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planetamarcia

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Setembro 25, 2016

Folio 2016

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O Folio 2016 chegou no dia 22 de Setembro a Óbidos, e até 2 de Outubro merece a vossa visita.

Se a edição de 2015 não me convenceu, este ano o Folio deixou saudades no momento de ir embora (dificilmente volto este ano, infelizmente). Na verdade (e ajudou bastante) este ano a minha visita foi mais bem planeada, assisti a duas mesas* e o clima favorável (em oposição à chuva do ano passado) permitiu o constante deambular pelas ruas da vila à cata de todas (ou muitas) iniciativas culturais.

Há muitas e diversificadas exposições, aulas abertas, apresentações de livros, mesas de debates, concertos e feira do livro. As livrarias da vila merecem uma visita em qualquer altura do ano, mas em tempo de festival as iniciativas culturais dão-lhes um atractivo especial.

Foram dois dias de pausa na rotina em que só vi e pensei em livros. Provei doces (alguns mesmo pecaminosos) e bebi ginja em família. Foi um Folio mesmo especial.

Saibam tudo sobre o festival aqui. E vão a Óbidos!

*Literatura e Jornalismo, com Rui Cardoso Martins, António Prata e Joel Neto, moderação de Ana Sousa Dias; O lugar do Fantástico na Literatura Lusófona actual e a criação de universos imaginários, com Andréa del Fuego e Afonso Cruz, moderação de João Paulo Sacadura.

Convém reservar lugar nas mesas comprando bilhetes com antecedência.

Setembro 25, 2016

Daytripper - Fábio Moon e Gabriel Bá - Opinião

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Daytripper é um dos livros que, este ano, me começou a aguçar o interesse por novelas gráficas. Não o encontrava publicado por cá, até que a Colecção Novela Gráfica da Levoir, que infelizmente já terminou, mo fez chegar à estante.

Li-o de uma assentada e as expectativas não foram defraudadas. A leitura é empolgante e, acima de tudo, emocionante. Adorei os desenhos dos irmãos Fábio e Gabriel, e a história acompanha o nível do talento gráfico.

Recomendo que descubram a história de Brás de Oliva Domingues, o homem que morre no fim de todos os capítulos. Como pode acontecer a qualquer um de nós, num ou outro capítulo da vida. Uma premissa simples e óbvia que é desenvolvida com profundidade impressionante, explora emoções, e aposto que não deixará ninguém indiferente.

Descobrir a leitura que só as imagens permitem tem sido uma viagem nova e incrível. É um caminho que está no início e que quero continuar a fazer.

Sinopse

“A vida de Brás de Oliva Domingues é marcada pelas suas inúmeras mortes: a vida de um homem normal, com os seus momentos importantes, os seus sucessos e falhanços, esperanças, mudanças e cada capítulo encerra com a morte de Brás. Um livro que analisa as grandes questões da vida e que surpreendeu internacionalmente aos leitores.”

Tradução de Pedro Cleto

Grafismo e legendagem de Rui Alves

Levoir, 2016

Setembro 23, 2016

Teorema - Adoração, de Cristina Drios

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Descrito pelo duque de Nottetempo, seu contemporâneo, como «um brigão, um arruaceiro», o pintor Caravaggio passou uma curta temporada na Sicília em 1609, aguardando o indulto papal para um crime de sangue que cometera em Roma.
Nesse período, pintou uma tela que ficaria conhecida por A Adoração e que esteve no Oratório de São Lourenço, em Palermo, até ser roubada em 1969, ano em que nasceria Antonia Rei.
É essa mesma Antonia que, em 1992, testemunha um homicídio perpetrado pela máfia numa praça da cidade, onde é interrogada pelo comissário Salvatore Amato, que acaba por contactar alguns dias mais tarde. Mas não é curiosamente sobre o assassínio que lhe quer falar, antes sobre o roubo do famoso quadro. Oscilando entre épocas afastadas no tempo, entre a história fascinante da pintura d’A Adoração e a da investigação de Salvatore Amato num dos mais violentos períodos da acção da máfia, este romance recorre aos jogos de espelhos que Caravaggio usava nas suas pinturas para atrair ao mesmo vórtice de luz e trevas as vidas de um leque de personagens cativantes, mortas ou vivas, mas todas misteriosamente condenadas ao desencontro.
Nas livrarias a 27 de Setembro

Setembro 16, 2016

Teorema - Uma Dor Tão Desigual, com textos de Afonso Cruz, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Joel Neto, Maria Teresa Horta, Nuno Camarneiro, Patrícia Reis e Richard Zimler

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Este livro resulta de um desafio feito a oito autores portugueses para que explorassem as fronteiras múltiplas e ténues que definem a saúde psicológica e o que dela nos afasta.
Em estilos muito diferentes, um leque extraordinário de escritores brinda-nos com textos que mostram como qualquer um de nós pode viver momentos difíceis e precisar de ajuda.
Estas são histórias de perda, solidão, fraqueza e delírio, mas também de esperança e humanidade.
São relatos de gente que podíamos conhecer e talvez conheçamos, histórias íntimas e ricas de homens e mulheres como nós.
A área da saúde psicológica está ainda sujeita a muitos preconceitos, que dificultam a procura de ajuda profissional e estigmatizam quem sofre. Pretende-se com este livro combater esses preconceitos, despertar consciências e ajudar a encontrar uma saída.
Nas livrarias a 20 de Setembro

Setembro 13, 2016

Um texto à terça-feira

Hoje não venho divulgar livros.

Apenas para vos contar sobre o desafio que recebi da Editora Livros de Ontem.

Escrever um texto para o blogue uma vez por semana. Não há regras. Total liberdade criativa.

Desafio aceite!

Se a inspiração não me atraiçoar haverá um texto meu às terças-feiras.

Convido-vos a passarem por lá, às terças e não só, para lerem os trabalhos de todos os autores.

No meu texto de hoje há uma máquina de costura. E muitas recordações. Podem ler aqui.

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Podem encontrar os meus rabiscos aqui.

 

Setembro 11, 2016

Uma Parte Errada de Mim - Paulo M. Morais - Opinião

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Tenho o hábito de começar a ler vários livros ao mesmo tempo. Não me incomoda começar um livro sem ter terminado outro(s), acho mesmo que é uma forma de fazer uma triagem. Há os que me levam a lê-los até ao fim e há os que ficam pelo caminho.

Curiosamente, e por estar a gostar tanto de uma das leituras que tinha em curso, no dia em que este livro chegou até mim, decidi (achava eu) que lhe pegaria quando terminasse o outro. Mas apenas por curiosidade (ou fraqueza) decidi ler o prefácio. Enfim, mais duas páginas da introdução não fariam mal nenhum. Dei uma olhada no primeiro capítulo só para ver como começava a coisa. Quando me apercebi o primeiro capítulo estava lido. Mantive, mesmo assim a decisão de o guardar para mais tarde, até porque o primeiro capítulo me foi um pouco doloroso de ler. Ou seja, refreei-me para não passar a noite agarrada ao livro (sim, gosto de leituras dolorosas), de modo a poder dedicar-me, no dia seguinte, a coisas mundanas, como trabalhar.

Mas o bichinho ficou lá. O Javier Cercas que me perdoe.

Acompanhei os ciclos deste livro na altura em que aconteceram, através das redes sociais. Nunca consegui tecer comentários. Confesso que a exposição do Paulo sempre me impressionou. Não sei se lhe chame coragem ou loucura, mas fiquei sempre com uma sensação estranha de me estar a intrometer em algo muito pessoal. Não acho bem nem mal, simplesmente sentia algum desconforto por ler coisas demasiado íntimas. Mas acompanhei. E preocupei-me. Nunca entendi o que o levou a tal exposição. Este livro ajudou-me a perceber.

Bom, mas para quem não sabe nada sobre o livro nem leu os posts (haverá alguém?), este é o percurso de um homem a quem foi diagnosticado um linfoma (grande e agressivo). É o relato dos oito ciclos de quimioterapia. É uma profunda reflexão de vida que vai muito para além da doença, mas que, se calhar, foi possível porque uma série de acontecimentos (incluindo este terrível diagnóstico) proporcionaram essa viagem, não de descoberta, mas talvez, de aceitação.

Ficam já a saber que o livro não é nada lamechas nem propício a choradeiras. Não terá leitores pelo apelo ao sentimento, mas sim pelo racionalismo com que expõe os factos de uma vida em forma de viagem. Sim, profundas viagens ao passado. Algumas até à infância, numa busca de causas ou motivos para ser como é. Outras mais próximas, já na vida adulta, a mesma procura de respostas. Também não é um livro de auto-ajuda. Não aponta o certo nem o errado, nem pretende defender teorias.

É uma descoberta e é a partilha dessa descoberta. É um relato sem medo e de uma lucidez admirável, que se lê de uma penada. Com a sua escrita limpa e fluída o Paulo levou-me rapidamente até à última página, obrigando-me, com a sua acutilância e capacidade de levantar questões, a pensar no meu próprio percurso, a questionar, como ele, o significado que as grandes mudanças (as que aparecem de surpresa e que não escolhemos) podem ter naquilo que somos ou iremos ser.

Profundamente libertador por mostrar com a mesma sinceridade a tristeza e a felicidade, é um livro honesto que se dá a ler sem se preocupar que gostem dele. Exige de quem lê, mas dá em troca, dá muito, eu senti-me claramente a ganhar pelo que ficou comigo depois de o ler.

Impressionou-me a capacidade de resiliência. Ficam comigo os momentos de grande ternura entre pai e filha, a chegada do amor da Isabel, a avó Nana, e a forma carinhosa com que o Paulo se refere aos amigos. E os livros claro, que não há melhor que ter um cancro para se receber pilhas de livros. Não sei se referi o humor negro… uma especialidade!

É um livro de uma luz intensa. Leiam-no!

Sinopse

“Em meia dúzia de meses, Paulo M. Morais ficou sem trabalho, terminou um relacionamento de doze anos e viu-se obrigado a vender a casa. Embora derrotado pelas circunstâncias, queria estar à altura dessa nova etapa de vida e concentrou-se na missão de cuidar da filha pequena e reatar os laços com a avó centenária que o criara. Sobreveio, então, um estranho cansaço, uma exaustão que a médica de família inicialmente atribuiu às pressões de um ano atípico. Podia ser. E, porém, depois de vários sustos e vinte horas nas Urgências do hospital, a verdade veio ao de cima: tinha um linfoma.

Durante o tratamento de oito ciclos de quimioterapia, começou a escrever sobre a sua experiência.

Mas este livro, embora inclua dados sobre os exames, os internamentos ou os efeitos secundários da medicação, está longe de ser um diário da doença; é, antes, uma reflexão magistral sobre a condição humana, escrita com a beleza e a cadência de um romance no qual se aguarda um final feliz.”

 

Casa das Letras, 2016

Setembro 08, 2016

Casa das Letras - Uma Parte Errada de Mim, de Paulo M. Morais

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Em meia dúzia de meses, Paulo M. Morais ficou sem trabalho, terminou um relacionamento de doze anos e viu-se obrigado a vender a casa. Embora derrotado pelas circunstâncias, queria estar à altura dessa nova etapa de vida e concentrou-se na missão de cuidar da filha pequena e reatar os laços com a avó centenária que o criara. Sobreveio, então, um estranho cansaço, uma exaustão que a médica de família inicialmente atribuiu às pressões de um ano atípico. Podia ser. E, porém, depois de vários sustos e vinte horas nas Urgências do hospital, a verdade veio ao de cima: tinha um linfoma.

Durante o tratamento de oito ciclos de quimioterapia, começou a escrever sobre a sua experiência.
Mas este livro, embora inclua dados sobre os exames, os internamentos ou os efeitos secundários da medicação, está longe de ser um diário da doença; é, antes, uma reflexão magistral sobre a condição humana, escrita com a beleza e a cadência de um romance no qual se aguarda um final feliz.
Nas livrarias a 13 de Setembro

Setembro 05, 2016

As Histórias Que Não Se Contam - Susana Piedade - Opinião

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Antes de começar esta leitura fui ver as opiniões do Goodreads, coisa que dou por mim a fazer cada vez mais. As Histórias Que Não Se Contam foi publicado recentemente e, há duas semanas, contava com dois pareceres, um deles com cinco estrelas e o outro sem qualquer estrela, uma leitura que ficou pela metade.

Gosto de livros que provocam opiniões divergentes e, como tal, não podia ter ficado mais entusiasmada para o começar a ler.

A escrita cuidada agradou-me de imediato, assim como um certo mistério que foi dando alento ao virar das páginas. Li todo o livro com uma necessidade constante de perceber. Primeiro queria perceber as histórias de Ana, Isabel e Marta. E depois, mesmo já tendo percebido os motivos de cada uma delas para o sofrimento atroz em que vivem, faltou-me compreender. E mesmo agora, com o livro lido, não compreendo. Nem aceito que a vida possa trazer dor tão imensa. Possivelmente é por isso que estas histórias não se contam.

Uma das histórias mexeu comigo particularmente. Acho que não é spoiler, mas se quiserem partir para a leitura completamente a zero, parem por aqui.

Marta é vítima de violência doméstica. É uma pessoa tão boa, que o facto de ser agredida com violência quase diariamente, arrasou comigo. Ninguém merece ser agredido, quer seja bonzinho ou nem por isso, mas o contraste está tão bem conseguido que é impossível não adorar a Marta e não sofrer por ela e com ela. E quando digo sofrer é mesmo à séria, é perder o sono e dar voltas na cama como se a Marta fosse minha amiga ou a vizinha de baixo, como se existisse na minha vida. Agora existe e não a vou esquecer. Em algumas noites tomei consciência que não podia continuar a ler, se queria dormir teria de optar entre o livro e uma noite de sono.

Susana Piedade estreia-se com um livro que não deixará o leitor indiferente. A escrita é elegante e desempoeirada, as frases formam-se de forma bonita, proporcionando uma leitura com ritmo que não apetece largar. A estrutura, pensada, vai unindo as três histórias devagar, aproximando as três mulheres, permitindo algumas divagações ao leitor, fazendo-lhe nascer vontades de decidir os rumos. É preciso mergulhar numa história para a querer mudar, para se permitir zangar e sofrer. Quem gosta de ler deseja esse mergulho, deseja sentir amores e ódios e, por vezes, uma raiva de fechar o livro. Para o abrir depois de respirar fundo.

As minhas estrelas já brilham lá no Goodreads e são quatro. Há apenas um detalhe que me inibiu de atribuir as cinco estrelas: eu gostava de ter sentido a voz individual de cada uma das mulheres. O livro é escrito na primeira pessoa e eu não senti que houvesse diferenças no estilo ou no discurso, no fundo é quase como se Ana, Isabel e Marta falassem com a voz do narrador, mesmo este não existindo. Pode ter sido intencional, e até se compreende, pois ajuda a tornar mais fortes os elos comuns (que existem, acreditem), mas a mim fez-me falta, senti a necessidade de as identificar, de não as confundir.

Penso que escrever um livro é sempre um acto de grande coragem. Mais ainda quando se expõem temas dolorosos, como os aqui narrados. A autora é assertiva, escreve de forma incisiva e envolvente, sem nunca resvalar para a “história da desgraçadinha”, nem provocar a lágrima fácil.

São histórias que se contam. Têm de se contar. E têm de ser lidas.

Sinopse

“Ana pergunta-se como seria hoje o seu dia-a-dia se tivesse sabido detetar no namorado os indícios da doença que o levou inesperadamente. Isabel, seis meses depois da tragédia que lhe virou a vida do avesso, ainda se sente culpada por não ter chegado a horas ao infantário naquela tarde de chuva. Marta, que ousou abandonar, ainda adolescente, uma casa onde era maltratada, não tem agora a coragem de confessar que o amor em que apostou tudo está longe de ser um mar de rosas. São três mulheres jovens, com a vida inteira pela frente, mas para quem o presente se tornou um fardo difícil de carregar e o futuro um tempo sem qualquer esperança. Quem poderia entender a sua dor incomparável? Para quê, então, contarem as suas histórias?
Um acidente acabará por cruzar estas três desconhecidas num lugar onde muitas vidas se perdem, mas que para elas representará sobretudo o nascimento de uma amizade que lhes vai permitir lutarem contra o sofrimento e recuperarem aos poucos o ânimo e a vontade de viver. Porque quanto maior é o drama, maior tem de ser a partilha.
Com uma linguagem cuidada e uma estrutura francamente original, este belíssimo romance de estreia, finalista do Prémio LeYa em 2015, traz para a cena questões de grande atualidade que afetam muitas mulheres e não devem ser silenciadas, e lê-se de um fôlego, mantendo o suspense até à última página.”

Oficina do Livro, 2016

Setembro 03, 2016

A Dança das Andorinhas, Morrer, Partir, Regressar - Zeina Abirached - Opinião

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Agora que comecei a descobrir a novela gráfica, acho que corro sérios riscos de me viciar neste género.

Depois de Fun Home, aventurei-me com A Dança das Andorinhas. Aproveito para vos falar da colecção Novela Gráfica da Levoir, que está a sair semanalmente (quinta-feira) com o Público. A colecção já vai no número doze, o preço é simpático (€ 9,90 cada volume), e tem livros bastante interessantes. Esta Dança das Andorinhas é o número quatro e não lhe resisti. Pela história e pelas ilustrações, a que cada vez dou mais importância.

Passar uma noite na entrada de um apartamento de uma cidade em guerra.

Vizinhos e amigos juntam-se numa noite de bombardeamentos, temem pelo futuro (se é que se podem dar ao luxo de pensar no futuro) e pelos familiares que ainda não chegaram a casa. Neste caso os pais da autora, que também está na pequena entrada partilhada.

Trata-se de um olhar muito pessoal da guerra do Líbano, pois nessa noite em Beirute Zeina é ainda uma criança. Como a própria refere “até aos dez anos a guerra foi a única realidade que conheci”. Uma história contada com memórias. Como poderia resistir?

Confesso que esperava gostar mais, mas foi uma tarde muito bem passada a observar tudo o que as personagens têm para contar.

Sinopse

“Nomeada para os prémios de Angoûleme em 2008, A dança das Andorinhas: morrer, partir, regressar, da autora libanesa Zeina Abirached, foi um sucesso em França e editada em mais de 10 Países.
O seu traço a preto e branco combinado com a imaginação e a memória da Guerra no Líbano traz-nos um relato íntimo de uma situação difícil no Médio Oriente e que aos dias de hoje ainda se repete.
Zeina Abirached nasceu em Beirut em 1981 no meio da guerra civil e tinha 10 anos quando esta terminou. Estudou artes gráficas e desenho no Líbano, e em 2002 ganhou o prémio do "International Comic Book Festival de Beirut" com a sua primeira novela gráfica, Beyrouth- Catharsis. Em 2004 muda-se para Paris e dois anos depois lança duas novelas gráficas e uma curta-metragem, "Moutons" nomeada no Festival Internacional de Teerão.”

Levoir, 2016

Tradução de Carlos Xavier

Grafismo e Legendagem de Frederica Claro de Armada

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