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planetamarcia

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Abril 09, 2017

A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao - Junot Días - Leitura Conjunta - Opinião

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Apesar da leitura ser uma actividade solitária, a partilha do que se leu exige que se deixe a solidão de lado. Ter um blogue aproximou-me de outros leitores bloggers, pessoas que, como eu, fazem da leitura, não só um passatempo preferido, como essencial.

E por isso esta leitura foi feita a três. Posso dizer que li a Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao com a Ana e a Isaura, companheiras da blogosfera e, agora, parceiras de leituras conjuntas. Sim, porque espero que esta tenha sido a primeira de muitas.

Foi bom ir trocando ideias à medida que as páginas passavam, se bem que, confesso, fui a mais lenta. Já as minhas companheiras tinham terminado, ainda estava eu entregue à narrativa de Junot Días. E muito bem entregue, pois o livro é espetacular. Assombroso, vá.

Curiosamente já lhe tinha pegado há uns tempos. Mas por alguma razão (que agora não consigo conceber) deixei-o de lado ao fim de umas cinquenta páginas. Queria voltar a ele, principalmente depois de ler os Contos do autor, que me deixaram impressionada com a qualidade da escrita. E assim, acabei por ser eu a sugerir este livro para a nossa primeira leitura conjunta, porque sabia que a Isaura também o tinha. À Ana a sugestão também agradou e chegámos ao fim desta aventura muito satisfeitas com o livro escolhido. Vamos lá ver se da próxima vez encontramos um título que provoque opiniões opostas para aumentar a discussão.

De qualquer modo resta-me dizer que esta experiência foi positiva e enriquecedora, que adoro a escrita crua, impiedosa e por vezes até dolorosa de Díaz. Foi uma profunda viagem à realidade social e política da República Dominicana durante o último século, um passeio para conhecer Oscar, as suas raízes familiares e o seu temperamento peculiar. E foi bom rever Yunior. Deviam conhecê-lo. Atrevam-se!

Sinopse

“Oscar Wao é enorme. E dominicano.
Gozado pelos colegas e isolado do mundo, sonha com raparigas e aventuras extraordinárias, sente vergonha por não estar à altura da reputação viril dos machos dominicanos, mas não consegue mais do que uma vida de desilusões.
Para Oscar, o drama é um fado demasiado familiar.
A sua breve e assombrosa vida está marcada a ferro e fogo por uma maldição ancestral, o fukú, que, nascido em Santo Domingo, é transmitido de geração em geração, como uma semente ruim.
Alimentada pela sorte dos seus antepassados, quebrados pela tortura, pela prisão, pelo exílio e pelo amor impossível, a história de Oscar escreve-se fulgurante e catastrófica, e integra a grande História, a da ditadura de Trujillo, a da diáspora dominicana nos Estados Unidos e a das promessas incumpridas do Sonho Americano.”

Porto Editora, 2009

Tradução de Victor Cabral

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