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planetamarcia

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Março 05, 2015

Oficina do Livro - Manual da Felicidade para Neuróticos, de Nuno Amado

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O escritor Gaspar Stau e o psiquiatra Amadeu Amaro são encarregados pela União Europeia de realizar um Manual de Felicidade para Neuróticos. Pelas suas conversas, viagens e encontros passam as mais variadas pessoas e histórias que inspiram ao estranho duo estratégias criativas de buscar a felicidade. Mas não poderá ela encontrar-se também em estudos científicos, na nostalgia proustiana de um publicitário ou mesmo num prato de carne de alguidar com migas de espargos? Entre o neurótico Gaspar, que duvida constantemente da possibilidade de terminarem o Manual, e o espalhafatoso Amadeu, que a maior parte das vezes nem se lembra do seu nome, vai nascendo uma amizade singular, alimentada pelo fascínio que ambos sentem pelas coisas boas da vida.

É um romance que, em diferentes vozes e estilos, numa narrativa em que cabem Paris e Lisboa, prostitutas e filósofos, redenção e desespero, Oscar Wilde e cozido à portuguesa, procura o encanto, a melancolia e o humor que existem na busca da felicidade.

Nas livrarias a 10 de Março

Março 04, 2015

Teorema - A Vida Amorosa de Nathaniel P., de Adelle Waldman

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Nathaniel (Nate) Piven é uma estrela em ascensão. O seu primeiro livro vai ser publicado por uma editora importante, a sua reputação como crítico literário é irrepreensível, as mulheres adoram-no. Vive em Brooklyn há alguns anos, mas em termos sociais é como se tivesse acabado de chegar. Com estrondo. Nate deveria, pensamos, estar feliz.

Mas ele é demasiado obsessivo para se limitar a apreciar a vida. Uma noite, ao sair de casa, Nate é (mais uma vez) vítima desse campo minado de ex-amantes que é Nova Iorque. Entre acusações e tentativas de fuga, ele prevê (corretamente) que “a noite acabará como tantas outras, em lágrimas”. Mas essa é também a noite em que conhece Hannah Leary. Como ele, Hannah vai ter a sua obra publicada por uma editora de renome. Nate fica fascinado. Ela é atraente, culta e sofisticada. Melhor do que todas as outras. Uma mulher, acredita, à sua altura. Hannah é já o objeto do seu desejo. Será também aquilo que ele realmente quer?

Nas livrarias a 10 de Março

Março 03, 2015

Novidade Editorial Presença - A Nossa Casa é Onde Está o Coração, de Toni Morrison

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Frank Money regressa da guerra da Coreia em luta com os seus fantasmas. É um homem perturbado por um profundo sentimento de culpa pelas atrocidades que se viu obrigado a cometer e pela relutância em voltar à sua cidade natal na Georgia, onde deixou dolorosas memórias de infância e a pessoa que lhe é mais querida, a irmã. Mas quando recebe uma carta avisando-o de que Cee corre risco de vida, Frank regressa, atravessando uma América dividida pela segregação. Através desta viagem, e da viagem interior que o protagonista vai fazendo, a autora dá-nos a definição do que é o lar, o lugar onde estão os nossos afetos, numa combinação entre a realidade física e social e a subtileza psicológica e emocional.

Toni Morrison é uma conceituada escritora norte-americana. Foi laureada com o Prémio Nobel da Literatura (1993) e recebeu outros prémios literários de grande prestígio, entre os quais o National Book Critics Award e o Prémio Pulitzer. É autora de vários romances, como A Dádiva, que a Presença publicou também na coleção Grandes Narrativas. A Nossa Casa É onde Está o Coração foi distinguido como New York Times Notable Book, Washington Post Notable Work of Fiction e foi ainda considerado Melhor Livro do Ano pelas publicações NPR, AV Club e St. Louis Dispatch. Toni Morrison foi professora de Humanidades na Universidade de Princeton. Recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade em 2012, a mais alta distinção civil dos Estados Unidos.

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA (1993)

PRÉMIO PULITZER DE FICÇÃO (1988)

  • A Washington Post Notable Work of Fiction (2012)
  • Um dos 100 Notable Books de 2012 segundo o New York Times e o Washington Post

  • Um dos melhores livros do ano: NPRAV Club, St. Louis Dispatch
  • «Talvez esta seja a obra mais poética de Morrison, até à data.» New York Times Review of Books

Título Original: Home

Tradução: Manuela Madureira

Páginas: 144

Coleção: Grandes Narrativas Nº 600

PREÇO SEM IVA: 11,79€ / PREÇO COM IVA: 12,50€

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

Março 02, 2015

O Último Europeu - Miguel Real - Opinião

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Cheguei desiludida à última página de “O Último Europeu”, e foi mesmo com algum desinteresse e custo que li a maioria do livro, principalmente a partir da segunda parte. Prossegui a leitura, ao contrário do que é meu hábito, por ser o livro da leitura em grupo do mês de Março, da Comunidade Leya em Grupo.

Esperava mais. Muito mais. Tanto da história como da narrativa, que considerei muito aquém do estilo e nível literário do autor.

A sinopse refere que se trata de uma utopia. De facto somos apresentados a uma sociedade em que não se trabalha, a população se entrega a todo o tipo de prazeres e ócio, os chamados neo-europeus vivem para a sociedade, para o grupo e não individualmente, o bem-estar de todos é primordial, tudo coisas fantásticas graças ao Grande Cérebro Electrónico que comanda estes carneirinhos bem comportados que não me convenceram serem superiores, avançados ou melhores.

Não é uma utopia pois tem traços distópicos, sendo o principal o total controlo da população, que sim, tem uma vida que podemos considerar utópica, mas que não foi uma escolha livre, é uma imposição, um conjunto de regras que são ditadas por um “Grande Irmão” que se chama Grande Cérebro Electrónico, mas que em nenhuma altura apresenta ao leitor um motivo para agir assim. Parece que fica a meio caminho para uma distopia a sério, ou será uma utopia a brincar?

Talvez eu não tenha percebido o objectivo do autor e haja neste livro uma revelação que só está ao alcance de alguns. Poderá tratar-se de uma ironia? Não faço, infelizmente, parte do grupo iluminado que captou a intenção do autor. Atravessei todo o livro com uma dúvida constante. A humanidade será tão pouco evoluída que, para o mau e para o bom (ou o que achamos ser bom), tem de haver sempre alguém ou algo que controle e dite regras? Iremos sempre obedecer cegamente? Mesmo que nos mudem o corpo, nos tirem o nome, nos impeçam de ter filhos, deixemos de ser filhos ou pais, se desvirtue a família, passemos a aspirar alimentos pelo nariz, ninguém se zanga, nem reclama, estão programados para gostar de tudo. Bem comportados, submissos, obedientes. Um povo avançado que é uma grande seca, que me aborreceu, e que sinceramente me apeteceu exterminar.

Esta Nova Europa e este livro não acrescentaram nada à minha vida. Irritei-me em vários momentos, praguejei escrevendo nas páginas, questionando sem evoluir. Vou considerar que não percebi, não atingi, não cheguei lá. Pois de outra forma não será mais do que é uma perda do meu tempo.

Resta-me a esperança de que, em conversa com o grupo, outras ideias lancem a luz na minha visão da coisa.

Sinopse

“Em 2284, a Europa é maioritariamente composta por Baldios governados por clãs guerreiros que escravizam as populações esfomeadas; subsiste, porém, um território isolado por um cordão de segurança com uma sociedade que, por via da ciência e da tecnologia, atingiu um nível altíssimo de felicidade individual, pois todos os desejos podem ser consumados, ainda que apenas mentalmente. Nesta Nova Europa, as relações sexuais são livres e não se destinam à procriação: as crianças, desconhecendo os pais, nascem nos Criatórios em placentas sintéticas e seguem para Colégios onde, sem a ajuda de livros, andróides especializados incrementam as suas competências como futuros Cidadãos Dourados. As famílias reúnem-se por afinidades, ninguém trabalha e nem sequer existem nomes, para que ninguém se distinga, já que todas as conquistas se fazem em nome da comunidade. Mas este mundo aparentemente perfeito sofre uma inesperada ameaça: a Grande Ásia, lutando com graves problemas de demografia, acaba de invadir a Europa... Um velho Reitor, estudioso do passado, é chamado a liderar uma equipa que possa refundar algures a Nova Europa e a deixar testemunho da sua História. 
Vinte e cinco anos depois da queda do Muro de Berlim, Miguel Real constrói uma utopia sublime no contexto de um novo paradigma civilizacional, revelando o seu talento de escritor e filósofo e, ao mesmo tempo, chamando a atenção para o esgotamento da Europa actual.”

D. Quixote, 2015

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