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planetamarcia

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Setembro 08, 2019

O que leio: Turbulência, de David Szalay

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Desde que está disponível nas livrarias que este "Turbulência" chamou a minha atenção. O título, a capa, o livro anterior do autor publicado cá, que já tinha saltado para a lista, e (talvez principalmente) a ideia de ser um livro de contos, mas sem o ser.

Na verdade, cada capítulo é uma espécie de história com princípio e fim, mas cada um dá a mão ao seguinte, ou seja, poderá apresentar o local, uma situação, uma personagem (ou tudo ao mesmo tempo) para a história seguinte. É uma espécie de volta ao mundo de avião, dado que cada capítulo (ou história, ou conto) representa uma partida e uma chegada, e o título de cada um é composto pelos códigos dos aeroportos.

É uma estrutura que me agrada muito e está a ser delicioso lê-lo, não só pela construção, mas também pelas situações criadas pelo autor. A escrita é clara e incisiva, sem excessos. Recomendo.

SINOPSE

Depois de um momento de turbulência, uma mulher mete conversa com o homem que se senta a seu lado no avião, revelando-lhe a sua intimidade. Ao chegar a casa, após outro voo, esse homem recebe notícias trágicas que implicam profundamente a vida de outra pessoa, um piloto de aviões, o qual, transtornado, acaba por procurar conforto nos braços de uma jornalista que conhece essa mesma noite, e cuja vida também se transformará antes de conseguir seguir para o aeroporto e terminar uma reportagem que, por sua vez, terá consequências no destino de outras pessoas.
De Londres a Madrid, de Dakar a São Paulo, de Toronto a Deli, em viagem para reencontrar amantes, irmãos afastados, parentes idosos ou ninguém, as histórias dos doze desconhecidos que compõem Turbulência são o retrato de um mundo global, e uma exploração corajosa e delicada dos efeitos que o nosso percurso, aparentemente tão pessoal, tem na vida dos outros - por vezes, de modo devastador.

Edição Elsinore

Tradução Joana Neves

Ilustração de capa Lord Mantraste