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planetamarcia

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Fevereiro 22, 2015

1984 - George Orwell - Opinião

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Ao iniciar estas linhas sinto que não devia. Não devia escrever sobre o 1984. Um livro que já tanta gente leu e sobre o qual tanto se escreveu. Que posso eu acrescentar? Que posso dizer que ainda não tenha sido dito, escrito ou pensado?

Li-o tarde. Este tipo de livros começou a interessar-me tarde e por (boa) influência de amigos. A leitura é uma actividade solitária mas não se deve ler sozinho, não se deve ler sem partilhar ou sem discutir, ler tem um potencial enorme de nos fazer crescer, mas quando acompanhados, quando contamos a outros o que um livro nos fez sentir, esse livro vai para outro lugar. A organização de pensamentos, a verbalização ou a escrita de toda a agitação que um (bom) livro provoca, eleva-o a outro nível. Assim como ao leitor.

Foi o caso. 1984 é de uma construção irrepreensível, não há pontas soltas, tudo é justificado, acreditamos por estar escrito de forma convincente e por ser verdade. Acho que não posso dizer isto sem parecer (pelo menos um pouco) lunática ou com a mania da perseguição, mas quem não sabe que o Grande Irmão existe, tudo vê e ordena, ou tem sorte ou sofre de um mal chamado ignorância, que tem aquele efeito colateral alucinogénio conhecido por felicidade induzida pela estupidez. O que uns olham outros observam, o que uns ouvem outros escutam.

Impressionante é a clarividência de George Orwell, bem como a imaginação e a capacidade de criar. Senti-me esmagada com este livro. Associei-o à realidade e também aí fui esmagada. E sou esmagada diariamente porque 1984 já existia em 1949, quando foi escrito, e existe agora, trinta anos depois. Chamem-lhe ficção, distopia, realidade paralela, outra dimensão, delírio ou alucinação. É tudo isso. Assim como o é o mundo em que vivemos. Completamente actual. Assustadoramente real.

Depois deste livro, caíram por terra opiniões que tinha de outros livros, mais recentes, obviamente (demasiado) inspirados em Orwell. Por um lado uma desilusão, por outro uma aprendizagem, é que não vale de nada inventar outra vez a roda, mas pode-se usá-la para construir novos tipos de veículos.

Um livro brilhante, que ensina e educa, que alerta, que se refere ao passado, ao presente e ao futuro, pois está mais que visto que a humanidade não aprende nada. Para pensar. Coisa que se faz pouco. Diz que não há tempo. O Grande Irmão gosta de nos manter ocupados.

“Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força”

Uma espécie de sinopse

“Segundo Orwell, «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro» é uma sátira, onde aliás se detecta inspiração swifteana. De aparência naturalista, trata das realidades e do terror do poder político, não apenas num determinado país, mas no mundo — num mundo uniformizado. Foi escrito como um ataque a todos os factores que na sociedade moderna podem conduzir a uma vida de privação e embrutecimento, não pretendendo ser a «profecia» de coisa nenhuma.”

Colecção Mil Folhas – Público, 2002

Tradução de Ana Luísa Faria

Fevereiro 19, 2015

Porto Editora - Ficção - Leonardo Padura apresenta "Hereges" em Portugal

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 A Porto Editora publica, a 20 de fevereiro, Hereges, o mais recente romance de Leonardo Padura e, segundo o El País, «o cruzamento perfeito entre o romance histórico, o romance social e o policial».

O escritor cubano vai participar e apresentar este livro no encontro Correntes d’Escritas 2015, que se realiza de 26 a 28 de fevereiro na Póvoa de Varzim. Posteriormente estará em Lisboa para uma sessão no Instituto Cervantes, no dia 2 de março, às 18:30.

Vencedor do X Prémio Internacional de Romance Histórico «Ciudad de Zaragoza», um dos mais importantes galardões do género, Hereges é um romance absorvente sobre uma saga judaica que vai desde 1939 até aos nossos dias e que vem confirmar o autor como um dos narradores mais ambiciosos e internacionais da língua espanhola.

Fevereiro 18, 2015

Teorema - Má Luz, de Carlos Castán

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Jacobo e o narrador são velhos companheiros que partilham afinidades literárias, filosóficas e, sobretudo, vitais, como o álcool, as noitadas, a solidão insuportável e o amor às mulheres. Porém, quando Jacobo aparece morto à facada na sua casa de Zaragoza, o amigo decide apropriar-se da vida dele, como se essa fosse a única possibilidade que lhe resta de fugir da sua. E, assim, conhece a bela e enigmática Nadia, junto de quem empreenderá uma investigação obsessiva para esclarecer o assassinato de Jacobo.

Má Luz é uma ficção melancólica, sensual e romântica sobre o desejo e a busca de um sentido para a vida, mas é também uma espécie de thriller intenso e vertiginoso que se lê em absoluta tensão da primeira à última página.

Nas livrarias a 24 de Fevereiro

Fevereiro 16, 2015

Planeta - Operação Negócios Privados, de Paulo Reis

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Um thriller muito actual, passado no mundo das «secretas» portuguesas, sobre política, espionagem e poder.
Uma história que fala directamente à actualidade portuguesa, escrita num ritmo imparável.
Corrupção na política e nos media, movidos pelos interesses dos grandes grupos económicos.
Uma realidade que reconhecemos como podendo muito bem ser a nossa.

Pedro Baltazar, o Velho, como é conhecido nos meios da secreta, tem contas antigas a ajustar com a verdade. Mas hoje, a verdade esconde-se de tantas maneiras, e sob tantas camadas de informação cuidadosamente injectada, que parece impossível sequer de localizar.

Desde a operação em curso às ramificações do fundamentalismo islâmico que actua em Portugal, à «toupeira» a que é preciso dar caça dentro dos próprios Serviços de Segurança e Informação, o Velho é posto à prova em várias direcções.
Até o polvo da alta finança, que domina por completo políticos e jornalistas – e logo a «realidade» que nos é servida –, vem requerer os seus serviços, na pessoa do Dr. Hansen, impecável representante da Fundação Reflectir Portugal, fachada do Grupo Privado de Negócios, fachada, por sua vez, dos donos de todos nós...


Paulo Reis nasceu em 1957, em Angola, e veio para Portugal em 1975, quando a guerra civil na antiga colónia portuguesa se generalizou. Em 1981 concorreu a um lugar de estagiário no semanário Tempo e começou aí a sua carreira jornalística, que se transferiu, dois anos depois, para a Rádio Renascença. Entretanto, integrou a lista, presidida por José Pedro Castanheira, eleita para a Direcção do Sindicato dos Jornalistas em 1986.
Nesse mesmo ano, deixa o jornalismo e aceita um convite para ir trabalhar para Macau, para o Gabinete de Comunicação Social, com funções de assessoria de Imprensa. Funções que abandona em 1991, regressando ao jornalismo como director de um jornal diário, a Gazeta Macaense.
Em 1997 vem de novo para Portugal e trabalha n’A Capital e no semanário O Independente, de onde sai em 2004 para trabalhar como freelancer. Em 2008 regressa definitivamente a Macau, onde dirige o jornal diário Ponto Final, mas volta a optar por ser freelancer pouco depois, dedicando-se desta vez à produção de textos, trabalho de copydesk e traduções.
Operação Negócios Privados é o seu primeiro romance. É casado e tem dois filhos, de 29 e 19 anos.
248 páginas

PVP: 16,95 €
Disponível a partir de 18 de Fevereiro

Fevereiro 15, 2015

Resultado do Passatempo "A ridícula ideia de não voltar a ver-te"

Sandra Ramos é a vencedora do passatempo “A ridícula ideia de não voltar a ver-te, livro de Rosa Montero.  

Marie Curie foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes com um Prémio Nobel, de Física, em 1903 (dividido com seu marido Pierre Curie e Becquerel)  pelas suas descobertas no campo da radioactividade, e com o Nobel da Química em 1911 pela descoberta dos elementos químicos polónio e rádio.

Agradeço a todos os participantes e, claro, à Porto Editora por apoiar e tornar possíveis estas iniciativas.

A vencedora foi contactada por e-mail. Boas leituras!

Fevereiro 12, 2015

Porto Editora - Ficção - O primeiro livro de Parker Bilal

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Sombras sobre o Cairo é o primeiro livro de Parker Bilal, o pseudónimo escolhido pelo escritor anglo-sudanês Jamal Mahjoub para iniciar uma série de policiais que tem como cenário o Cairo e como protagonista o detetive privado Makana, um sudanês que procurou o exílio após o assassinato da sua família por radicais islâmicos. Este livro é publicado pela Porto Editora no dia 13 de fevereiro.

Depois de múltiplos prémios e elogios enquanto Jamal Mahjoub, é agora também com o nome de Parker Bilal que o autor vê a sua obra reconhecida pela crítica.

Fevereiro 11, 2015

A Esfera dos Livros - Humberto Delgado - Biografia do General Sem Medo

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No próximo da 13 passam 50 anos desde que Humberto Delgado foi alvo de uma emboscada e cobardemente assassinado às mãos de um grupo de agentes da PIDE, liderado por Rosa Casaco. Para assinalar esta data, a Esfera dos Livros volta a publicar - agora numa versão reduzida -  “Humberto Delgado, Biografia do General Sem Medo”, da autoria de Frederico Delgado Rosa. O autor, neto do general, revela factos novos, relata pormenores intimistas e lança novas pistas sobre o assassinato que marcou o país.

Chamaram-lhe terramoto e furacão. Uns apelidaram-no de general-dinamite, outros de cowboy e de general Coca-Cola. Ele próprio se retratou como um «Tufão sobre Portugal», mas foi outro o epíteto que ficou para a posteridade e no coração do Povo: Humberto Delgado, o General Sem Medo. Esta é a primeira biografia do homem que desafiou Salazar ao proferir a célebre frase: «Obviamente demito-o!». Candidato à Presidência da República em 1958, Humberto Delgado galvanizou multidões de Norte a Sul, tendo sido vítima de uma das maiores fraudes eleitorais da História. A sua morte às mãos da PIDE, em 13 de Fevereiro de 1965, foi o principal assassínio político da ditadura e marcou indelevelmente a memória colectiva. Mito do Século XX, Humberto Delgado renasce neste livro, que narra passo a passo o romance de aventuras da sua vida, desde a infância no Ribatejo até à cilada de Badajoz. Escrita por Frederico Delgado Rosa, neto de Humberto Delgado, a presente biografia desvenda factos totalmente desconhecidos até hoje, relata pormenores intimistas vedados aos historiadores e faz surpreendentes revelações sobre o assassinato, lançando uma nova luz sobre o «Caso Delgado».

Fevereiro 10, 2015

A Esfera dos Livros - O Monstro de Monsanto, de Pedro Jardim

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Uma rapariga encontrada morta na floresta de Monsanto. Um delicado vestido azul a cobrir o corpo. O cabelo cuidadosamente penteado. Uma máscara de papel branco com um poema de Florbela Espanca sobre o rosto. É este o cenário que Isabel Lage, inspetora da Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária, encontra no local do crime. A primeira vítima de um serial killer que não deixa pistas, que habilmente se move pela floresta e que parece conhecer todos os passos da polícia. Isabel está apostada em resolver este mistério e fazer justiça em nome das mulheres que morrem às mãos de um assassino frio e calculista. Mas todas as pistas levam a João, o seu antigo companheiro de patrulha, e com quem partilhou mais do que aventuras profissionais.

Pedro Jardim, chefe de polícia com experiência em investigação criminal, traz-nos no seu romance de estreia um thriller empolgante e arrebatador que nos prende até à última página. Pode haver um monstro em qualquer um de nós...

 

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