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planetamarcia

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Novembro 21, 2008

O Toque de Midas

 

Mais um livro de uma escritora que já referi muitas vezes e que com este “épico” me convenceu mais uma vez da sua grande capacidade literária.
Muito bem escrito e estruturado, “O Toque de Midas” conta a história de um homem audaz e bafejado pela sorte. Alexander Kinross consegue tudo a que se propõe, é um homem forte e determinado…um visionário do mundo dos negócios e da criação de riqueza. Tem o mítico toque de Midas!
No mundo material Alexander é exímio mas na vida sentimental o seu “Toque Humano” é bastante falível. Demasiado determinado e com planos bem estruturados em todas as áreas da sua vida, Alexander vai ter algumas dificuldades em entender e superar as situações criadas pelo lado emocional das pessoas com quem se vai relacionar, nomeadamente a sua esposa Elizabeth.
Trata-se de um casamento “arranjado”, os noivos não se conhecem e a partir deste momento a história desenvolve-se numa sucessão de histórias de cada personagem.
Uma saga familiar admirável tão ou mais envolvente do que “Pássaros Feridos” da mesma autora.
Deu-me muito prazer ler este livro.
 
“No centro do romance está Alexander Kinross, lembrado na sua Escócia natal como um pobre jovem aprendiz de caldeireiro. Mas quando, anos mais tarde, escreve da Austrália a avisar que a noiva pode ir ter com ele, os seus parentes rapidamente se apercebem que fez fortuna com o ouro.
Chegada a Sidney depois de uma difícil viagem, Elizabeth Drummond, de 16 anos, encontra-se com o seu futuro marido e descobre, para sua infelicidade, que ele a assusta e repugna. Sem outra hipótese, casa com ele e fica relegada numa quinta algures no imenso campo australiano. Nem sequer faz ideia que ele mantém uma amante, a sensual e extrovertida Ruby Costevan.
Cativado pelas diferentes personalidades da esposa e da amante, Alexander decide manter ambas as mulheres. Elizabeth dá-lhe duas filhas. Movido pelo desejo de ter um varão, Alexander vira-se para o filho de Ruby, como possível herdeiro do seu império.
Desde "Pássaros Feridos" que Colleen McCullough não escrevia um romance tão atraente acerca de uma família e sobre a experiência Australiana como agora com "O Toque de Midas". “
 
 
Críticas de imprensa
 
"Uma história muito bem conseguida, colorida, acerca de personagens e lugares também eles bastante coloridos. O Toque de Midas é Colleen McCullough no seu melhor."
Kirkus Reviews
 
"Colleen McCullough regressa às suas raízes australianas com uma saga de tragédia e triunfo de uma família rica, carregada de personagens inesquecíveis. Os leitores ficarão mais do que satisfeitos. Só lamentarão quando chegar ao fim este novo épico, da mulher que revitalizou universalmente a literatura feminina."
Book Club Review
Difel, 2008

Novembro 20, 2008

Os Livros das Férias

 

Para quem gosta de ler as férias são dias priveligiados para “abusar” dos livros! Nestas férias que para muitos são “fora de época”, encontro algum tempo para me dedicar a esta paixão que são os livros e as leituras.
Irei partilhar em seguida estes momentos.

Novembro 20, 2008

Os Apanhadores de Conchas

 

Passo a apresentar o livro que leva o troféu no que se refere à proporção custo/benefício! Como o adquiri na colecção “Biblioteca Sábado” custou-me apenas € 1,00 e o prazer que me deu a sua leitura faz dele um dos meus melhores investimentos.
É também um livro que já tinha curiosidade de ler há algum tempo dadas as várias críticas favoráveis que chegaram até mim. Devo dizer que gostei bastante, desde as personagens à forma como está estruturado. Tive pena de me deparar com alguns erros ortográficos e algumas passagens gramaticais menos conseguidas, mas esta é uma situação que entristece sempre em qualquer livro...pelo que neste caso a desilusão é atenuada pelo preço.
Não sei se o deva classificar como saga familiar mas penso que sim...ou algo dentro do género. A história gira em torno de algumas obras de arte, e se calhar arriscava mesmo a classificar o quadro “Os Apanhadores de Conchas” como a personagem principal. Decerto não será muito correcto mas o que é facto é que a história se vai desenrolando ao redor do mesmo.
Com um enquadramento histórico razoável vamos conhecendo a história de Penelope, filha de um artista e educada de forma pouco convencional para a época. Esta é a história da sua vida, dos seus amores, ilusões e desilusões, das dúvidas em relação à educação dos filhos, do desejo que por vezes tudo fosse diferente. Conhecemos o seu presente e a autora vai-nos desvendando o seu passado de uma forma progressiva que me agradou bastante.
Faz-nos pensar em como por vezes as pessoas da própria família não vêm o que é óbvio e são os amigos inesperandos que a vida nos oferece que nos fazem passar os momentos mais felizes. Uma história que é também de injustiças...ou não fosse parte passada durante a guerra... e de momentos de surpreendente prazer...assim como a vida de qualquer um de nós, e ainda bem...
Sinopse
“Depois de ter estado às portas da morte por um enfarte, Penelope Stern, filha de um pintor de fama internacional, começa a ver a vida com outros olhos. A sua estabilidade afectiva está ligada a uma série de acontecimentos ocorridos no passado. Conviveu com as suas sequelas dolorosamente, mas agora está disposta a recapitular... Decide voltar à Cornualha, onde decorreu a sua juventude, e não desistirá enquanto não conseguir comprender a sua própria história bem como a dos membros da sua famíla. Nesse passado oucupa um importante lugar um quadro pintado pelo seu pai, “Os Apanhadores de Conchas”, que agora desperta o interesse dos seus filhos pelo seu valor económico...”
Biblioteca Sábado, 2008

Novembro 20, 2008

Às Voltas com o Mundo

 

Mais um livro destes viajantes de 5 estrelas que considero ter cumprido muito bem a sua função – entreter e informar.
Se os livros representam uma das minhas grandes paixões, as viagens não lhes ficam atrás. Ou não fosse viajar uma das melhores formas de alargar horizontes e adquirir conhecimento... assim como os livros são umas das formas menos dispendiosas de viajar. Duas paixões interligadas para quem, como eu, valoriza o conhecimento e vive sob a máxima de “aprender algo novo todos os dias”.
Este é o segundo livro de viagens que leio da Maria e do Fernando, admiro bastante o seu modo de vida, a mentalidade e a forma como encaram cada destino. Estão algures entre o viajante aventureiro e o turista endinheirado, o que resulta num livro cheio de divagações sobre a vida, e excelentes informações sobre destinos e alojamentos a que grande parte de nós poderá apenas almejar em sonhos.
Admiro a forma como se entregam a cada novo país, como procuram conhecer o povo, os costumes, a cultura e a comida. Admiro também o “pouco porteguesismo” deles no que refere a saudades...afinal uma viagem só é vivida em pleno se nos deixarmos levar pelas situações e pelo imprevisto. Ir para o outro lado do mundo e ficar a ansiar pela comidinha portuguesa é um sentimento que assola muitos os que se ausentam da nação (até porque a nossa comida é óptima), mas que não permite que se vivam intensamente os momentos passados longe.
Não é nem pretende ser uma pérola literária, é um livro divertido e cheio de peripécias da vida destas duas pessoas “sui generis” que partilham com o leitor alguns dos melhores momentos das suas vidas.
Sinopse
 
“Depois de Viagens da Parrachita e As Minhas Viagens a saga continua. Os intrépidos Maria Vieira e Fernando Rocha regressam com mais uma aventura. Com a publicação de Às Voltas com o Mundo, este casal de viajantes sem fronteiras serve-nos um delicioso menu de viagens à la carte, oferecendo-nos deliciosos pedacinhos de histórias sobre a grande mesa do mundo. De mãos dadas com os autores, o leitor é conduzido através de países tão exóticos e remotos quanto a Índia, o Camboja, a China, a Malásia, a Indonésia, a Tailândia ou a Turquia, num autêntico cocktail de emoções que o deixará com a agradável sensação de ter dado a volta ao Mundo em 288 páginas. Tudo isto sem sair do seu cantinho.
Divirta-se com a Maria e o Fernando e, já agora, faça uma Boa Viagem!”
 
Oficina do Livro, 2006

Novembro 20, 2008

E se Fosse Verdade...

 

Cá está um livro que já adquiri há algum tempo e, que por ser num formato mais leve (bolso), reservei para ler em férias.
Tinha uma enorme curiosidade em relação a este autor pois as informações que recolhi indicavam uma semelhança entre a sua escrita e a de Guillaumme Musso. Sou forçada a discordar. Se calhar um livro de Marc Levy não é suficiente para emitir opinião, mas o que é facto é que este “E se fosse verdade...” não me deu um décimo do entusiasmo do que qualquer livro de Musso que tenha lido. Achei a história irreal, apesar da conclusão ser boa, o caminho para lá chegar é que não me convenceu.
Basicamente é um livro sobre a vida e sobre o que fazemos com ela. Somos nós os responsáveis pela forma como utilizamos o nosso tempo e pela forma como podemos/devemos fazer com que cada dia conte.
Não sei bem se classifique este livro dentro do sobrenatural, dado que é uma história de amor entre um homem que está vivo e uma mulher que está em coma... ora, não se pode dizer que seja um fantasma porque não está morta, nem se pode afirmar tratar-se do contrário pois é um corpo que está numa cama de hospital e que ao mesmo tempo vagueia pela vida deste homem (Arthur), o único que a consegue ver.
Com o evoluir desta relação vamos tomando conhecimento do passado de Arthur, dos seus medos e anseios. O amor entre os dois torna-se tão forte que Arthur faz tudo para a “salvar”, mesmo que isso signifique um grande risco para ele.
 
“E Se Fosse Verdade... é uma história repleta de romantismo e bom humor, ingredientes que cativaram Steven Spielberg, fazendo-o adquirir, por 2 milhões de dólares, os direitos do livro para o cinema. Marc Levy verá o seu romance de estreia candidatar-se a um grande sucesso de bilheteria. A história passa-se em São Francisco, em julho de 1996. A jovem e bela Lauren, estudante de medicina, sofre um acidente de carro, entra em coma e vai parar no mesmo hospital onde trabalha. Apesar do seu estado, Lauren consegue, espiritualmente, voltar para o seu antigo apartamento. Lá, encontra Arthur, o arquitecto que é o novo morador do imóvel e a descobre no armário do banheiro ao ir tomar banho. Ele é a única pessoa que consegue vê-la, ouvi-la e senti-la.
Inicialmente recusando-se a acreditar na história de Lauren, Arthur só fica convencido de toda a verdade quando vai até o hospital e a encontra desacordada. A partir daí, ele vai fazer o impossível para ajudá-la a voltar ao seu estado natural.”
Bertrand, 2008