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planetamarcia

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Fevereiro 18, 2013

Crónica dos Bons Malandros - Mário Zambujal - Opinião

Um livro que dispensa apresentações. Publicado pela primeira vez há mais de 30 anos, há muito que estava na minha lista de livros a ler.

Não desiludiu e cumpriu as minhas expetativas e objetivos; um livro de leitura rápida, interessante e divertido.

É o segundo livro que leio do autor. Apesar de ter começado por um dos mais recentes (Dama de Espadas), pude comprovar o que já imaginava ser o “estilo Mário Zambujal”. Uma escrita simples, de linguagem (muito) adequada ao meio e às personagens, com alguma ironia e bastante sátira.

Um livro que continua atual. Talvez, se fosse escrito agora, estes malandros estivessem dotados de equipamentos eletrónicos todos sofisticados. Mas malandros são malandros, seja em que época for.

Descrições dos malandros ao pormenor, desde a infância ao seu encontro e formação da quadrilha. Percursos tristes e desequilibrados, mas que de alguma maneira acabam por nos fazer rir. Assim segue a narrativa até ao desenlace final, quem é afinal o mais malandro de todos?

Recomendo e tenho mesmo de ler mais livros do Mário Zambujal.

Sinopse desta edição

“Sinto-me sequestrado por estes bons malandros". Aos livros que fui escrevendo, e outros que venha a escrever, não lhes valem possíveis méritos. Mais de trinta anos depois de saltarem à cena, sem outra pretensão do que fazer sorrir circunstanciais leitores, os bons malandros não arredam pé e ganharam a afeição de gerações sucessivas. Nada mais surpreendente, para quem lhes deu vida, esta longevidade que permite divertir jovens de hoje, tal como acontecera com seus pais e mesmo avós. Aqui se apresenta uma nova (e esmerada) edição de um livro que já galgou pelo cinema e pelo teatro e ameaça novos estrondosos cometimentos. Entretanto, o que o autor ambiciona é o mesmo de sempre: proporcionar prazer de leitura a quem se dispõe à descoberta das singulares aventuras destes bons malandros. Se eles vos divertirem, cumprem o seu destino."”

Clube do Autor, 2011

Fevereiro 17, 2013

Porto Editora - Ficção Estrangeira - O inesperado «romance negro» de Luis Sepúlveda

Luis Sepúlveda surpreendeu os seus leitores quando publicou, há cerca de dez anos, Nome de Toureiro, uma história sobre caçadores de tesouros do tempo do Terceiro Reich, num estilo que se distinguia da restante obra do autor. Este livro, que vai ser reeditado pela Porto Editora a 18 de fevereiro, apresenta-nos uma intriga repleta de ação, segredos e ladrões que roubam ladrões.

 

Fevereiro 17, 2013

Porto Editora - Ficção - 'Os Alferes', de Mário de Carvalho

Após o êxito de O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, publicado pela Porto Editora em setembro de 2012, chega agora o momento de reeditar a obra completa de Mário de Carvalho, a começar com Os Alferes. Este livro, que regressa às livrarias a 18 de fevereiro, reúne três contos protagonizados por jovens oficiais do Exército num palco de guerra ou ocupação colonial.

 

Fevereiro 17, 2013

Novidade Teorema - Os Demónios de Álvaro Cobra, de Carlos Campaniço

A aldeia de Medinas seria um lugar bem mais aprazível não fosse contar-se entre os seus habitantes Álvaro Cobra, um lavrador que atrai fenómenos sobrenaturais e tão depressa é tido por bruxo como por santo: não chorou ao nascer, com três meses já tinha os dentes todos, consegue ouvir a Terra girar sobre si própria, tem uma cadela que adivinha o tempo e, além disso, já morreu duas vezes – mas ressuscitou, e desde então um bando de grifos faz ninho no seu telhado.

Ao ficcionar uma aldeia alentejana em finais do século xix – na qual judeus, árabes e cristãos andam às turras e os mitos ganham terreno à realidade –, Carlos Campaniço oferece-nos uma galeria de personagens inesquecíveis, que vão de um anarquista alfabetizador à dona de um bordel ambulante, e recicla de forma original o realismo mágico para revisitar as virtudes e os defeitos das pequenas comunidades rurais do nosso Portugal.

Nas livrarias 28 de Fevereiro

Fevereiro 17, 2013

Novidade D. Quixote - Nadar para casa, de Deborah Levy

Julho, Riviera Francesa. Para Joe, a família e os amigos, o verão começa agora. A casa de férias é isolada, a piscina é invulgar, escavada na pedra. Nela flutua um corpo esguio, delicado.

Esta presença inesperada e surpreendente é Kitty, aspirante a poeta, desconhecida. É com perplexidade que o grupo a vê sair nua da piscina e entrar de rompante nas suas vidas.

Ao abrigo das sombras, alguém observa.

A suspeição paira instintivamente no ar, como uma ameaça.

A normalidade é, por fim, restaurada. Contudo, algo mudou irreversivelmente.

Finalista do Man Booker Prize 2012

Nas livrarias a 26 de Fevereiro

Fevereiro 17, 2013

Novidade Asa - Um Homem de Partes, de David Lodge

Fascinado pelo génio de H. G. Wells – o visionário autor de A Guerra dos Mundos e A Máquina do Tempo – David Lodge recria a vida excêntrica e tumultuosa daquele que ficou para a posteridade conhecido como “o homem que inventou o amanhã”.

Homem de contradições e de extremos, foi um socialista perdulário, um feminista mulherengo, um romancista em rota de colisão com o romance. Amou e foi amado por várias mulheres extraordinárias, mas no seu íntimo acarinhou muito poucas. Será através delas que Wells questiona agora o sentido da sua vida.

Nas livrarias a 26 de Fevereiro

Fevereiro 17, 2013

Novidade Asa - MARIANA, de Susanna Kearsley

Ela tinha apenas cinco anos quando viu Greywethers pela primeira vez, mas soube de imediato que aquela era a sua casa. Vinte e cinco anos depois, tornou-se finalmente sua proprietária. Mas Julia depressa começa a suspeitar de que existe algo de poderoso e inexplicável por detrás da sua decisão radical de abandonar Londres e começar de novo numa pequena aldeia. Os novos vizinhos são calorosos e acolhedores, muito particularmente Geoff, o aristocrático proprietário de Crofton Hall, com quem sente uma ligação imediata. Mas a vida tal como ela a conhecia acabou, e outra bem diferente está prestes a começar. Uma vida que inclui Mariana, que habitou aquela mesma casa trezentos anos antes e cujo destino ficou tragicamente por cumprir. A história de Mariana vai-se revelando a pouco e pouco, apoderando-se da sua vida como um feitiço. Ao longo dos séculos que separam as duas jovens, uma promessa de amor eterno aguarda o desfecho que o destino lhe negou. Conseguirá Julia desvendar no presente os enigmas do passado? Será que Mariana esteve sempre à sua espera? 

Nas livrarias a 23 Fevereiro

 

Fevereiro 13, 2013

Unidos pelo Livro!

É como muito prazer que o planetamarcia, com o apoio da Editorial Presença, promove e divulga a iniciativa “Unidos pelo Livro”. O objetivo é, tal como o nome indica, unir todos os interessados pelo mundo dos livros, numa única semana, e assim contribuir com mais um estímulo em prol do gosto pela leitura!

De 13 a 19 de Fevereiro terei disponível um código-oferta exclusivo para utilização no site da Presença. Trata-se de um código único para oferecer aos leitores. Ao usarem este código em www.presenca.pt, terão um desconto de 5€ em todas as encomendas de valor igual ou superior a 15€. Receberão ainda de oferta o marcador "Unidos Pelo Livro".

O código exclusivo do planetamarcia é: UNIDOSPELOLIVROT5TJT (o código só funcionará durante o período indicado, todas as tentativas de utilização do código fora dele não darão acesso a nenhuma oferta).

Nota importante para utilizadores frequentes da página da Presença: a utilização do código não é acumulável com a utilização da conta-cliente, ou seja, a partir do momento em que seja usado o código não será possível usar o valor em conta-cliente para pagar a encomenda.

Abaixo instruções detalhadas para utilização do código:

1. Vá a www.presenca.pt e escolha os seus livros;
2. Clique em «Comprar»(junto às capas dos livros);

 3. Clique em «Carrinho de compras» (no canto superior direito do site);

4. Identifique-se ou registe-se (no carrinho de compras);

5. Introduza o código no campo «Possui algum código-oferta? Introduza o seu código aqui» e clique em "Aplicar";

6. Clique em «Prosseguir a encomenda» e siga os restantes passos até finalizar a encomenda;

Boas compras e boas leituras!

Fevereiro 12, 2013

Novidade Planeta - Marginal, de Cristina Carvalho

Um enredo intrigante, que leva à descoberta de um passado insuspeitado e de uma época onde a liberdade sexual se começou a afirmar e as mulheres começaram a conquistar a sua independência na sociedade portuguesa.

Uma mulher e um achado assombroso que revela instantâneos de uma juventude enterrada na rotina dos dias.

Um passado vivido ao longo dessa emblemática estrada que liga a dourada sociedade da Linha de Cascais à cidade de Lisboa.

Onde começa a margem e termina o «dever ser» para uma jovem portuguesa, nas décadas de 50 a 70 do século passado?

Pode uma dúzia de imagens de um passado rebelde abalar a calma de um presente sem cor?

Cristina Carvalho nasceu em Lisboa a 10 de Novembro de 1949.

Durante a sua actividade profissional, contactou com milhares de pessoas e visitou inúmeros países, sendo a Escandinávia e o Oeste português as regiões que mais ama e que mais influência exercem sobre o seu imaginário e a sua personalidade enquanto transitório ser humano do sexo feminino, habitante do planeta Terra e, por acaso, escritora.

Não por acaso, nesta sua actividade a que não chama profissional, é já autora de onze livros, com o presente, e outros se seguirão.

Até à data, tem publicados: Até já não É Adeus (1989); Momentos Misericordiosos (1992); Ana de Londres (1996); Estranhos Casos de Amor (2003); O Gato de Uppsala (2009); Nocturno: o Romance de Chopin (2009) e Lusco-Fusco (2012) (os três últimos selecionados para o Plano Nacional de Leitura); Tarde Fantástica (2011); A Casa das Auroras (2011); Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Príncipe Perfeito (2012).

152 páginas

PVP: 15,50 €

Já nas livrarias

Excerto de Marginal:

“Um dia, quando ela, a minha sogra, se preparava para ir para a praia com o seu belo fato de banho preto com rosas verdes e saiote compreensivo e vestida por cima com um vestido próprio de ir para a praia, calçada com sandálias brancas de salto alto próprias para ir para a praia e um chapéu de pano cheio de flores coladas, também de pano, próprio para ir para a praia e uns grandes óculos escuros, perguntei-lhe:«Gosta desse seu fato de banho? Gosta mesmo? Da saiazinha a tapar as pernas e o desenho do rabo?»

Ela parou entre portas, tirou os óculos escuros e olhou para mim com o ar mais triste deste mundo e, com a boca praticamente fechada, murmurou qualquer coisa parecida com isto: «Sabes o que é que eu gostava mesmo? Era de me enterrar completamente nua na areia e sentir a areia húmida nas pernas, que me chegasse até às coxas, até às ancas e que eu me deixasse enterrar tanto e tanto e tanto que pudesse desaparecer para nunca mais ser vista…»

Isto disse a minha sogra entre portas. E saiu.”

Fevereiro 11, 2013

Filhas Rebeldes - Manju Kapur - Opinião

Parado na estante desde o ano passado, “Filhas Rebeldes” já há muito que chamava por mim. Por me interessar em conhecer outras culturas e, neste caso, principalmente por se debruçar sobre a condição da mulher na Índia.

Ida procura saber mais sobre Virmati, a sua falecida mãe. Procura junto da família conhecer o percurso de Virmati, uma mulher que fez escolhas diferentes, consideradas desonrosas para a família. Nesta busca e reconstrução de uma vida, Ida fica a conhecer uma mulher corajosa, que amou incondicionalmente o seu pai, rejeitou casar, estudou, e por tudo isto foi considerada a vergonha da família.

Ninguém quer falar de Virmati. É aqui que a autora nos conta tudo. Nos faz viajar à Índia dos anos 40, numa época em que o mundo estava em guerra e que, também na Índia o movimento pela independência se reflete no dia-a-dia da população.

Virmati é a mais velha de onze filhos. Tem obrigação de cuidar dos irmãos, aprender as tarefas domésticas para, um dia, agradar ao seu marido. A educação de uma mulher limita-se à preparação para o casamento arranjado pela família. O casamento de Virmati, como filha mais velha, condiciona o casamento das irmãs, que só poderão casar depois dela.

Mas Virmati não quer casar, quer aprender, quer estudar, procurar respostas, ler e conhecer. Apaixona-se e envolve-se com um professor, já casado mas profundamente frustrado com a ignorância da esposa, que nem sequer sabe ler.

O amor clandestino é descoberto, Virmati é ostracizada pela família, chega a ficar fechada num armazém, escondida pela própria família, que tenta a todo custo ocultar a vergonha e não prejudicar os casamentos das outras filhas.

Mas o amor é mais forte e, após 5 anos de relação com o professor, acabam por casar. Virmati é a segunda esposa e vai viver para a casa de Harish, junto com a primeira esposa, os filhos deles e a sogra. Chocante e deprimente. Reflexivo em relação á condição inferior da mulher a quem a família vira costas nos momentos de maior dificuldade por não poder superar a desonra. Famílias arranjadas, filhos que nascem sem amor, distância, educação pelo medo, tradições mais fortes do que os laços familiares. Antes a morte que a desonra. A vergonha nunca é ultrapassada. Virmati morre sem nunca ter o perdão da família.

Exagero e choque para o mundo ocidental mas ainda uma realidade atual em alguns países.

Uma leitura que apreciei mas que, devido à excessiva utilização de termos indianos, se tornou por vezes cansativa pela constante consulta do glossário no final do livro.

Sinopse

“Só muito raramente nos é dado apreciar nas páginas de um primeiro romance a mesma luminosidade e o mesmo fulgor da escrita que Manju Kapur nos oferece em "Filhas Rebeldes", a obra que assinala a sua estreia literária. O halo poético que envolve a narrativa contrasta de forma agreste com o cenário sangrento e trágico em que ele se desenrola - O Punjab da década de 40 do último século, em plena época do movimento pela Independência e da Partição. A Índia está plenamente empenhada na luta pela liberdade e pela autonomia em relação ao domínio britânico é uma, é uma nação em busca da sua própria identidade. Virmati é uma jovem do Punjab que, à semelhança do seu próprio país, trava a mesma luta - pela emancipação relativamente a uma família tradicional e austera que não consegue imaginar outro futuro para a sua filha mais velha que não seja um casamento vantajoso. Mas Virmati aspira a uma vida livre, e rebela-se contra o seu destino. Apaixona-se ilicitamente por um homem casado, decide viver esse amor e condena, assim, toda a sua família à vergonha pública. O que Kapur nos traça neste livro belíssimo é o retrato poderoso e enternecedor de um país e de uma mulher à procura do seu lugar no mundo, e das vicissitudes e sofrimentos que acompanham, inevitavelmente, o grito pela liberdade.”

Presença, 2005