Dezembro 29, 2015
A Mãe Que Chovia - José Luís Peixoto - Opinião
Este é um dos livros do meu Natal. O único que li na mesma noite em que o recebi. Depois disso já o li mais duas vezes. E não me canso. E ainda me surpreendo a cada nova leitura.
O melhor dos livros para crianças, e o principal motivo porque me perco por eles, é a rapidez com que se lêem, dizendo tanto apenas em algumas frases. Apesar disso, raramente são lineares ou simples, há sempre qualquer coisa de escondido, um significado oculto ou dúbio que me deixa feliz por o descobrir, ou achar que o descobri.
Este conceito associado à beleza da escrita do José Luís Peixoto, que tem o dom de me fazer apaixonar por tudo o que escreve, faz com que, de cada vez que abro este livro, não consiga evitar ler (novamente) até ao fim. E termino sempre maravilhada com a simplicidade das ideias e das palavras que, conjugadas, têm uma força incrível. E assim teria de ser para escrever sobre uma Mãe tão especial como esta. Como são todas as Mães.
“A mim, que sou teu filho, teu filho, deste-me toda a vida que tenho e dás-me sempre o teu amor mais brilhante. Mesmo quando estou onde não podes estar, mesmo quando estás onde não posso estar, sabemos bem o tamanho da certeza que nos une. Eu tenho a certeza de ti, tu tens a certeza de mim. Amor, essa palavra. Mãe, choves essa palavra dentro de mim.” (Pág. 59).
Sinopse
“O protagonista do primeiro livro infantil de José Luís Peixoto é filho da chuva. Com uma mãe tão original, tão necessária a todos, tem de aprender a partilhar com o mundo aquilo que lhe é mais importante: o amor materno. Através de uma ternura invulgar, de poesia e de uma simplicidade desarmante, este livro homenageia e exalta uma das forças mais poderosas da natureza: o amor incondicional das mães.”
Quetzal, 2012