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planetamarcia

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Setembro 28, 2010

Os Pilares da Terra Volume I - Ken Follett - Opinião

 

Ken Follett é dos meus autores favoritos; “Os Pilares da Terra” é dos seus romances mais apreciados pelos leitores; as minhas expectativas para esta leitura eram, e são, bastante elevadas.

Digo que são bastante elevadas pois, apesar de já ter concluído a leitura do primeiro volume, a Editora Presença fez uma edição de dois volumes para o nosso país; confesso que não percebo muito bem porquê dado que se trata de um único livro. Um livro longo é certo (cerca de 1100 páginas), cuja separação em dois poderá implicar uma receita interessante. Enfim, dado o preço exorbitante destes livros optei por adquiri-los na “Hora H” da última Feira do Livro de Lisboa, uma iniciativa que me agradou muito e que espero que se venha a repetir.

Bom, mas deixando de lado estes pormenores, importa dizer que mais uma vez estou rendida à escrita soberba de Ken Follett, confirma-se a sua supremacia como escritor que nos oferece um livro que se saboreia, que se lê com calma e que nos transporta numa viagem à vida de interessantes personagens, no decorrer do Século XII em Inglaterra.

Follett explora de forma magistral as características humanas no âmbito das suas relações. Vícios, ambições, invejas, intrigas, conspirações, traições, amizade, amor e demais sentimentos ou condições, são expostos de forma tão crua e verdadeira que me perdi tantas vezes a meditar acerca das capacidades do ser humano em superar dificuldades e desafios não importa a que custo. Apesar de acção decorrer no Século XII é de uma actualidade impressionante, faz pensar se o ser humano não terá evoluído nada pois, em muitas situações, continuamos a reagir com o pior de nós.

Sempre com a construção de uma Catedral como tema central, vai-nos sendo apresentado um rol de personagens com histórias bem estruturadas, e cujos percursos se vão cruzando de modo a implicar muitas vezes viragens radicais na acção da narrativa.

Tom Pedreiro tem o sonho de construir uma Catedral imponente. Apaixonado pela construção, pelas suas técnicas e desafios, é um homem movido pelo desejo de ver edificada uma obra que mude a vida de todos os que a possam visitar. Tom é pobre. É um exemplo de persistência e honestidade; muitas vezes sofre por ver os seus passos limitados, por se deparar com inúmeras dificuldades na realização do seu sonho. Philip é Monge, torna-se Prior de Kingsbridge, e uma série de acontecimentos vão permitir que a Catedral seja construída nesse local. Este livro é sobre o sonho destes dois homens, sobre a sua persistência perante as inúmeras dificuldades, sobre a forma como tentam sempre superar as traições e os conflitos de interesses, do modo como os seus bons princípios os deixam muitas vezes sem solução perante a imensa maldade humana.

Muitas outras personagens desfilam perante a nossa atenção, todas descritas e enriquecidas com vidas muito completas, todas têm o seu papel e os seus objectivos. Situações que quero continuar a acompanhar e a descobrir ao longo da leitura do segundo volume.

Para já fica a certeza de ser dos melhores livros que já li. Estou completamente maravilhada e entusiasmada em prosseguir com esta leitura.

Sinopse

“Do mesmo autor do thriller "A Ameaça", chega-nos o primeiro volume de um arrebatador romance histórico que se revelou ser uma obra-prima aclamada pela comunidade de leitores de vários países que num verdadeiro fenómeno de passa-palavra a catapultaram para a ribalta. Originalmente publicado em 1989, veio para o nosso país em 1995, publicado por outra editora portuguesa, recuperando-o agora a Presença para dar continuidade às obras de Ken Follett. O seu estilo inconfundível de mestre do suspense denota-se no desenrolar desta história épica, tecida por intrigas, aventura e luta política. A trama centra-se no século XII, em Inglaterra, onde um pedreiro persegue o sonho de edificar uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Em redor desta ambição soberba, o leitor vai acompanhando um quadro composto por várias personagens, colorido e rico em acção e descrição de um período da Idade Média a que não faltou emotividade, poder, vingança e traição. Conheça o trabalho de um autêntico mestre da palavra naquela que é considerada a sua obra de eleição. “

Editorial Presença, 2009 

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