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planetamarcia

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Outubro 31, 2015

Flores - Afonso Cruz - Opinião

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Desta vez ainda mais do que das outras. Mais feliz.

Ao fechar a última página, sinto vontade de rodar o livro cento e oitenta graus e viver “Flores” consciente do que me espera.

Do melhor que o Afonso já escreveu. Não será uma opinião unânime. A mim, Flores, disse muito. Contou-me ao ouvido estórias em que acreditei, que vivi, que me apertaram o coração de mau e bom, na medida incerta que os recebemos da vida. E com o perfume das flores.

Não me preocupa não saber o que escrever agora. Ou sentir que não será suficiente. Porque não será. Ficará sempre aquém. Agora, como em tantas outras situações, o melhor fica sempre por dizer. Fica calado. No escuro e no silêncio. Escondido mas, acima de tudo, guardado. O que levo deste livro guardo para sempre. É perfeito!

“- Sabe porque não somos felizes? – perguntou ele.

- Desespero, solidão, medo?

- Não. Por causa da realidade.” (Pág.32)

Sinopse

“Um homem sofre desmesuradamente com as notícias que lê nos jornais, com todas as tragédias humanas a que assiste. Um dia depara-se com o facto de não se lembrar do seu primeiro beijo, dos jogos de bola nas ruas da aldeia ou de ver uma mulher nua. Outro homem, seu vizinho, passa bem com as desgraças do mundo, mas perde a cabeça quando vê um chapéu pousado no lugar errado. Contudo, talvez por se lembrar bem da magia do primeiro beijo - e constatar o quanto a sua vida se afastou dela - decide ajudar o vizinho a recuperar todas as memórias perdidas. Uma história inquietante sobre a memória e o que resta de nós quando a perdemos. 
Um romance comovente sobre o amor e o que este precisa de ser para merecer esse nome.”

Companhia das Letras, 2015 

Outubro 26, 2015

Pequeno-almoço Literário "Um Momento Meu"

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A manhã do passado sábado foi muito especial. Lá fora a chuva e as nuvens convidavam ao descanso. A vista bonita, apesar de invernosa, aproximou-nos mais cá dentro. Na mesa a surpresa, com os nossos nomes. E o melhor foi a conversa. Os livros são sempre o melhor assunto.

Obrigada à Marcador, ao Paulo Caiado, autor de “Um Momento Meu”, e às minhas queridas colegas da blogosfera por este Momento Nosso.

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Outubro 25, 2015

Arranha-Céus - J. G. Ballard - Opinião

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Primeiro é o toque. Suave, diferente e agradável. A capa ajusta-se e delicia as mãos. Surge a vontade de pegar no livro só para sentir o fantástico acabamento. Arranha-Céus é o primeiro livro que leio da chancela Elsinore, e falando apenas do aspecto físico do objecto-livro, tenho de me assumir como uma fútil apreciadora do trabalho desenvolvido pela editora. Sim, eu sei que o que interessa é o conteúdo, mas poder aliar o prazer da leitura ao prazer de segurar um livro tão bem acabado que não apetece largar, permite um grande avanço nas páginas lidas. E não é disso que gostamos? De ler livros ávida e rapidamente para, obviamente, poder ler mais livros a seguir?

Tenho de destacar também as páginas de abertura e fecho, elegantes, a negro. No início lê-se “You are Welcome to Elsinore, de Mário Cesariny. No final as notas de apresentação das tradutoras e do ilustrador. Gostei muito deste destaque final pois apesar do trabalho do tradutor ser fundamental é, na maioria das vezes, esquecido, quase fantasmagórico. Numa época em que a grande maioria das capas dos livros são “pescadas” em bancos de imagem, é um luxo que esta edição de “Arranha-Céus” tenha uma capa original.

Mas se dizem que o Diabo mora nos detalhes, e eu concordo, aqui o Diabo fez o favor de fazer acompanhar os detalhes de elegância e bom gosto que descrevi, com um conteúdo absolutamente diabólico. Desculpem o excesso de referências infernais, mas adequam-se perfeitamente, em ambas as circunstâncias, tanto nos diabólicos pormenores requintados, como na descida ao inferno que é ler este livro.

Horrível e incrível. Duas palavras recorrentes durante a leitura. Não pude evitar a sensação constante de me estar a escapar algo, de não estar a perceber os motivos dos acontecimentos dentro desta construção excessiva e cheia de excessos. Comecei por verificar que os habitantes do Arranha-Céus, e são muitos num prédio de quarenta pisos e mil apartamentos, não diferiam muito da vizinhança de qualquer prédio, com manias e hábitos capazes de mexer com a paz dos outros. Há essa semelhança, independentemente de, no caso deste livro, a vizinhança ser composta, unicamente, de pessoas ricas em que, pelo menos, um elemento de cada agregado tem uma actividade profissional considerada de topo. E aqui surge a primeira conclusão óbvia, ricos ou pobres, os vizinhos têm a capacidade de nos dar cabo dos nervos, e mesmo num prédio de luxo como este, o teor das discussões não difere muito do que podemos ter lá no nosso prédio.

Mas a certa altura, bastante cedo na narrativa por sinal, percebi que o desfecho das relações desta vizinhança iria muito além do ocasional bate-boca por causa do estacionamento ou do cocó do cão. Estas personagens são possuídas por uma necessidade de luta e destruição que, eu confesso mais uma vez, tive dificuldade em perceber de onde vinha. É referida muitas vezes a força e influência exercida pelo prédio, como se a própria construção tivesse um poder de mobilizar os seus elementos numa luta sem regras nem limites pelo poder de atingir o topo. O topo tem um sentido físico, é efectivamente o topo do edifício, mas eu não pude deixar de lhe atribuir um significado de força e poder. Mesmo dentro desta população abastada, distinguem-se os mais ricos pela localização superior. Mais poder significa um apartamento mais alto e, consequentemente, menor abastança significa viver mais abaixo.

A população isola-se. Descarta as necessidades básicas, como comer, dormir, tomar banho, abandona a privacidade e luta, trava uma guerra que só existe na estrutura do arranha-céus, é criada e cultivada internamente, e assume contornos de uma guerra mundial, pois para estes guerreiros o mundo existe até aos limites das paredes e dos tectos. E é uma guerra pela liberdade, não como a poderemos imaginar à partida, mas uma liberdade de tudo o que tiveram. É um soltar de amarras do convencional caindo na decadência furiosa de não ter limites. Uma guerra pelo que consideram a normalidade. Primeiro estranha-se e depois não se entranha, não encaixa nem se aceita. Lê-se com constante estranheza e incompreensão mas avança-se nesse caminho escuro de horror e nojo. E gosta-se. Eu gostei. E muito. As descrições são reais e avassaladoras, a narrativa tem ritmo, e nem mesmo nos momentos em que apetece voltar a cara ao lado, cedi ao entusiasmo de ler.

Deixo um excerto. Recomendo, claro.

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Sinopse

“«Mais tarde, sentado na varanda a comer o cão, o Dr. Robert Laing refletiu sobre os estranhos acontecimentos que nos últimos três meses tinham ocorrido no interior do prédio enorme.»
Num imponente edifício de quarenta andares, o último grito da arquitetura contemporânea, vive Robert Laing, um bem-sucedido professor de medicina, mais duas mil pessoas. Para desfrutarem desta vida luxuosa, não precisam sequer de sair à rua: ginásio, piscina, supermercado, tudo se encontra à distância de um elevador. Mas alguma coisa estranha borbulha por baixo desta superfície de rotina.
Primeiro atacam-se os automóveis na garagem, depois os moradores. Um incidente conduz a outro e, acossados, os vizinhos agrupam-se por pisos. Quando aparecem as primeiras vítimas, a festa mal começou. É então que o realizador de documentários Richard Wilder resolve avançar, de câmara em punho, numa viagem por esta inexplicável orgia de destruição, testemunhando o colapso do que nos torna humanos.
Entre a alucinação e a anarquia, a visão nunca ultrapassada de J. G. Ballard oferece-nos um retrato demencial de como a vida moderna nos pode empurrar, não para um estádio mais avançado na evolução, mas para as mais primitivas formas de sociedade.”

Elsinore, 2015

Tradução de Marta Mendonça e Rute Mota

Ilustração da capa de Lorde Mantraste

Outubro 22, 2015

Vai e Põe uma Sentinela - Harper Lee - Opinião

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Eu não li “Mataram a Cotovia”, o único livro publicado de Harper Lee. Até agora.

Mesmo assim, sabendo da enorme falha que é não ter lido um dos livros favoritos de grande parte dos leitores de todo o mundo, decidi começar este “Vai e Põe uma Sentinela” sem saber, literalmente, nada sobre a escrita e universo da autora. Apenas que este livro, agora editado, foi o primeiro a ser escrito, com as mesmas personagens de “Mataram a Cotovia”, mas vários anos depois.

Pautei a minha leitura pela ideia de que as personagens que agora conheci, como Jean Louise Finch, conhecida por Scout, foram como que enviadas na máquina do tempo pela autora, quando, depois de escrever “Vai e põe uma Sentinela”, as levou para uma época anterior. Como se a sua realidade tivesse sido criada numa época, e depois levada para trás, quando Scout era criança. Li Scout já mulher mas não pude deixar de pensar como seria o seu temperamento determinado e explosivo tantos anos antes. Toda esta leitura, aliás, me manteve sempre em suspenso, imaginando a infância de uma das personagens mais carismáticas que conheci até hoje. Fiquei ainda com mais vontade de ler “Mataram a Cotovia”. O meu percurso é contrário ao da maioria, mas penso que a minha viagem não será menos interessante por isso.

Scout é uma mulher determinada e de convicções fortes. Vive em Nova Iorque e regressa, de férias, à casa da família, em Maycomb no Alabama. Não se identifica com as aspirações das jovens da sua idade que encontra na pequena Maycomb, quer seja em relação ao casamento, ao trabalho, à família, ou ao papel da mulher. As suas observações, e a tomada de consciência do fosso que existe entre a sua perspectiva e a visão dos outros, são o ponto de partida para as divagações sobre o seu lugar no mundo. Sensível e introspectiva, analisa tudo à sua volta, principalmente as questões sociais (raciais) no sul da América da década de 50.

Coloca tudo em causa, mesmo o discernimento do pai, o seu modelo de vida, quando se apercebe da distância a que a família se encontra das suas convicções. Com uma fé inabalável nos princípios em que acredita, e não sendo de meias medidas, não hesita colocar o amor da família em cheque em prol dos valores que defende.

Foi impossível não gostar de Scout, mesmo quando senti que a sua impulsividade a levava longe demais. A sua força contagiante foi, sem dúvida, o meu impulso para o rápido virar de páginas, mesmo quando, pela habilidade da autora, fiquei do lado da família porque percebi que, para eles, havia motivos para analisar a mesma questão de outra forma.  

Gostei muito e recomendo.

Para mais informações consultem o site da Editorial Presença aqui.

Sinopse

"Jean Louise Finch -  Scout -  a inesquecível heroína de Matar a Cotovia, regressa de Nova Iorque a Maycomb, a sua cidade natal no Alabama, para visitar o pai, Atticus. Decorre o turbulento  período  de meados de 1950, numa nação dividida em torno das dramáticas questões raciais. É com  este pano de fundo que Jean Louise descobre verdades perturbadoras acerca da sua família, da cidade e das pessoas de quem mais gosta, o que a leva a interrogar-se sobre os seus valores e princípios, e a confrontar-se com complexos  problemas de ordem pessoal e política.

Vai e Põe Uma Sentinela, romance inédito de Harper Lee, cujo manuscrito  se havia  perdido mas  descoberto em 2014, foi escrito antes de Matar A Cotovia e apresenta-nos muitos dos personagens dessa mítica obra,  agora vinte anos mais velhos. Um livro magnífico, comovente e de grande fascínio de um dos maiores vultos da ficção contemporânea.”

Presença, 2015

Tradução de Isabel Nunes e Helena Sobral

Outubro 20, 2015

A Confissão da Leoa - Mia couto - Opinião

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Há leituras que permitem viagens especiais. Como se abrir o livro fosse abrir uma porta com dupla função, a de mostrar um novo caminho, e a de, ao mesmo tempo, se fechar para todo o resto que existe.

Assim me esqueci do que existe, e fui levada pelas palavras mágicas que me abriram o caminho para Kulumani, para um poço sem fundo de estórias guardadas em camadas. A cada revelação outra camada, outra surpresa, por vezes com dor, mas mesmo a crueldade é palavrosa. Palavras dentro de caixas fechadas, enfeitadas com pontos de exclamação. Caixas difíceis de abrir, chaves perdidas, pistas omissas.

Não posso, por incapacidade, descrever ou explicar “A Confissão da Leoa”. Deixo alguns excertos. Curtos mas completos. E perfeitos.

“Desde que te amo, o mundo inteiro te pertence. Por isso, nunca cheguei a dar-te nada. Apenas devolvi.” (Pág. 43);

“O silêncio dela faz coro com a paisagem em redor: o mundo parece ainda por estrear.” (Pág. 76);

“No fundo, o que ele ambicionava era não ter obrigação nenhuma. A felicidade, costumava ele dizer, consiste num fazer nada: ser-se feliz é apenas deixar Deus acontecer.” (Pág.101);

“- Estar perdido é bom. Significa que há caminhos. O grave é quando deixa de haver caminhos.” (Pág.164);

Agora é recuperar o tempo perdido em que não li livros de Mia Couto.

Sinopse

“Um acontecimento real - as sucessivas mortes de pessoas provocadas por ataques de leões numa remota região do norte de Moçambique - é pretexto para Mia Couto escrever um surpreendente romance. Não tanto sobre leões e caçadas, mas sobre homens e mulheres vivendo em condições extremas.”

Caminho, 2015

 

Outubro 17, 2015

Presença - Vai e Põe uma Sentinela, de Harper Lee

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Vai E Põe Uma Sentinela, de Harper Lee, um dos mais aguardados livros do ano chega às bancas portuguesas no próximo dia 21 de outubro, com a chancela da Editorial Presença. Disponível em todas as livrarias do país, o livro considerado «uma obra de arte» pelo Chicago Tribune promete confirmar o estatuto de bestseller que alcançou noutros países.

Jean Louise Finch -  Scout -  a inesquecível heroína de Matar a Cotovia, regressa de Nova Iorque a Maycomb, a sua cidade natal no Alabama, para visitar o pai, Atticus. Decorre o turbulento  período  de meados de 1950, numa nação dividida em torno das dramáticas questões raciais. É com  este pano de fundo que Jean Louise descobre verdades perturbadoras acerca da sua família, da cidade e das pessoas de quem mais gosta, o que a leva a interrogar-se sobre os seus valores e princípios, e a confrontar-se com complexos  problemas de ordem pessoal e política.

Vai E Põe Uma Sentinela, romance inédito de Harper Lee, cujo manuscrito  se havia  perdido mas  descoberto em 2014, foi escrito antes de Matar A Cotovia e apresenta-nos muitos dos personagens dessa mítica obra,  agora vinte anos mais velhos. Um livro magnífico, comovente e de grande fascínio de um dos maiores vultos da ficção contemporânea.

Harper Lee nasceu em 1926 em Monroeville, no Alabama. Frequentou o Huntingdon College e estudou Direito na Universidade do Alabama. É a autora de Matar a Cotovia,  eleito o Melhor Romance do Século pelo Library Journal, em 1999, do qual já foram vendidos mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo. Harper Lee foi distinguida com inúmeros galardões, incluindo o Prémio Pulitzer, em 1961,  e a Medalha Presidencial para a Liberdade, em 1999, pelo seu contributo prestado à literatura.

«Uma revelação, um verdadeiro acontecimento literário.» The Guardian

«Vai e Põe uma Sentinela, como todas as grandes obras de arte, chega no momento certo.» Chicago Tribune

«Esta obra faz-nos questionar a visão que tínhamos de Harper Lee e do clássico Matar a Cotovia...» The Guardian

«Este segundo romance de Harper Lee diz-nos mais sobre o nosso mundo que o seu livro anterior.» Time

«Um livro de extraordinário interesse literário.» Independent

 Para mais informações consultem o site da Editorial Presença aqui.

Outubro 13, 2015

O Torcicologologista, Excelência é o novo livro de Gonçalo M. Tavares e chega esta semana às livrarias

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O Torcicologologista, Excelência é um livro de ficção, irónico, capaz de fazer soltar uma gargalhada, mas também duro, composto de duas partes bem distintas. A primeira, onde o desencanto se cruza com um humor corrosivo, é composta de diálogos ficcionais, uma espécie de diálogos socráticos, entre duas personagens, os Excelências, criadas e desenvolvidas durante anos por Gonçalo M. Tavares nas páginas do Diário de Notícias. Vossa Excelência fala para Vossa Excelência e no meio do absurdo que é a existência, e a tentativa de entendê-la, os dois lá vão dissertando sobre o bem e o mal, as revoluções, o tédio, a dança e a preguiça, sobre as grandes questões e os pequenos contratempos, sobre os saltos e as quedas. A ironia, o humor e a sabotagem contínua do pensamento e da linguagem vão avançando no meio destes dois curiosos Excelências, personagens de educação esmerada e raciocínio rápido.

A segunda parte de O Torcicologologista, Excelência remete para a agitação da cidade, para os pequenos gestos e as grandes tragédias dos humanos que lá vivem. Uma tragédia acelerada em que o zoom súbito e o rápido olhar sobre os humanos coloca em primeiro plano uma personagem colectiva: a cidade - a cidade moderna, com as suas doenças, as suas obsessões e, por vezes, a sua esperança.

Outubro 13, 2015

D. Quixote - Butcher's Crossing, de John Williams

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Depois de Stoner estou bastante curiosa com este Butcher’s Crossing. Já está na minha lista. Para já fica a sinopse.

Em 1870, Will Andrews chega a Butcher’s Crossing. É jovem, fartou-se de Harvard, quer descobrir na natureza o seu “eu inalterado”. E naquele vilarejo, num Oeste prestes a ser domado, encontra o seu mentor: Miller, um caçador de poucas falas, que conhece o refúgio da última grande manada de búfalos. Seduzido pela promessa de aventura, o protagonista junta-se à expedição. Serão quatro homens em marcha, por terra bravia, numa luta épica contra o tempo, a sede e os elementos. Até que chegam ao vale, um paraíso perdido povoado por milhares de búfalos. O que se segue é uma carnificina, o batismo de sangue de Will, a sua viagem iniciática ao coração das trevas. Butcher’s Crossing, publicado em 1960, é considerada a primeira das três grandes obras de John Williams.

Nas livrarias a 13 de Outubro

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