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planetamarcia

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Abril 02, 2017

A verdade sobre o caso Harry Quebert - Joël Dicker - Opinião

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Tive uns dias livres e já algum tempo que andava com vontade de ler um policial, nada de literariamente exigente, apenas entretenimento para uns dias de férias. A verdade sobre o caso Harry Quebert reúne um considerável número de opiniões muito favoráveis, foi-me amplamente recomendado, e tem suficiente número de páginas para não me deixar “pendurada” antes do tempo. Pereceu-me uma boa opção, além de ler uma leitura muitas vezes adiada.

Infelizmente o livro não esteve à altura das minhas expectativas. Seria bom que fosse apenas porque esperava por algo espetacular e a leitura tivesse ficado aquém, sendo um “problema” de expectativas demasiado elevadas, mas a verdade é que a maior parte do livro me pareceu uma sucessão de factos pouco credíveis, que me chegou a entediar. Confesso que, na recta final, fiquei verdadeiramente agarrada aos desenvolvimentos e algumas coisas acabaram por fazer sentido, não sendo despropositado que algumas coisas não batessem certo, contudo, para mim, não é suficiente que, num livro de mais de seiscentas páginas, apenas cem sejam entusiasmantes.

É um livro que não acrescenta nada de novo, vive de constantes twists e alimenta o leitor com (demasiadas) reviravoltas. A partir de certa altura é espectável que nada seja o que parece e que, ao virar da página, tudo mude radicalmente, o que acaba por ser cansativo e pouco surpreendente. A escrita é fluída, mas bastante banal. Os diálogos são pobres. Lê-se bem e não deixa pontas soltas, mas não entendo a razão de tanto sucesso.

Gostei da estrutura em contagem decrescente e das “lições” de escrita.

Não satisfez a minha sede de um bom policial.

Sinopse

“Verão de 1975. Nola Kellergan, uma jovem de quinze anos, desaparece misteriosamente da pequena vila costeira de Nova Inglaterra. As investigações da polícia são inconclusivas. Primavera de 2008, Nova Iorque. Marcus Goldman, escritor, vive atormentado por uma crise da página em branco, depois de o seu primeiro romance ter tido um sucesso. Junho de 2008, Aurora. Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados do país, é preso e acusado de assassinar Nola, depois de o cadáver da rapariga ser descoberto no seu jardim. Meses antes, Marcus, discípulo de Harry, descobrira que o professor vivera um romance com Nola, pouco tempo antes do seu desaparecimento. Convencido da inocência de Harry, Marcus abandona tudo e parte para Aurora para conduzir a sua própria investigação.”

Alfaguara, 2013

Tradução de Isabel St. Aubyn

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