"A leitura de Uma Conjura de Saltimbancos ajuda-nos a preservar a sanidade mental. São histórias de jovens que conspiram para se divertir, contrariando a roda infatigável do hábito e da rotina no quadro de uma cidade de província onde aparentemente não se passa nada mas, no fundo, fervilham mistérios e maravilhas."

A verdade é que dificilmente teria ouvido falar deste livro se não me tivesse inscrito, este ano, no Clube de Leitura de Autor, com o Afonso Cruz. "Uma Conjura de Saltimbancos" é o livro escolhido para a discussão no mês de Julho, e para já, atesto que a descrição acima é verdadeira. Há histórias que não lembram a (quase) ninguém e é óptimo descobri-las.

Antígona, 2001

Tradução de Ernesto Sampaio

Se me perguntarem porque deixei de publicar no blogue, e não o faço há mais de um ano, não tenho uma resposta concreta. Pode ter sido o cansaço de andar há anos a fazer a mesma coisa, a sensação de que não me cabe avaliar o trabalho dos outros, e o tempo que não chega para tudo. Este último motivo, talvez o o crucial. Comecei a escrever ficção com mais regularidade e, a certa altura, envolvi-me no projecto de um livro.

O meu livro está escrito, e estou a trabalhar na revisão. Ainda não percebi bem como é que isto aconteceu, se me perguntarem como é que consegui encaixar este projecto na minha vida e levá-lo até esta fase "quase" final, o mais certo é ficar com cara de parva, sem resposta. A maior surpresa é a minha, acreditem. Abdiquei de coisas, claro, manter este blogue foi só uma delas. 

Não sou a mesma leitora, hoje, por isso não sei o que virei cá dizer acerca do que ando a ler. O ritmo é completamente diferente, muito lento, e as escolhas "fora de moda". Portanto prevejo posts muito espaçados sobre livros fora dos holofotes. Nesta época de "guerra de influencers", onde os velhinhos blogues são preteridos por outras plataformas com movimento e som, espera-me um esquecimento confortável com o qual prevejo dar-me muito bem.

Boas leituras a quem estiver desse lado.