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planetamarcia

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Fevereiro 24, 2009

O Jogo do Anjo

 

 

Depois de “A Sombra do Vento”, para mim um dos melhores livros de sempre, parti com expectativas elevadas para a leitura deste “Jogo do Anjo”. Na verdade iniciei a leitura com algum receio de me desiludir dada a fasquia elevada em que já colocara o autor.
Foi uma leitura algo tormentosa mas ao mesmo tempo revigorante no virar de cada página. Não me desiludiu minimamente, acho mesmo que superou as expectativas e se trata de um livro superior ou quem sabe “apurado” em relação ao anterior...já que a comparação será sempre inevitável.
Zafón é um génio da escrita, não acresecentarei nada que não tenha sido já dito sobre ele. É um mago das palavras e a forma como as conjuga exprime aquilo que muitos pensam mas poucos conseguem colocar no papel. Faz com que o leitor sinta tudo. Penso que ele poderá escrever sobre qualquer coisa de forma brilhante, poderá escrever até quem sabe sobre coisa nenhuma e desenvolver um texto com todas as coisas...
A leitua de “O Jogo do Anjo” foi como uma prisão. Consumiu-me, agarrou-me e tomou conta dos meus pensamentos, bem como dos meus sonhos à noite. Nos últimos dias não pensava em mais nada senão em atingir a última página, a leitura tornou-se rápida e vertiginosa. A história adensou-se e a minha curiosidade tinha de ser satisfeita.
Penso que este livro fascina todos os apaixonados pelos livros e pela sua magia, talvez mais do que as histórias que eles possam contar. Sentir o cheiro das páginas, o peso de o ter nas mãos, a companhia constante pela noite fora. Quem entende bem esta relação entre leitor e livro estará no céu neste “mundo de Zafón”.
Não me vou perder com pormenores em relação a história, aos labirintos de uma intriga sinuosa e complicada...na verdade nada poderei dizer que a explique, a compreenda ou justifique. Cada um terá de a percorrer, interpretar e perceber (ou não).
Contudo, foi um prazer regressar ao “Cemitério dos Livros Esquecidos”, à livraria “Sempere e Filhos” e recordar personagens riquissímas que têm a sorte do povoar dois brilhantes livros sem se tornarem chatas ou repetitivas. Na verdade queremos sempre saber mais sobre elas, explorar as suas vidas e desejos.
Destaco duas passagens que considero significativas:
“Sentira toda a vida que as páginas que ía deixando ao passar faziam parte de mim. As pessoas normais trazem filhos ao mundo; nós, os romancistas, trazemos livros. Estamos condenados a perder a vida neles, embora quase nunca no-lo agradeçam. Estamos condenados a morrer na suas páginas e às vezes até a deixar que sejam eles que acabem por nos tirar a vida.” (pág. 399)
“- Este lugar é um mistério. Um santuário. Todos os livros, todos os volumes que vês à tua frente, têm alma. A alma de quem os escreveu, a alma daqueles que os leram e viveram e sonharam com eles. De cada vez que um livro muda de mãos, de cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte. Neste lugar, os livros de quem já ninguém se lembra, os livros que ficaram perdidos no tempo, vivem para sempre, à espera de chegar às mãos de um novo leitor, de um novo espírito...” (pág. 556)
 Sinopse
Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe de um misterioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais.
Com deslumbrante estilo e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo para a Barcelona do Cemitério dos Livros Esquecidos, para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos onde o fascínio pelos livros, a paixão e a amizade se conjugam num relato magistral.
“Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobreviverá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço.”
 Dom Quixote, 2008

Fevereiro 23, 2009

Prémio 66

O meu obrigada à nataxxa pela atribuição deste prémio!

 

 

 

Desta vez as regras são:
 
1. Linkar a pessoa que a indicou.
2. Escrever as regras no blogue.
3. Contar 6 coisas aleatórias sobre si.
4. Indicar mais 6 pessoas e colocar os links respectivos no final do post.
5. Deixe a pessoa saber que a indicou, deixando um comentário para ela.
6. Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.

 

6 coisas sobre mim:

 

1. Ler é o que mais gosto de fazer;

2. Viajar vem logo a seguir;

3. Gosto de aprender coisas novas, todos os dias tento acrescentar algo de novo à minha vida;

4. Sou uma amiga leal;

5. Detesto perder o meu tempo com as tarefas domésticas;

6. Adoro a internet;

 

Indico os seguintes blogues:

 

Tempo de mim

A minha objectiva

Leituras & Devaneios

O cantinho do bookoholic

Os livros

Constelação das letras

 

Fevereiro 23, 2009

Prémio "Dardos"

Agradeço à flicka e à Rita pela honrosa atribuição deste prémio.

 

 

 

"O Prémio Dardos se reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia no seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras."


E possui três regras:

1- aceitar exibir a imagem.

2- Linkar o blog do qual recebeu o prémio.

3- Escolher 15 blogs para entregar o Prémio Dardos.

 

Nomeio os seguintes blogs:

  

Tempo de mim

Estante de livros

Daqui p'rá frente só há dragões

Horas serenas

Leituras & Devaneios

Livros e mais

Marcador de livros

nataxxa's book wish

O cantinho do bookoholic

Os livros

Constelação das letras

Livros o meu vício

Livros e leituras

Bookshelf da betita

O paraíso é uma espécie de livraria


 

Fevereiro 15, 2009

A Doçura da Chuva

 

 

Não deixa de ser curiosa a forma como este livro veio parar às minhas mãos. A minha ideia era adquirir o “Clube do tricot de sexta à noite”, um livro que já há algum tempo me deixa curiosa.
A verdade é que “o do tricot” estava esgotado e em sua substituição decidi-me pela “Doçura da chuva”. Não saí da loja particularmente satisfeita pois não era este o livro pretendido; além disso, apesar de já ter obtido um reacções bastante positivas em relação ao mesmo, estava renitente se não seria mais um livro lamechas e sem interesse.
Por vezes certos acontecimentos precipitam outros. O facto de o livro pretendido não estar disponível fez com que eu lesse um livro maravilhoso em tempo record.
Personagens ricas que nos fazem sonhar, dificuldades na vida que todos temos, amor e amizade. São os ingredientes desta história envolvente que implica um virar compulsivo de  mais de 400 páginas.
Qualquer pessoa que leia este livro tem noção que muitos dos acontecimentos são irreais, fruto da imaginação…daquelas coisas que acontecem nos filmes…e em livros…
Mas porque não oferecermos a nós próprios um pouco de sonho? De uma deliciosa irrealidade que nos desperta emoções e nos pode fazer acreditar que um dia mau pode acabar bem, que os problemas têm solução, que os bons ganham aos maus…
Nesta leitura senti-me mergulhada em sonhos, em nuvens feitas de algodão doce, em sorrisos e em alegrias. Escrito de forma a levar por vezes a lagrimita, este livro cumpre o seu objectivo de despertar a humanidade em cada um de nós.
Não posso deixar de referir uma falha por parte da editora em relação à sinopse, pois é referido que a acção se passa no Nordeste da Califórnia quando na verdade decorre na Florida.
.
Sinopse
 
“Kara Whittenbrook tinha uma vida privilegiada. Filha de dois ambientalistas famosos, cresceu entre a selva amazónica e os melhores colégios da elite americana.

Com a morte dos pais num acidente de aviação, torna-se herdeira, não só de uma enorme fortuna, mas também de um segredo que abalará por completo o seu mundo - o facto de ter sido adoptada.

Decidida a encontrar os seus pais biológicos, Kara parte para o Nordeste da Califórnia, onde conhecerá Ben Thocco, um rancheiro que vive rodeado de gente singular.

Em pouco tempo, ela fará parte de um universo diferente, que lhe abrirá as portas de um amor inesperado e de amizades genuínas, e a ajudará a tomar as mais difíceis decisões...

Em A Doçura da Chuva, Deborah Smith dá-nos a conhecer uma galeria de personagens cativantes, que nos envolvem e nos levam a reconhecer nos pequenos gestos do quotidiano as fontes da alegria e da felicidade.“
“Nota máxima para este livro.”  Romance Reviews Today
“Uma história belíssima que se lê a bom ritmo. As personagens são encantadoras; dá vontade de as abraçar.” Romance Reviews Today
“Deliciosamente emocionante.” All About Romance
“Uma viagem de autodescoberta que nos mostra o amor sob diferentes perspectivas. É um livro profundamente mágico.”  Romantic Times
“Uma escrita refinada.”  Library Journal
 
Porto Editora, 2009
 

 

Fevereiro 14, 2009

Prémio "Vale a pena acompanhar este blog"

 

 

Muito obrigada à flicka e à sandra por esta distinção.

Fico muito feliz por saber que este meu espaço é visitado por quem gosta tanto de livros como eu!

 

Desta vez as regras são:

 

- Exibir a imagem;
- Linkar o Blog do qual recebeu o prêmio;
- Escolher 15 Blogs para entregar os prêmios e avisá-los.
 

As minhas escolhas:

 

Tempo de mim

Estante de livros

Daqui p'rá frente só há dragões

Horas serenas

Leituras & Devaneios

Livros e mais

Marcador de livros

nataxxa's book wish

O cantinho do bookoholic

Os livros

Constelação das letras

Livros o meu vício

Livros e leituras

Bookshelf da betita

O paraíso é uma espécie de livraria

 

Fevereiro 07, 2009

Blog de Ouro

 

Obrigada flicka por este prémio! Fiquei muito feliz por teres escolhido o meu blog, espero que continues a visitá-lo!

 

 

As regras são as seguintes:

- copiar o prémio e colocar no blogue
- fazer referência do nome de quem atribuíu o prémio e colocar no blogue
- presentear seis mulheres cujos blogues sejam uma inspiração para si
- deixar um comentário nesses blogues para que saibam que receberam o prémio
 

Vou então premiar os seguintes blogues:

 

Tempo de mim

As minhas Leituras

As Leituras da Fernanda

Uma Biblioteca aberta

Partilhar Lisboa

Demasiado fieis para desistir

 

Fevereiro 07, 2009

Nunca me Esqueças

 

 

Trata-se de um livro apelativo ao olhar, tem uma capa muito bonita e vem dentro de uma bolsa muito feminina. O que à primeira vista pode sugerir uma leitura cor-de-rosa para mulheres revelou-se um épico envolvente.
 Baseado numa história verídica, este livro conta a vida de Mary. Da Cornualha Inglesa até à Austrália. Uma vida de aventura, de coincidências, de azares.
Em finais do Século XVIII Mary deixa a casa dos pais e parte em busca de uma vida diferente. Por inocência e desconhecimento confia nas pessoas erradas e vê-se envolvida num roubo. Acusada e condenada à forca, Mary inicia a aventura de uma vida.
Apesar de uma aparência franzina, Mary demonstra uma enorme força interior e um instinto de sobrevivência esmagador.
Os relatos do dia-a-dia nas prisões são impressionantes e as péssimas condições de vida dos condenados são descritas de uma forma crua.
Esta é também a história dos pioneiros a desembarcar na Austrália, das primeiras pessoas a contribuir para o país fabuloso que é hoje. De facto Mary é, juntamente com tantos outros condenados, poupada à forca e deportada. Inicia-se uma viagem sem quaisquer condições sanitárias, numa época em que os direitos humanos não tinham significado e os prisioneiros considerados lixo.
A viagem no navio-prisão é uma privação de tudo o que consideramos hoje essencial. O instinto de sobrevivência de Mary começa a apurar-se e, apesar do seu comportamento exemplar, não hesita em fazer de tudo para obter privilégios tão simples como tomar um banho ou comer uma laranja.
Fazem-se amizades, nascem crianças, há casamentos, morrem pessoas.
Um livro que nos faz meditar sobre a força de vontade e a determinação. O desejo de liberdade de Mary move-a a percorrer o mundo, a lutar com todas as forças para defender aquelas que ama. O que é afinal perder quando já se tem tão pouco? E quando não resta mais nada é possível recomeçar?
 
Sinopse
“Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary – filha de pescadores humildes da Cornualha – traçou o seu destino ao roubar uma chapéu.
O seu castigo: a forca.
A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo.
Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver a tão dura viagem, Mary ruma à Austrália, na época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido... como desconhecida é a assombrosa sensação de encontrar o grande amor da sua vida.
Apaixonada, Mary vai bater-se pelos seus sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na história.
Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse – a raínha do romance inglês – apresenta-nos Mary Broad e, com ela faz-nos embarcar numa montanha russa de emoções únicas e inesquecíveis.”
“Esmagador.”  Daily Mail
“Uma das escritoras preferidas das leitoras inglesas.”  The Times
“Um romance comovente e apaixonante na melhor tradição de Lesley Pearse.” The Bookseller
Asa, 2008