Outubro 25, 2014
Planeta - Ethel - Amanhã em Lisboa, de Cesário Borga
Uma história de paixão, amor e vingança, com uma heroína poderosa: uma mulher que se reinventa e enfrenta o perigo para vir ajustar contas com o passado.
Um retrato da Lisboa dos primeiros anos da década de 1940, um ninho de espiões e de cruzamentos de interesses dos poderosos do regime ditatorial.
Uma leitura de grande rigor histórico, que muitos leitores reconhecerão.
Em plena guerra, uma jovem foge de Lisboa em 1941, a bordo de um navio que não chegará ao destino, afundado por submarinos alemães.
Vinte anos depois, em 1961, uma bela mulher chega a Lisboa em 1961, decidida a acertar contas com o seu passado e com a perda irreparável de um amor.
No tempo marcado por esta fuga e esta chegada, Ethel, Amanhã em Lisboa é uma história de amor entre uma judia e um traficante de volfrâmio que começa em Canfranc, a famosa estação ferroviária nos Pirenéus, posto de fronteira francoespanhola, controlado pelos alemães durante a II Guerra Mundial, mas por onde refugiados judeus, espiões, intelectuais, artistas e escritores banidos tentam, apesar de tudo, a fuga para território livre.
Tomar o comboio para Lisboa é visto por Ethel, 18 anos, holandesa, judia de ascendência portuguesa em fuga desde Paris, como um perigoso e arriscado passo para um amanhã cintilante de liberdade e para uma existência feliz ao lado da paixão de uma vida: Edgar.
Mas em Lisboa, os alemães e os negociantes de volfrâmio adstritos às forças do regime fazem-nos regressar à condição de fugitivos.
Os anos como correspondente da RTP em Espanha (1998-2005) permitiram a Cesário Borga (Torres Novas, 1944) uma relação muito pessoal com os grandes momentos da história recente daquele país, entre os quais a guerra civil, uma ferida que continua aberta, tal como as ondas de choque desse acontecimento com Portugal.
O fascínio pelas histórias dentro da História resulta da eterna obsessão de um repórter com mais de 40 anos de actividade, desde os tempos da Flama no final dos anos 60, às passagens por A Capital (1970), Diário de Lisboa (1972), O Jornal (1980), à televisão (1974-2010), onde a pesquisa, a acção, a modelação das imagens e dos sons estiveram sempre dirigidas para a produção de notícias e reportagens.
Pelo mesmo diapasão se orientaram outras aventuras: a participação como guionista na longa-metragem Solo de Violino, de Monique Rutler (1990), a co-autoria do livro O Movimento dos Capitães e o 25 de Abril (1974 e 2001)
e a participação em trabalhos de investigação sociológica, no ISCTE, sobre o perfil dos jornalistas portugueses.
Depois de O Agente da Catalunha (2012), Ethel – Amanhã em Lisboa confirma o surgimento de um novo autor de ficção.
232 páginas
PVP: 16,50 €
Disponível a partir de 29 de Outubro