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planetamarcia

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Setembro 03, 2014

A Cúpula, Livro I - Stephen King - Opinião

 

Eu nunca tinha lido um livro do Stephen King. Já escreveu tantos livros e é tão conhecido que é capaz de ser um bocado estranho nunca o ter incluído nas minhas leituras.

Acho que até foi este livro que me puxou para conhecer o autor e não o contrário. Honestamente não sei se isso é positivo. Seja como for, a ideia de uma cidade ficar isolada do resto do mundo agradou-me, achei que daria interessantes cenários distópicos (ou algo perto disso), e que seria um palco propício a actos de loucura humana, selvajaria e desespero. Enfim, esta cúpula poderia transformar a cidade de Chester’s Mill num interessante laboratório vivo.

E se há alturas em que apetecem leituras suaves, cheias de esperança e amor (pouco me acontece e ainda bem), outras há (bem mais interessantes por sinal) em que apetece assistir a um pouco de decadência humana. Não gratuita, sem moralismos, mas que obrigue à reflexão.

Porque o animal humano é possivelmente o mais destrutivo para a sua própria espécie, é sempre interessante assistir (de fora, de preferência) à decadência de valores quando o instinto de superioridade, a ganância e também o medo, derrubam a racionalidade. É aí que nos transformamos em monstros.

Neste primeiro livro há algumas monstruosidades. Pequeninas, vá, uns assassinatos, espancamentos e violações, mas nada que me fizesse ficar sem dormir. Sempre achei que os livros de King me deixassem anos sem dormir, e afinal esta leitura foi relativamente pacífica. Mas não vale a pena duvidar da capacidade do senhor para provocar insónia pois que ainda tenho o Livro II na estante. Fica o desejo de que o autor vá um bocadinho mais longe no segundo volume. Vou ali espremê-lo a ver se sai sangue.

Depois de ler o Livro II, se achar que vale a pena, cá vos contarei coisas das personagens e do argumento.

Posso adiantar que a tal série, baseada neste livro, não vale nada. Pelo menos os dois primeiros episódios. Não aguentei ver mais.

Sinopse

“Num bonito dia de outono, um dia perfeitamente normal, uma pequena cidade é súbita e inexplicavelmente isolada do resto do mundo por uma força invisível. Quando chocam contra ela, os aviões despenham-se, os carros explodem, as pessoas ficam feridas. As famílias são separadas e o pânico instala-se. Ninguém consegue compreender que barreira é aquela, de onde vem ou quando (se é que algum dia) desaparecerá. 
Agora, um grupo de cidadãos intrépidos, liderado por um veterano da guerra do Iraque, toma as rédeas do poder no interior da cúpula. Mas o seu principal inimigo é a própria redoma. E o tempo está a esgotar-se…”

Bertrand, 2013