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planetamarcia

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Maio 08, 2012

Alma Rebelde - Carla M. Soares - Opinião

 

Estava muito curiosa em iniciar este romance e, depois de o ler, em escrever a minha opinião. Infelizmente, por motivos que escapam ao meu controlo, apenas agora, passado mais de uma semana de ter concluído esta leitura, tenho disponibilidade para escrever um pouco sobre o que este livro me fez sentir.

Não o considero um Romance Histórico, para mim é um Romance de Época bem contextualizado mas sem pormenores históricos relevantes para o considerar como tal. Isto não é um ponto negativo, simplesmente uma minha opinião.

É um Romance Romântico, feminino e envolvente. Penso que a Carla M. Soares vem, com este “Alma Rebelde” preencher um espaço que estava disponível (ou pelo menos pouco ocupado) no nosso país para leitoras apreciadoras do género. Refiro-me a leitoras pois parece-me ser um livro para tocar mais mulheres do que homens. Detesto sexismos e sei já de alguns elementos do sexo masculino que o vão ler. Mas é seguramente um livro para arrancar suspiros às mais sonhadoras.

O início não me agradou completamente. A personagem principal, Joana, vive numa tristeza atroz por ter sido prometida num casamento arranjado. Extremamente negativa, vive num sofrimento repetitivo e às vezes doentio. Os exemplos mais próximos dos casamentos que lhe são dados a observar são histórias de total sofrimento, dor física e psicológica. No Século XIX no nosso país (e até mais tarde) assim era o papel da mulher: servir o seu esposo, que muitas vezes mal conhecia até ao dia do casamento.

Joana já não sonha, não acredita na felicidade, entrega-se à tristeza de se sentir uma mera mercadoria, uma moeda de troca num casamente que lhe dará um título em troca de tirar da miséria a família do noivo, Santiago, que apenas já conserva o nome.

É então que surge a reviravolta que me fez ficar agarrada ao livro até o terminar. Santiago não é nada do que Joana esperava. Alegre e sonhador, apesar de se sentir igualmente um objeto, uma moeda de troca, decide encarar o futuro com otimismo e cativar a atenção de Joana; claro que o facto de a noiva lhe ter agradado à primeira vista ajudou a que a aproximação dos dois acontecesse, e as investidas de Santiago dessem o brilho fundamental a este amor que, inesperadamente, vai surgindo.

Impulsivo e de temperamento forte, Santiago desperta sensações novas e excitantes em Joana. E se ao início esta sente medo, a pouco e pouco o prazer de viver algo novo e positivo marca uma enorme viragem na sua vida, recupera alguma fé no futuro, e começa a acreditar que as casualidades do destino lhe trouxeram um príncipe encantado.

Será real? Poderá esta história ter tido lugar? Não sei mas tenho as minhas dúvidas. Mas a verdade é que, quando um livro cumpre o seu objetivo de entreter e fazer sonhar, associado a uma escrita cuidada e de qualidade, atingiu os seus objetivos.

Um livro que, apesar de não ser o género que mais me encanta, me manteve alheia de tudo e presa à história, principalmente na fase das grandes indecisões e dúvidas finais. Gostei muito.

Sinopse

“No calor das febres que incendeiam a Lisboa do século XIX, Joana, uma burguesa jovem e demasiado inteligente para o seu próprio bem, vê o destino traçado num trato comercial entre o pai e o patriarca de uma família nobre e sem meios.
Contrariada, Joana percorre os quilómetros até à nova casa, preparando-se para um futuro de obediências e nenhuma esperança.
Mas Santiago, o noivo, é em tudo diferente do que esperava. Pouco convencional, vivido e, acima de tudo, livre, depressa desarma Joana, com promessas de igualdade, respeito e até amor.
Numa atmosfera de sedução incontida e de aventuras desenham-se os alicerces de um amor imprevisto... Mas será Joana capaz de confiar neste companheiro inesperado e entregar-se à liberdade com que sempre sonhou? Ou esconderá o encanto de Santiago um perigo ainda maior?”

Porto Editora, 2012

Maio 06, 2012

Albatroz - Testemunhos - História real sobre uma doença genética rara

 

A 10 de maio, chega às livrarias nacionais uma história real sobre uma doença genética rara, a leucodistrofia metacromática. A publicação de Darei vida aos teus dias, de Anne-Dauphine Julliand, contribui para aquilo a que se costuma chamar “uma causa nobre”: um euro de cada venda será entregue à associação Raríssimas.

Este é um comovente testemunho sobre a força do amor e a importância de aproveitar cada segundo. A autora considera que o livro «mostra que devemos acreditar sempre que a felicidade é possível», independentemente das circunstâncias.

SINOPSE

Uma família perfeitamente normal. Um casal feliz. Dois filhos pequenos, Thaïs e Gaspard, e um bebé a caminho.

Até que um dia, num passeio pela praia, a forma como Thaïs vira o pezinho ao andar muda tudo.

Uma doença genética rara: leucodistrofia metacromática.

Este livro mostra que devemos acreditar sempre que a felicidade é possível. Em todas as circunstâncias.

A minha força advém do amor, do amor aos nossos filhos, do amor que lhe temos, do amor que nos dão. É graças ao amor que conseguimos escalar as nossas montanhas. Estou certa que é o amor que faz girar o mundo.

Quis transformar uma situação extraordinária num quotidiano normal.

Anne-Dauphine Julliand, mãe a autora deste livro.

A AUTORA

Anne-Dauphine Julliand nasceu em 1973 e vive em Paris. É jornalista e mãe.

«O seu relato dramático e sincero alcançou um espantoso sucesso: mais de 60 mil leitores em dois meses.»  Valeurs Actuelles

Título: Darei vida aos teus dias

Autores: Anne-Dauphine Julliand

Tradução: Susana Mendes Sereno

Págs: 184

Capa: mole com badanas

PVP: 14,90 €

Maio 06, 2012

Porto Editora - Ficção - Sucesso juvenil em todo o mundo

 

Sucesso à escala mundial, aventura cuja ação se desenrola em cenário futurista, verosímil e sem figuras sobrenaturais, Divergente, de Veronica Roth, é a nova aposta da Porto Editora na ficção juvenil. Estará à venda a partir de dia 10 de maio e em destaque no último fim de semana da Feira do Livro de Lisboa.

A obra consta em várias listas de melhores do ano – Amazon, Goodreads, Publishers Weekly, Barnes & Nobles, entre outras – e chegou mesmo a número um do top do The New York Times. A Publishers Weekly considerou-a «Uma viagem memorável e imprevisível que é impossível ignorar». Também Becca Fitzpatrick, autora da saga hush, hush (igualmente publicada em Portugal pela Porto Editora), não poupou elogios ao livro: «Maravilhoso, perigoso e enérgico, com uma intensa história de amor a que não consegui resistir!».

Merece destaque, ainda, o facto de os direitos para cinema terem sido vendidos antes mesmo de o livro ser publicado.

SINOPSE

Na Chicago distópica de Beatrice Prior, a sociedade está dividida em cinco fações, cada uma delas destinada a cultivar uma virtude específica: Cândidos (a sinceridade), Abnegados (o altruísmo), Intrépidos (a coragem), Cordiais (a amizade) e Eruditos (a inteligência). Numa cerimónia anual, todos os jovens de 16 anos devem decidir a fação a que irão pertencer para o resto das suas vidas. Para Beatrice, a escolha é entre ficar com a sua família e ser quem realmente é. A sua decisão irá surpreender todos, inclusive a própria jovem.

Durante o competitivo processo de iniciação que se segue, Beatrice decide mudar o nome para Tris e procura descobrir quem são os seus verdadeiros amigos, ao mesmo tempo que se apaixona por um rapaz misterioso, que umas vezes a fascina e outras a enfurece. No entanto, Tris também tem um segredo e que nunca contou a ninguém porque poderia colocar a sua vida em perigo. Quando descobre um conflito que ameaça devastar a aparentemente perfeita sociedade em que vive, percebe que o seu segredo pode ser a chave para salvar aqueles que ama ou acabar por destruí-la.

A AUTORA

Veronica Roth formou-se na Northwestern University, no curso de Escrita Criativa. Nos seus tempos de estudante, preferiu muitas vezes dedicar-se a escrever a história que viria a tornar-se a sua primeira obra, DIVERGENTE, deixando de lado os trabalhos de casa – uma escolha que acabou por transformar totalmente a sua vida. Dedicando-se à escrita a tempo inteiro, a autora vive em Chicago.

Título: Divergente

Autor: Veronica Roth

Tradução: Pedro Garcia Rosado

Págs.: 352

Capa: mole com badanas

PVP: 15,50 €

Maio 06, 2012

Porto Editora - Ficção - Retrato de uma época crucial da História dos EUA

 

 

A tensão entre Americanos e Japoneses nos momentos que antecederam o ataque a Pearl Harbor e as respetivas consequências serviram de inspiração a Jamie Ford para escrever o seu romance de estreia, O Gosto Proibido do Gengibre. Este livro, que já se encontra nas livrarias, publicado pela Porto Editora, atingiu os tops de vendas nos EUA, com mais de um milhão de exemplares vendidos.

Jamie Ford cresceu próximo da Chinatown de Seattle, um dos palcos deste romance que narra a história de dois amigos, uma japonesa e um americano de ascendência chinesa, que são obrigados a separar-se após o ataque a Pearl Harbor, momento que marca a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial, e altura em que as famílias nipónicas em solo americano são enviadas para campos de internamento.

A amizade, os conflitos geracionais, o racismo e o patriotismo fazem de O Gosto Proibido do Gengibre um romance de estreia notável, que permite analisar o passado e, simultaneamente, refletir sobre os problemas do presente.

O LIVRO

1986. Henry Lee, um americano de ascendência chinesa, junta-se a uma multidão que se encontra à porta do Hotel Panama, outrora o ponto de encontro da comunidade japonesa de Seattle. O hotel esteve entaipado durante décadas, mas a sua nova proprietária descobriu na cave poeirenta os pertences das famílias japonesas que, após o ataque a Pearl Harbor, foram enviadas para campos de internamento. Quando uma sombrinha de bambu é exibida, Henry recua quarenta anos e recorda Keiko, uma jovem de ascendência japonesa com quem criou um profundo laço de amizade e de amor inocente que ultrapassou os preconceitos ancestrais que opunham as duas comunidades. Quando Keiko e a sua família são enviados para um campo, apenas resta aos dois jovens esperar que a guerra termine para que as promessas que fizeram um ao outro se possam finalmente cumprir.

Passados quarenta anos, Henry, agora viúvo, ainda tenta encontrar uma explicação para o vazio que o acompanhou desde então; para a atitude distante de um pai que nunca entendeu; para a relação difícil com o filho; e, sobretudo, uma explicação para as suas próprias escolhas.

O Gosto Proibido do Gengibre é um romance extraordinário, que nos revela uma das épocas mais conflituosas da História dos Estados Unidos.

O AUTOR

Bisneto de um imigrante de origem chinesa, Jamie Ford cresceu próximo da Chinatown de Seattle e vive agora em Montana. Autor premiado de contos, O Gosto Proibido do Gengibre é a sua estreia no romance. Depois do enorme sucesso que conheceu nos Estados Unidos, os direitos de tradução da obra foram vendidos para 31 países.

Página pessoal: www.jamieford.com

Título: O Gosto Proibido do Gengibre

Autor: Jamie Ford

Tradutor: Vasco Gato

Págs: 320

PVP: 16,60 €

Maio 01, 2012

Passatempo "O Teu Rosto Será o Último"

 

É com enorme prazer que o planetamarcia apresenta mais um passatempo.

Todos os passatempos são especiais mas este organizo com particular prazer. Está a concurso 1 exemplar de “O Teu Rosto Será o Último” de João Ricardo Pedro, livro vencedor do Prémio Leya 2011.

Não escondo a minha predileção pelos autores de língua portuguesa, nem a minha grande vontade de fazer mais na divulgação dos nossos escritores, e dos lançamentos na língua que considero das mais bonitas e ricas do mundo. Obrigada à Leya pelo apoio nesta iniciativa.

Li este livro no decorrer de apenas um dia. É, na minha opinião, excecional. Ainda mais tendo em conta tratar-se do primeiro romance do autor. Um início muito auspicioso.

 

Para participar basta responder às perguntas:

Quais foram os livros e os autores vencedores dos Prémios Leya atribuídos antes de “O Teu Rosto Será o Último”? Uma pista: são dois.

Em que circunstâncias começa este romance?

De onde é natural João Ricardo Pedro?

 

O Passatempo decorre até ao fim da Feira do Livro de Lisboa (local onde poderão encontrar o autor frequentemente) – dia 13/05/2012 às 23h59.

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail marciafb@net.sapo.pt  sempre com informação de nome e morada. O nome do premiado será anunciado aqui no blogue; o vencedor será também informado por e-mail.

Serão apenas aceites participações de residentes em Portugal, e uma por participante e residência.

Informações sobre o livro aqui.

Boa sorte a todos! Participem!

Maio 01, 2012

O Teu Rosto Será o Último - João Ricardo Pedro - Opinião

 

Este livro é nosso, no sentido de ser português. Foi escrito por um talentoso observador, um colecionador de memórias, até um ladrão de situações. João Ricardo Pedro é um “Escritor-Ladrão”, pela forma como absorve e rouba tudo em seu redor, desconfio que o faça desde sempre. Rouba o quotidiano, episódios banais transformados num texto perfeito. Fascinante.

Um livro fácil de ler mas do qual é difícil escrever. Fácil de ler no sentido de cativar, de se tornar cada ver melhor a cada página, de conciliar uma ironia muito particular com um sentido de humor especial, acompanhados de momentos de profunda tristeza e dor. Um livro que é um quadro: uma pincelada aqui, outra ali, que juntas fazem um conjunto que me arrebatou completamente.

É a história de uma família, enaltecida por pormenores curiosos com que todos nos identificamos mas que na realidade poucas vezes vemos nas páginas de um livro. Vão sendo narrados “pedaços de rotinas” por vezes disparatadas e cómicas, histórias dentro de histórias, como se fossem muitos livros dentro de um só.

Ri de puro prazer com as situações inesperadas, desencadeadas pelo que de mais típico caracteriza o “ser português”. Emocionei-me com a dureza das consequências da Guerra Colonial, com o peso da doença no seio de uma família, com todos os fragmentos que fui juntando até completar, à minha maneira, uma história que não tem fim no papel.

João Ricardo Pedro tem um conhecimento da nossa História recente que não é comum na sua (também minha) geração. Senti-lhe gosto pela música e prazer pela arte.

A sua forma de escrever é algo crua e muito direta, contudo flui com uma beleza muito particular. Confesso que me desagradaram os palavrões pois pessoalmente não gosto, mas tenho de admitir que lhes acabei por encontrar enquadramento. Por vezes senti que poderiam ser reveladores de alguma raiva/zanga, vontade de deitar para fora, vontade de escrever, de dar, de mostrar algo que lhe mói por dentro. Enfim, pura especulação minha.

Um livro que é Portugal. Não só Lisboa. Não só subúrbio. Não só interior lá na terra com nome de mamífero (sim fiquem curiosos e no fim pesquisem como eu fiz), um livro sem geografia nem época mas que nos conduz habilmente pelo percurso de várias personagens que se cruzam, se amam, odeiam, vivem e morrem. Tão verdadeiro como o dia-a-dia, como a vida de qualquer um de nós.

E por achar que a minha opinião não é suficiente e nunca será boa perante as marcas que este livro deixou em mim, transcrevo uns excertos, uma amostra de um livro merecedor de uma vida longa, algo raro na nossa sociedade descartável. Apelo aos leitores que lhe deem essa vida, contrariando a tendência ao esquecimento a que as coisas especiais muitas vezes se resignam.

“Mas o outro continuava a plenos pulmões: “Por isso, enquanto for novo e dinheiro não me faltar, adeusinho ò pátria lusa mais as estrofes de Camões, que só um país miserável tem um poeta zarolho como herói nacional. Estou cansado de viras e fandangos. Só me falta vender aquilo que era dos meus pais, lá no cu-de-judas, e, estando isso tratado, é apanhar o comboiozinho para a bendita Europa, que, se formos a ver, só começa em atravessando os Pirinéus.” (pág. 40)

“Dona Laura, para quem as corridas de bicicletas, a par dos homens com brincos, das televisões a cores, dos implantes mamários, das lentes progressivas, dos astronautas e do Ramalho Eanes, eram augúrios de apocalipses, depois de uma manhã inteira ao espremedor e ao fogão, trancara-se no quarto a rezar para que aquilo acabasse depressa, e nem a presença do padre Alberto a demovera da clausura.

O padre Alberto, que torcia pelo Sporting com uma fé inabalável e conhecia pessoalmente as grandes glórias do clube – tinha inclusivamente uma fotografia em que aparecia abraçado ao Jesus Correia -, levantara-se ainda de noite e, com a solenidade que a liturgia exige, aspergira com água benta todo o percurso que atravessava a freguesia, desde o cemitério antigo até à fonte salgada. Um percurso repleto de curvas perigosas, descidas íngremes, bermas traiçoeiras.” (pág.50)

“Depois de um longo silêncio, o médico perguntou-lhe se, quando ouvia essas músicas tocadas por outros pianistas, experimentava a mesma sensação.

Duarte respondeu que nunca ouvia música. Não tinha discos. Não ía a concertos.

O médico perguntou-lhe se gostava de música.

Duarte não soube responder.

O médico perguntou-lhe porque começara a tocar piano.

Duarte disse: “Não fui eu que comecei a tocar piano. Foram as minhas mãos.”” (pág.112)

Sinopse

“Tudo começa com um homem saindo de casa, armado, numa madrugada fria. Mas do que o move só saberemos quase no fim, por uma carta escrita de outro continente. Ou talvez nem aí. Parece, afinal, mais importante a história do doutor Augusto Mendes, o médico que o tratou quarenta anos antes, quando lho levaram ao consultório muito ferido. Ou do seu filho António, que fez duas comissões em África e conheceu a madrinha de guerra numa livraria. Ou mesmo do neto, Duarte, que um dia andou de bicicleta todo nu. Através de episódios aparentemente autónomos - e tendo como ponto de partida a Revolução de 1974 -, este romance constrói a história de uma família marcada pelos longos anos de ditadura, pela repressão política, pela guerra colonial. Duarte, cuja infância se desenrola já sob os auspícios de Abril, cresce envolto nessas memórias alheias - muitas vezes traumáticas, muitas vezes obscuras - que formam uma espécie de trama onde um qualquer segredo se esconde. Dotado de enorme talento, pianista precoce e prodigioso, afigura-se como o elemento capaz de suscitar todas as esperanças. Mas terá a sua arte essa capacidade redentora, ou revelar-se-á, ela própria, lugar propício a novos e inesperados conflitos?”

Abril, 2012