenna recusa-se a acreditar que a mãe a tivesse abandonado e relê constantemente os diários que ela escrevia com as observações da sua pesquisa sobre elefantes, tentando encontrar uma pista oculta. 
Desesperada por obter respostas, Jenna contrata dois improváveis ajudantes, uma médium famosa por encontrar pessoas desaparecidas e um detetive que já tinha estado envolvido na investigação do desaparecimento de Alice, e parte determinada a descobrir a verdade.”

Editorial Presença, 2015

Tradução de Manuela Madureira

Dezembro 20, 2010

No seu Mundo - Jodi Picoult - Opinião

 

Quanto mais conheço o trabalho de Jodi Picoult mais me encanta a forma como nos leva sempre por caminhos novos, e os temas polémicos que oferecem uma discussão intensa. “No seu Mundo” não é excepção, na verdade é provavelmente o melhor livro que já li desta autora.

Fiquei presa numa escrita intensa e envolvente que, há medida que avança, mais nos agarra. Dei por mim a ler centenas de páginas de seguida, sem ponta de fadiga nem vontade de parar. Temos mais uma vez capítulos curtos, cada um dedicado a uma personagem, como se cada uma tivesse a sua própria voz, é o seu pensamento. Interessante a forma como a cada personagem (capítulo) é atribuído um tipo de letra diferente – reforça a ideia de que cada um fala na sua voz.

Desta vez entramos no tema do Autismo, posso dizer que tinha algumas noções do que se trata, mas obviamente nesta altura adquiri mais conhecimentos e pude aprender outros termos, como saber que a Síndrome de Asperger está relacionada com o Autismo mas trata-se de uma incapacidade um pouco diferente em termos sociais. A informação fornecida é bastante e oferecida ao leitor de um modo cativante.

Vemos o mundo pelos olhos de Jacob, que sofre de Síndrome de Asperger, e vê a realidade de uma forma muito particular – literal, vazia de emoções, não que não tenha sentimentos ou não valorize os laços familiares.

A polícia local investiga o cenário de um crime – Jess, uma estudante Universitária com quem Jacob tem sessões semanais para aprofundar e melhorar as relações sociais, está desaparecida e aparece morta. Jacob é o principal suspeito do homicídio dado que as suas palavras e actos levam as autoridades nesse sentido. Mas saberão eles analisar correctamente as pistas e as atitudes de Jacob? Quanto a mim, há aspectos bastante objectivos que nunca são questionados, o que demonstra que muitas vezes a realidade é o que queremos fazer dela, ou o que parece nem sempre é. Seja como for, penso que temos um relato brilhante, sustentado com uma caso prático, de como todos temos a nossa forma de olhar para o mundo e de como o respeito pelas diferenças nos poderia fazer caminhar no sentido da justiça. Infelizmente as coisas não se processam dessa forma, e como li algures no decorrer do livro: “normal é um programa da máquina de lavar”.

Jacob é um jovem intelectualmente brilhante que vive com a mãe e o irmão. As dificuldades familiares de viver com esta doença são muito bem relatadas no dia-a-dia da mãe e do irmão, quando se deparam com as inesperadas crises de Jacob, se algo se desvia da sua rotina habitual. Diariamente, em todo o mundo, famílias aprendem a adaptar-se a uma realidade semelhante à de Jacob, a viver na instabilidade e a tentar sempre trazer para junto de si as crianças que se afastam para outros mundos. Depois desta leitura deixo aqui a minha grande admiração a quem luta diariamente por trazer estas pessoas para a luz.

Altamente recomendado! Soberbo!

Sinopse 

“Jacob Hunter é um adolescente: brilhante a Matemática, sentido de humor aguçado, extraordinariamente bem organizado, incapaz de seguir as regras sociais. Jacob tem síndrome de Asperger. Está preso no seu próprio mundo - consciente do mundo exterior e querendo relacionar-se com ele. Jacob tenta ser um rapaz como os outros mas não sabe como o conseguir.
Quando o seu tutor é encontrado morto, todos os sinais típicos da síndrome de Asperger - não olhar as pessoas nos olhos, movimentos descontrolados, acções inapropriadas - são identificados pela Polícia como sinais de culpa. E a mãe de Jacob tem de fazer a si própria a pergunta mais difícil do mundo: será o seu filho capaz de matar?”

Civilização Editora, 2010 

Dezembro 19, 2010

Excertos da leitura em curso

 

"Ter síndroma de Asperger é como ter o volume da vida sempre no máximo. É como uma ressaca permanente (...). Todos aqueles meninos autistas que vemos bater com a cabeça na parede? Não fazem isso por serem doentes mentais. Fazem-no porque o resto do mundo é tão avassalador que chega realmente a magoar, e assim tentam fazer com que tudo desapareça." No seu Mundo, Jodi Picoult, pág. 332

 

"Se faço um elogio não o faço porque é o que se deve dizer - mas sim porque é verdade. Até a linguagem de rotina não é fácil para mim - se me disserem obrigado tenho de andar à procura do de nada na minha base de dados cerebral. Não sou capaz de conversar sobre o tempo só para preencher o silêncio. Estou sempre a pensar: isto é tão falso. quando alguém se engana eu corrijo - não por querer que se sinta mal (na realidade nem estou a pensar na pessoa) mas porque os factos são muito importantes para mim, mais importantes do que as pessoas." No seu Mundo, Jodi Picoult, pág. 333

Maio 24, 2010

Compaixão - Jodi Picoult - Opinião

 

Já li alguns dos livros desta autora. Conhecida por escolher temas polémicos e por os explorar de forma exemplar, este “Compaixão” é mais um bom exemplo do excelente trabalho de Jodi Picoult.

A Eutanásia é um tema difícil, é certamente muito duro decidir sobre a vida ou a morte. Mas o que fazer quando alguém que amamos sofre de uma doença sem hipótese de recuperar e sobreviver? Poderemos ter mesmo a certeza da morte? Poderemos decidir matar alguém com a certeza que não existiria uma mudança, um milagre?

Jamie matou Maggie sua mulher.

A pedido de Maggie, que sofria de cancro terminal, Jamie terminou com o sofrimento e com a vida desta. Jodi Picoult nunca nos diz o que é certo ou errado mas antes nos faz pensar acerca de todas as implicações dos actos das personagens da história. Envolvidos na narração temos Cam e Allie, cujo casamento vai ser posto à prova, não só pelas diferenças entre as duas relações mas também pelo aparecimento de Mia, que apesar de ser nova na cidade, começa a trabalhar na loja de Allie e se envolve com Cam.

Temos portanto dois temas fortes a dissertar: eutanásia e adultério. À medida que a narrativa se adensa e decorre o julgamento de Jamie, Cam e Allie vão-se afastando um do outro não só pelos diferentes pontos de vista em relação às questões morais debatidas, mas talvez porque todos os casamentos têm de ser postos à prova. Muitas vezes senti que Cam e Allie passaram a ser as personagens principais, talvez fosse intenção da autora fazer um paralelismo entre o amor considerado “perfeito” de Jamie e Maggie, com as dificuldades enfrentadas diariamente por Cam e Allie. A mim pareceu-me que o amor de Cam e Allie é descrito de forma mais realista, talvez mais credível. No entanto, mais do que chegar à conclusão se Jamie é culpado ou inocente, queremos chegar ao fim do livro e saber se o amor sai ou não vencedor.

Um livro que me prendeu, me ensinou e fez reflectir. Gostei muito!

Sinopse

“Se o amor da sua vida lhe pedisse ajuda para morrer, que faria? O comandante da polícia de uma pequena cidade de Massachusetts, Cameron McDonald, faz a detenção mais difícil da sua vida quando o seu primo Jamie lhe confessa ter matado a mulher, que sofria de uma doença terminal, por compaixão. Agora, um intenso julgamento por homicídio coloca a cidade em alvoroço e vem perturbar um casamento estável: Cameron, colaborando na acusação contra Jamie, vê-se, de repente, em confronto com a sua mulher, Allie – fascinada pela ideia de um homem amar tanto a mulher a ponto de lhe conceder todos os desejos, até mesmo o de acabar com a vida dela. E quando uma atracção inexplicável leva a uma traição chocante, Allie vê-se confrontada com as questões sentimentais mais difíceis: quando é que o amor ultrapassa os limites da obrigação moral? e o que é que significa amar verdadeiramente alguém?”

Civilização Editora, 2010 

Março 18, 2009

Uma Questão de Fé

 

 

Muito mais que um livro sobre Deus, “Uma Questão de Fé” é um livro sobre a natureza humana.
Esta é mais uma história surpreendente daquela que é, para mim, uma das escritoras mais criativas que tenho tido o prazer de ler. Jodi Picoult parte de um tema divino e constrói uma história de dramas bem terrenos. Penso que, embora este livro nos apresente Faith, uma menina que vê e fala com Deus, a questão religiosa não é de todo a mais importante; apenas serve de motor a uma história que foca alguns dramas bastante actuais.
Faith tem 7 anos. Fala com Deus. Faz milagres. É estigmatizada.
É apenas uma criança mas tem de lidar com o mediatismo, as perseguições de vários grupos religiosos, o assédio dos jornalistas, o divórcio dos pais e a luta dos mesmos pela sua custódia.
Ao longo das cerca de 450 páginas chegamos a conclusão que o mais importante não é saber se Faith fala ou não com Deus ou se tem o poder de curar; a intenção da autora é antes explorar temas como o mediatismo e a forma a comunicação social persegue as suas “vítimas” sem qualquer pudor ou ética.
Assistimos ao desenrolar do processo de divórcio dos pais de Faith, ao modo como duas pessoas que já foram casadas e tiveram uma vida em comum chegam a uma guerra em tribunal na qual os interesses da filha são postos de parte, assim como o próprio respeito um pelo outro. Guerras de Advogados, manipulação de factos e de testemunhos…afinal o que resta quando se perde a vergonha e a dignidade? Um milagre?
Gostei particularmente desta passagem:
“- A minha professora do primeiro ano disse que há muito tempo as pessoas costumavam acreditar em todo o tipo de coisas, porque desconheciam a verdade. Por exemplo acreditavam que não deviam tomar banho, porque podiam ficar doentes. Depois houve uma pessoa que viu micróbios ao microscópio e começou a pensar de maneira diferente. Podemos acreditar mesmo muito numa coisa – diz Faith -, e apesar disso estarmos enganados.” (pág. 447)
Sinopse
“Em Uma Questão de Fé, Jodi Picoult lança-se uma vez mais numa temática polémica sobre fé, traição, milagres e mistério… mas o fio condutor da narrativa é sempre a força do amor maternal.
Pela segunda vez no seu casamento, Mariah White apanha o marido com outra mulher, e Faith, a filha de ambos, assiste a cada doloroso momento. Após o inevitável divórcio, Mariah luta contra a depressão e Faith começa a conversar com um amigo imaginário. A princípio, Mariah desvaloriza o comportamento da filha, atribuindo-o à imaginação infantil. Mas quando Faith começa a recitar passagens da Bíblia, a apresentar estigmas e a fazer milagres, Mariah interroga-se se sua filha não estará a falar com Deus. Quase sem se aperceberem, mãe e filha vêem-se no centro de polémicas, perseguidas por crentes e não-crentes e apanhadas num circo mediático que ameaça a pouca estabilidade que lhes resta.”
 
"Levanta questões pertinentes sobre religião sem se tornar sentimentalista."
Entertainment Weekly
 
"Picoult apresenta uma visão de um dos grandes mistérios do coração. A sua melhor obra até hoje."
Kirkus Reviews
 
"Faz-nos pensar sobre Deus. E isso é de facto raro na ficção moderna."
USA Today
 
Civilização Editora,2008

 

Fevereiro 10, 2008

Tudo por Amor

Este livro foi muito para além do que eu podia ter imaginado. É o segundo livro que leio desta autora e, pensando que ía ser impossível superar o fantástico "Para a Minha Irmã", confesso-me fascinada com o "Tudo por Amor".

 

Jodi Picoult leva as emoções e os sentimentos ao limite, joga com o certo e o errado de uma forma tão hábil que as contradições se diluem, fundem-se e fazem-nos questionar onde estão afinal as diferenças.

 

É um livro inesperado, cheio de acontecimentos inesperados, a linha condutora da história é várias vezes "reconduzida" num rumo diferente, até oposto.

 

O que é o bem e o mal quando se trata de proteger um filho? Pode-se ser absolvido por praticar justiça pelas próprias mãos? Mesmo que se conclua que se errou? Mas se se fez por amor a um filho é um erro? Um círculo de dúvidas e de perguntas difíceis... um livro que faz pensar e que abala consciências.

 

"No seu dia-a-dia de trabalho, Nina Frost, a ambiciosa delegada adjunta do Ministério Público, acusa pedófilos e trabalha afincadamente para garantir que um sistema legal com demasiadas lacunas mantenha estes criminosos atrás das grades. Mas quando o seu próprio filho de cinco anos, Nathaniel, fica traumatizado devido a abuso sexual, Nina e o seu marido, Caleb, um pedreiro reservado e metódico, ficam destroçados, dilacerados por um sistema legal ineficiente que Nina conhece demasido bem. Num piscar de olhos, as verdades absolutas e as convicções de Nina desmoronam-se e esta lança-se num plano de fazer justiça pelas próprias mãos - independentemente das consequências, qualquer que seja o sacrifício."

"(...) Eu sou a mulher que passou dos limites. Aquela que de facto fez o que qualquer pai desejaria fazer nesta situação terrível. Cada jurado naquele júri olha para mim para tentar perceber o que me torna uns monstro ou uma heroína - olho para baixo, sentindo as súbitas picadas das lágrimas. - É algo que ainda estou a tentar perceber. Não consigo dizer-lhes porque é que o fiz. Mas posso explicar-lhes que, quando a vida do Nathaniel muda, a minha vida muda. Que se o Nathaniel nunca ultrapassar isto, eu também não vou ultrapassar. (...)"

"Aqui se encontram as emoções verdadeiras da maternidade, com todas as contradições e toda a intensidade"  Washington Post

"Tudo por Amor, em última anélise, é um romance sobre a maternidade e todas as suas complexidades...explora com grande sentimento a profunda crise moral de uma mãe"  New York Daily Times

 

Civilização Editora,  2007

Novembro 12, 2007

Para a minha irmã

O primeiro e único livro que li de Jodi Picoult é marcante.  A história mexe com a nossa consciência e é emocionalmente manipuladora. São páginas e páginas de dúvidas sobre o que está certo e errado.

 

Kate tem leucemia e a irmã Anna foi concebida com a finalidade ser a dadora compatível de Kate.

Apesar de não estar doente Anna é várias vezes internada e sujeita a cirurgias e tratamentos. Apesar de ter apenas 13 anos Anna decide que é dona do prórpio corpo e deve ser ela a decidir se continua a ser ou não sujeita a intervenções médicas para prolongar a vida da irmã.

 

Este livro explora dúvidas que não sabia que tinha.

Será justo sujeitar a irmã saudável a tratamentos dolorosos sem garantias de salvar a vida da irmã doente? Ou terá a irmã saudável legitimidade para se recusar a fazer a única coisa que pode salvar a irmã doente?

 

Um livro de duvidas; uma história bem contada sobre uma doença que mudou uma familia e definiu o destino dos seus membros.

Polémico, nem sempre fácil e com um final surpreendente.

Vai ser adaptado ao cinema.