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planetamarcia

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Março 14, 2014

Sextante Editora - Ficção - O novo romance de Teolinda Gersão

 

A Sextante Editora publica, a 21 de março, Passagens, o novo romance de Teolinda Gersão, um livro que começa com um cenário de luto, mas que é, na verdade, um olhar penetrante sobre a vida e a sua complexidade, através de personagens de quatro gerações de uma família.

Teolinda Gersão é a convidada da próxima edição do Porto de Encontro, sessão que se realiza no dia 23 de março, às 17:00, na Biblioteca Almeida Garrett, e que conta com a participação de Nuno Carinhas e José Carlos Tinoco.

Março 13, 2014

"Capitãs de Abril" de Ana Sofia Fonseca

 

Para assinalar os 40 anos do 25 de Abril a Esfera dos livros publica Capitãs de Abril de Ana Sofia Fonseca.

A autora conta-nos a Revolução dos Cravos no feminino, com os seus heróis revelados na intimidade da família. Este é um livro original sobre as mulheres dos militares de Abril, que lutaram com as armas que tinham, cada uma à sua maneira, e que foram protagonistas na sombra de um dos mais importantes acontecimentos do século XX português.

Conheça a história de mulheres como: Aura Costa Martins, Dina Carvalho, esposa de Otelo, Natércia Salgueiro Maia, Teresa Alves, esposa de Vítor Alves e Gabriela Melo Antunes.

SINOPSE

O amor colocou-as no centro da revolução que derrubou 40 anos de ditadura em Portugal. E elas cumpriram o seu papel. Em casa, para que a liberdade chegasse à rua. Lutaram nas fileiras da conspiração, dando cobertura a reuniões clandestinas, passando à máquina manifestos, instigando a revolta ou simplesmente “assobiando” para o lado como quem não vê o golpe em marcha. Esta é a história das mulheres dos capitães de Abril.

Dina Carvalho foi à guerra, soldado sem bala, com os três filhos à mercê de bombardeamentos. Ateou o mais que pôde o movimento dos capitães. Depois, ajudou Otelo a preparar o plano de operações – ela a tricotar no carro para ele tirar as medidas ao forte de Caxias. Natércia Salgueiro Maia passou a noite de 24 de Abril colada ao rádio. Tantas tardes, ela e Fernando a trautearam Zeca Afonso, e agora a canção como ordem na parada. Pela janela, viu a coluna deixar Santarém. Teresa Alves tremeu a madrugada inteira, não havia cobertores capazes de calarem o frio. A ironia da vida congelava-lhe as entranhas, era filha do Chefe de Estado-Maior da Armada e mulher de um dos líderes do movimento. Aura Costa Martins passou a noite no Mini do namorado, os dois às voltas pela cidade, granadas e uma metralhadora no banco de trás. Gabriela Melo Antunes, menina da fina-flor açoriana, andava nos escritos da PIDE, por comungar “dos ideais” do marido era suspeita. Esta é também a história da única mulher que leu um comunicado do MFA e da mulher que, sem saber, deu nome à revolução, com os seus cravos nos canos das armas. A jornalista Ana Sofia Fonseca, autora de Angola Terra Prometida, conta-nos a revolução dos cravos no feminino, com os seus heróis revelados na intimidade da família. Os momentos decisivos, a última noite, o primeiro dia de liberdade. Num país de homens, as mulheres dos militares de Abril lutaram com as armas que tinham. São personagens de um dos mais importantes acontecimentos do século XX português. Todas elas, cada uma à sua maneira, protagonistas na sombra.

Ana Sofia Fonseca, jornalista freelancer, trabalhou na revista Grande Reportagem e no semanário SOL. Tem realizado reportagens para diversos órgãos de comunicação social, como o Expresso, Público, Sábado e Diário Económico. Foi autora de duas rubricas no Expresso. Actualmente colabora com a SIC, onde tem assinado reportagens e documentários. Alguns dos seus trabalhos foram premiados em Portugal e no estrangeiro. Entre outro, recebeu o prémio Gazeta e o prémio Direito Humanos e Integração da UNESCO. Publicou os livros Angola Terra Prometida, editado pela Esfera dos Livros Barca Velha - Histórias de um vinho e o romance Como Carne em pedra quente.

Março 09, 2014

O Ano do Dilúvio - Margaret Atwood - Opinião

 

A “Órix e Crex” segue-se “ O Ano do Dilúvio”. Talvez não seja exactamente uma sequela, é mais um complemento, dado que este livro preenche alguns espaços do anterior. Fiquei a conhecer melhor as personagens de “Órix e Crex”, que agora aparecem sob o olhar de novos elementos.

Apenas na fase final se poderá encontrar uma sequência de acontecimentos, na medida em que neste livro se avança (pouco) em relação ao ponto em que “Órix e Crex” terminou. Ou seja, fica a grande vontade de saber mais, de descobrir como Atwood vai encontrar um desfecho que eu não espero que seja menos que perfeito. Quanto mais leio e conheço a autora mais as minhas expectativas ficam nos píncaros, e não saber neste momento se a Bertrand (ou alguma outra editora) vai publicar a tradução do recente “MaddAdam”, deixa-me num estado de deplorável ansiedade.

Como poderá ser o fim da humanidade? Que doenças ou catástrofes podem exterminar a nossa espécie? Quem nunca pensou nisso? Quem nunca se deixou levar pelos alarmismos dos media em relação a pandemias, chuvas de meteoritos, maremotos, terramotos, tempestades e dilúvios?

Nos “Universos Atwood” que tenho vindo a descobrir a ficção é uma possível realidade. Sabemos que não é verdade mas é tão verosímil que acreditamos que pode acontecer. E o Dilúvio assim aconteceu como previsto por Crex, um homem que se assume como Deus criador de um novo Homem, perfeito e superior à espécie humana que o Dilúvio criado em laboratório vai extinguir.

“O Ano do Dilúvio” não me foi tão fácil de ler como o anterior. A realidade exposta (que prefiro não revelar) não me atraiu tanto como eu gostaria. É uma espécie de outra perspectiva da mesma acção. Há interacção entre o que posso chamar de “dois mundos” em que um é supostamente superior e o outro mais banal. Mas ambos igualmente vítimas. Igualmente alvos.

E como fica o Mundo sem seres humanos? Ou melhor, sem Homens como os conhecemos, agora substituídos por uma humanidade aperfeiçoada e superior, que curiosamente só o é porque não pensa e age por instintos. Mas e se alguns sobreviverem? Alguns que não sabemos quantos são, que estão fracos, subnutridos e desidratados mas que por alguma razão resistiram ao Dilúvio? Penso que a resposta estará então no novo “MaddAdam”. Ou então só teremos mais perguntas. Perguntas duras e difíceis daquelas que só os livros muito bons semeiam na nossa mente. Só livros excelentes como “Órix e Crex” e agora “O Ano do Dilúvio” nos deixam a semente da dúvida, do pensamento e da reflexão, que germina mesmo depois dos livros terminados.

“Merecemos nós este Amor por meio do qual Deus sustém o nosso Cosmos? Merecemo-lo como espécie? Pegámos no Mundo que nos foi dado e descuidadamente destruímos o seu edifício e as suas Criaturas. Outras religiões ensinaram-nos que este Mundo será enrolado como um rolo de pergaminho e queimado até deixar de existir, e que um novo Céu e uma nova Terra irão então aparecer. Mas porque nos daria Deus outra Terra, quando maltratámos esta de tal forma?

Não, meus Amigos: não é esta Terra que será demolida; é a Espécie Humana. Talvez Deus crie outra raça, mais compassiva, para nos substituir.

Pois o Dilúvio Seco varreu-nos – não como um imenso furacão, nem como um fogo de barragem de cometas, nem como uma nuvem de gases venenosos. Não; como suspeitámos durante tanto tempo, é uma peste – uma peste que não infecta outra espécie que não a nossa e que deixará todas as outras Criaturas incólumes.” (Pág. 466).

Sinopse

“O Sol já brilha no céu, dando ao cinzento do mar o seu tom avermelhado. Os abutres secam as asas ao vento. Cheira a queimado. O dilúvio seco, uma praga criada em laboratório pelo homem, exterminou a humanidade. Mas duas mulheres sobreviveram: Ren, uma dançarina de varão, e Toby, que do alto do seu jardim no terraço observa e escuta. Está aí mais alguém? Um livro visionário, profético, de dimensões bíblicas, que põe a nu o mais ridículo e o mais sublime do ser humano, a nossa capacidade para a destruição e para a esperança. Negro, terno, inquietante, violento e hilariante, revela Margaret Atwood no seu melhor.”

Bertrand, 2011

Março 03, 2014

Dom Casmurro - Machado de Assis - Opinião

 

É curioso que o primeiro livro que leio no Kobo tenha sido publicado em 1899. Li no e-reader um livro que, quando escrito, não se imaginava tal possibilidade.

Adoro livros mas tenho de me render à evidência. De que outra forma posso ter vários livros sempre comigo, para ler em qualquer altura e local, sem carregar com pesos? Nunca tirando o lugar dos livros físicos, o Kobo abre toda uma nova possibilidade de leituras.

“Dom Casmurro” não me deu particular prazer de ler. Bem escrito mas de uma época e de um estilo que não me envolve. Quanto a mim demasiado longo para a história que conta. De qualquer modo foi bom conhecer finalmente Capitu e entender todas as dúvidas e mistérios em redor desta famosa personagem.

Bentinho lutou pela sua história de amor com Capitu, foi contra o desejo que sua mãe tinha de o ver ordenado padre, e deixou que a sua felicidade fosse assombrada pela dúvida em relação à fidelidade da mulher. Perturbador e por vezes desesperante, “Dom Casmurro” lê-se bem mas não me marcou como eu esperava e gostava.

Sinopse

“Dom Casmurro" conta a história de Bento Santiago (Bentinho), apelidado de Dom Casmurro por ser calado e introvertido. Em adolescente apaixona-se por Capitu, abandonando o seminário e, com ele, os desígnios traçados por sua mãe, Dona Glória, para que se tornasse padre. Casam-se e tudo corre bem, até o amor se tornar ciúme e desconfiança. A dúvida da traição de Capitu percorre toda a obra, agravada pela extraordinária semelhança do filho de ambos, Ezequiel, com Escobar, o grande amigo de Bentinho.”

KoboBooks

Março 02, 2014

Porto Editora - Ficção estrangeira - Um grande romance de Jojo Moyes

 

7 de março é o dia em que a Porto Editora publica o muito aguardado novo romance de Jojo Moyes. O olhar de Sophie é uma história muito forte, na qual duas mulheres separadas por um século lutam por aquilo que amam.

Se o romance anterior foi muitíssimo elogiado pelo prestigiado The New York Times, desta nova obra jornais como o Washington Post e o USA Today destacam a qualidade do enredo e das personagens.

Jojo Moyes é uma ex-jornalista, que trabalhou no The Independent, até se ter tornado escritora a tempo inteiro. Foi jornalista especializada em cultura e correspondente em Hong Kong.

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