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planetamarcia

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Setembro 29, 2012

Porto Editora - Ficção Estrangeira - Novo romance de Sveva Casati Modignani

Os leitores pediram, a autora respondeu: Sveva Casati Modignani vem a Lisboa apresentar o seu mais recente romance, Um Dia Naquele Inverno, que a Porto Editora publica a 4 de outubro.

Com o famoso Lago de Como como cenário, esta é uma história sobre uma jovem francesa que um dia vai viver para a exuberante mansão de uma família italiana.

Sveva Casati Modignani vai estar em Lisboa entre os dias 18 e 23 de outubro para diversas sessões de autógrafos e contactos com a comunicação social.

SINOPSE

Numa grande mansão, às portas de Milão, vivem os Cantoni, proprietários há três gerações da homónima e prestigiada fábrica de torneiras. Aparentemente, todos os membros da família levam uma vida transparente, mas, na realidade, todos eles escondem segredos que os marcaram; existem situações que, ainda que conhecidas por todos, permanecem um tema tabu. Omite-se até a loucura de que sofre Bianca, a matriarca desta dinastia.

Um dia, entra em cena Léonie Tardivaux, uma jovem francesa sem dinheiro e sem parentes, que casa com Guido Cantoni, o único neto de Bianca. Léonie adapta-se bastante bem à rotina familiar, compreendendo a regra de silêncio dos Cantoni. Isso não a impede de ser uma esposa exemplar, uma mãe atenta e uma gerente talentosa, que, com bastante êxito, conduz a firma pelo mar hostil da recessão económica. No entanto, também ela cultiva o seu segredo, aquele que todos os anos, durante apenas um dia, a leva a largar tudo e a refugiar-se no Lago de Como.

Mais uma vez, Sveva Casati Modignani cativa o leitor com uma saga familiar que atravessa quase um século da História de Itália, dos anos 20 até aos dias de hoje, colocando em cena personagens encantadoras: homens inteligentes, autênticos e perspicazes, que têm ao seu lado mulheres fortes e inigualáveis, capazes de os aconselhar e apoiar.

A AUTORA

Reconhecida como a grande signora do bestseller italiano, com mais de 11 milhões de exemplares vendidos, Sveva Casati Modignani está traduzida em 17 países e é hoje uma das autoras mais populares em Portugal. No catálogo da Porto Editora figuram já os seus romances Feminino Singular, Baunilha e Chocolate, O Jogo da Verdade, Desesperadamente Giulia, O Esplendor da Vida, A Siciliana, Mister Gregory e A Viela da Duquesa.

Título: Um Dia Naquele Inverno

Autor: Sveva Casati Modignani

Tradutor: Regina Valente

Págs: 384

PVP: 16,60 €

Setembro 29, 2012

Novidade Planeta - "D. Pedro, o Rei - Imperador", de Javier Moro

Durante cerca de três anos, Javier Moro fez uma minuciosa investigação histórica e documental, falou com especialistas e percorreu alguns locais, de Portugal ao Brasil, para escrever esta grande epopeia sobre D. Pedro I, que lhe valeu o Prémio Planeta 2011, um dos mais prestigiados do mundo.

Nesta biografia romanceada sobre Pedro I do Brasil, podemos ler que aquele imperador capaz de cavalgar durante sessenta quilómetros sem desmontar do cavalo, de estar um dia inteiro sem comer, de navegar oceanos de inimigos e de fascinar mulheres inesquecíveis, tinha uma enorme sensibilidade que se manifestava no seu amor incondicional pelas crianças.

Apesar de uma esmerada educação e de grande inteligência, a personalidade de D. Pedro I era excessiva e contraditória, as mulheres foram a sua salvação e a sua perdição. Teve vários filhos e muitos ilegítimos: do casamento com a primeira mulher, a virtuosa Leopoldina de Áustria que o levou ao apogeu teve sete filhos, e cinco com a amante, a ardente Domitila de Castro, que o arrastou para a decadência.

Era um liberal entre os absolutistas, um promíscuo entre os monogâmicos, um hiperactivo e um bipolar, que ora era Jekyll para a seguir se transformar em Hyde. Dono de uma personalidade escandalosa, D. Pedro I tinha como único objectivo ‘beber a vida em grandes goles, num copo maior que a própria grandeza.’

Quando o imenso Brasil se tornou pequeno e o poder deixou de lhe interessar, pôs a sua vida em risco por aquilo que acreditava ser justo.

E alcançou a glória.

Javier Moro (Madrid, 1955) colaborou desde muito jovem em meios de informação nacionais e estrangeiros. Trabalhou como investigador em diversos livros de Dominique Lapierre, seu tio, e Larry Collins.

Co-produtor e guionista dos filmes Valentina e Crónica del alba, ambos baseados na obra de Ramón J. Sender, esteve seis anos nos Estados Unidos da América a desenvolver projectos de cinema e televisão, onde colaborou com realizadores como Ridley Scott.

É autor de Senderos de Libertad, El Pie de Jaipur, Las Montañas de Buda, Era Medianoche en Bhopal, em colaboração com Dominique Lapierre, Paixão Indiana e O Sari Vermelho.

520 páginas

PVP: 22,90€

Disponível desde 20 de Setembro

Setembro 29, 2012

Sextante Editora - Literatura - Duas novidades de Rubem Fonseca

Trata-se de dois livros muito aguardados: José Axilas & outras histórias indecorosas, de Rubem Fonseca, são duas novidades da Sextante Editora que vão ser publicadas a 4 de outubro.

José é uma autobiografia do prestigiado autor brasileiro, uma memória da sua infância e juventude, onde perpassa o entusiasmo e a paixão pelos livros, o fascínio pelas mulheres e a sua ascendência portuguesa.

Já Axilas & outras histórias indecorosas é um livro de contos negros, permeados por um humor ácido e um forte erotismo, personagens obsessivas e impiedosas para consigo mesmas e, sobretudo, para com quem as rodeia.

 


JOSÉ

Ao falar de sua infância José tem que recorrer à sua memória e sabe que ela o trai, pois muita coisa está sendo relembrada de maneira inexata, ou foi esquecida. Mas ele gostaria de concluir, ao fim dessas lembranças tumultuadas, que a memória pode ser uma aliada da vida. Sabe que todo relato autobiográfico é um amontoado de mentiras – o autor mente para o leitor, e mente para si mesmo. Mas aqui, se alguma coisa foi esquecida, ele se esforçou para que nada fosse inventado. José cita Proust: «a lembrança das coisas passadas não é necessariamente a lembrança das coisas como elas foram.»

Título: José

Autor: Rubem Fonseca

Págs.: 112

PVP: € 13,30


 

 

AXILAS & OUTRAS HISTÓRIAS INDECOROSAS

«Eu ainda não sabia o seu nome, que depois descobri ser Maria Pia. Ela já estava sentada quando vi os seus braços, braços finos, que para o meu bisavô não causariam o menor interesse, ele provavelmente os acharia feios. Além do mais, Maria Pia usava uma manga cavada e os braços estavam totalmente desnudos. Meu bisavô gostaria que ela usasse mangas curtas meio palmo abaixo do ombro e que seus braços fossem cheios, do jeito que Machado de Assis descreve no conto “Uns braços”. Maria Pia era fina, toda ela, eu sabia, desde o início, vendo-lhe apenas os braços. E quando ela deu-lhes movimento, pude ver parte da sua axila.»

Título: Axilas & outras histórias indecorosas

Autor: Rubem Fonseca

Págs.: 144

PVP: € 13,30

O AUTOR

Contista, romancista, ensaísta, guionista e «cineasta frustrado», Rubem Fonseca só precisou de publicar dois ou três livros para ser consagrado como um dos mais originais prosadores brasileiros contemporâneos.

Em 2003, ganhou o Prémio Juan Rulfo e o Prémio Camões, o mais importante da língua portuguesa. Recebeu cinco vezes o Prémio Jabuti. Com várias das suas histórias adaptadas ao cinema, ao teatro e à televisão, Rubem Fonseca já publicou treze coletâneas de contos e onze romances.

Setembro 29, 2012

Novidade D. Quixote - Não é Meia Noite Quem Quer, de António Lobo Antunes - disponível a 8 de Outubro

O enredo do livro desenvolve-se em três dias, sexta-feira, sábado e domingo.

Uma mulher com perto de cinquenta anos vai passar um fim-de-semana na casa de férias da família, numa praia não identificada. A casa, modesta, foi vendida e ela quer despedir-se dela, mas também relembrar tudo o que ali se passou – a sua infância com os pais e os irmãos, o suicídio do irmão mais velho, o irmão surdo-mudo, o complexo e dramático relacionamento dos pais, a menina da casa em frente, sua amiga do tempo de férias.

O livro será apresentado em Penafiel, no âmbito da 5.ª Edição da Escritaria, que este ano, de 26 a 28 de Outubro, é dedicada a António Lobo Antunes.

Setembro 29, 2012

Novidade Casa das Letras - D. Maria – A Vida Notável de Uma Rainha Louca, de Jenifer Roberts - disponível a 8 de Outubro

A história da primeira rainha portuguesa, uma mulher frágil apanhada nas teias da principal disputa do Século XVIII entre a Igreja e o Estado, entre as velhas superstições e a época da Razão, entre uma religiosidade poderosa e uma ditadura tirânica. D. Maria encarna fielmente as contradições desse tempo, pois, apesar do seu conservadorismo religioso, soube compreender, pelo menos em alguns aspectos, o Iluminismo, adoptando uma abordagem humanitária dos assuntos de Estado.

D. Maria IA Vida Notável de Uma Rainha Louca oferece aos seus leitores uma visão íntima do mundo das monarquias absolutas, da vida quotidiana na corte portuguesa e na velha Europa, antes da Revolução Francesa e da ascensão de Napoleão que levou a dinastia de Bragança à beira da ruína.

 

Setembro 29, 2012

Novidade Asa - A TEIA DE ARANHA, de Agatha Christie - disponível a 8 de Outubro

Clarissa, mulher de um diplomata, gosta de sonhar acordada. “Imagina que um dia eu encontrava um cadáver na biblioteca, qual seria a minha reação?”, diz num devaneio. O que ela não podia prever é que vai ter oportunidade de descobrir precisamente isso quando tropeça num corpo… na sua própria sala!

Desesperada, convence os seus amigos a ajudá-la a livrar-se do morto, sabendo que, entre eles, está o assassino. E se um inspetor da polícia chegasse de repente…?

Escrito originalmente por Agatha Christie em 1954 como uma peça de teatro, A Teia de Aranha (Sipder’s Web) foi adaptada para romance por Charles Osborne em 2000.

 

Setembro 26, 2012

Novidade Asa - O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA, de Paullina Simons - disponível a 8 Outubro

Tatiana vive com a família em Leninegrado. A Rússia foi flagelada pela revolução, mas a cidade mais cosmopolita do país guarda ainda memórias do glamour do passado. Bela e vibrante, Tatiana não deixa que o dramatismo que a rodeia a impeça de sonhar com um futuro melhor. Mas este será o pior e o melhor dia da sua vida.

O dia assombroso em que conhece aquele que será o seu grande e único amor. Ameaçados pela implacável máquina de guerra nazi e pelo desumano regime soviético, Tatiana e Alexander são arremessados para o vórtice da História, naquele que será o ponto de viragem do século XX e que moldará o mundo moderno.

 

Setembro 23, 2012

As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia - Miguel Real - Opinião

Um livro que adorei ler. Tão bem escrito que me dá medo escrever seja o que for pois acho que nunca conseguirei fazer justiça ao seu brilhantismo.

Único livro que li de Miguel Real, situação que terei de inverter rapidamente, pois fiquei tão encantada com a forma de escrever do autor, que terei de conhecer mais da sua obra. Para já muito tentada por “Memórias de Branca Dias”, “A Guerra dos Mascates” e “O Último Negreiro”.

A Rainha D. Amélia é uma figura histórica que me interessa. Poder “entrar” na sua vida e nos seus pensamentos foi magnífico. Conhecer uma mulher que já considerava extraordinária, à frente do seu tempo, com ideias inovadoras e uma vontade enorme de fazer crescer e desenvolver o nosso país. Ao mesmo tempo uma mulher triste, perseguida pelas fatalidades, que o passar dos anos inevitavelmente magoou e amargurou. Mesmo assim, já no fim da vida, completamente despojada de tudo e todos que mais amava, continuava a observar a vida com uma lucidez impressionante.

Não me vou alongar em pormenores históricos facilmente confirmados em qualquer pesquisa, não interessa perder-me em referências a datas ou acontecimentos. Interessa a mulher visionária e determinada que D. Amélia foi.

Das descrições mais interessantes deste livro destaco as feitas em relação ao povo português. Extremamente observadora e crítica, D. Amélia tece considerações sobre o aspeto, modo de vida, hábitos e mentalidade dos portugueses. Muitas vezes dei por mim a concordar com as suas opiniões, infelizmente em questões mais depreciativas, na medida em que, no geral, muitas coisas erradas se mantêm iguais.

Fica a sua determinação em tirar o povo da pobreza e minimizar as doenças, implementar condições de higiene de modo a evitar as epidemias.

Um exemplo de tolerância, humanidade e classe; mesmo depois do sofrimento causado pela morte dos que mais amava, continua a ter uma pequena palavra em defesa do povo português, por quem considera que quis fazer muito. No meio de descrições depreciativas nota-se que não considera que seja o povo o verdadeiro causador do seu infortúnio e dor.

“… mais de 80% de Portugal permanece analfabeto e pobre, vive como os animais, com os quais comunga a comida e o sono, encharcado em álcool e em religião (…) o povo continua lerdo como um lagarto gordo, carnudo de sebo como um sapo, imóvel como uma galinha (…) eu desculpava este povo que também era meu, assim o ensinaram a sobreviver, nunca o dinheiro vindo dos banqueiros europeus lhe tocou, dispersou-se entre as cliques dos partidos, a elite dos patrões cominados com os políticos porosos como melancias, melancias podres (…) todos em casa a tremer a rabeira, abandonam o rei à sua sorte, os que tinham pouco querem mais, são os que nos expulsam, às duas rainhas de Portugal, não os que nada têm, esses são o rebotalho, a enxúndia, a ralé, a gentalha, a populaça, a turba, a horda, a plebe, a chusma, a caterva, a arraia-miúda, o populacho, enfim, o povo que enche os comícios, marcha nas manifestações e morre na rua pelos poderosos de cada momento.” (pág.203)

De referir ainda a forma como as memórias estão organizadas, por meses do ano, começando na Primavera  e fazendo uma caminhada até ao Inverno, como a celebrar uma vida promissora e cheia de esperança que vai perdendo folhas até ao gélido Inverno da vida.

Achei o início do livro simplesmente brilhante. A forma como estas memórias chegaram até ao autor e, consequentemente, até nós leitores. Prefiro não acrescentar mais nada. É um livro de descoberta e análise. Meditação sobre o passado e acerca de onde queremos estar no futuro. Um resumo lúcido de um país e de um povo que poderia ser mais, muito mais e muito melhor.

Sinopse

"Furtado do espólio de Salazar aquando da invasão dos seus antigos aposentos no dia 25 de Abril de 1974, o manuscrito "As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia", escrito nos últimos anos de vida e doado pela própria à Casa de Bragança, em Lisboa, através da mão do chefe do Estado Novo, foi recuperado em Sófia, na Bulgária, na Comemoração do Centenário da República, por Miguel Real, que foi incumbido de o depositar na Torre do Tombo, já o tendo feito. Neste manuscrito, a Rainha D. Amélia retrata a sua vida em doze pequenos capítulos, equivalente a um por cada mês do ano, organizados em quatro grandes partes, seguindo o ritmo das estações, da Primavera, na infância, ao Inverno triste da sua velhice. Um documento pungente, doloroso e comovente, fortemente crítico de Portugal e dos Portugueses, permanentemente iludidos pelas artimanhas de elites ineptas e ignorantes."

D. Quixote, 2011

Pág. 1/5