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planetamarcia

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Julho 05, 2014

D. Quixote - A Ilha dos Espíritos, de Camilla Läckberg

 

Erica e Patrik sobreviveram ao trágico final de A Sombra da Sereia, mas não saíram incólumes desses terríveis eventos. Ainda a recuperar, Patrik regressa à esquadra depois de uma baixa prolongada. Mal se sentou na secretária viu-se envolvido numa nova investigação. Mats Sverin, um antigo colega de liceu de Erica, foi encontrado morto em casa com uma bala na cabeça. Mas ninguém tem nada a dizer dele. Por onde passou deixou boas recordações e todos parecem concordar que era um jovem simpático, apesar de nada deixar transparecer da sua vida privada.

E é este o grande desafio de Patrik: chegar à verdade por detrás das aparências. Mais uma vez vai contar com a inesperada ajuda de Erica para descobrir o horror que esconde a sinistra ilha de Gråskär, a ilha dos espíritos, onde se refugiou uma antiga namorada de Mats com o filho…

Nas livrarias a 8 de Julho

Abril 23, 2011

Gritos do Passado - Camilla Läckberg - Opinião

 

Finalmente peguei num dos meus presentes do último Natal, estava muito curiosa com este “Gritos do Passado” pois gostei muito do “Princesa de Gelo”, o primeiro livro de Camila Läckberg editado por cá. “Teia de Cinzas”, mais um livro da autora, saiu estes dias para o mercado; acho que este lançamento me fez tirar “Gritos do Passado” da estante.

A verdade é que adoro policiais, mistérios, conspirações e afins. Uma história empolgante dá-me entusiasmo para ler com afinco até que se acabem as páginas. Foi o que aconteceu neste caso, que me vi a fechar o livro madrugada fora. Acho mesmo que gostei mais deste do que do livro anterior, é estranho porque neste caso antevi o desfecho e resolução do caso e em “Princesa de Gelo” estive à nora até ao fim. Penso que me envolvi mais desta vez, talvez por já estar familiarizada com a maioria das personagens, pois continuamos a acompanhar a história de amor de Erica e Patrick, os dramas de Anna, e o palco dos acontecimentos continua a ser Fjällbacka.

Em relação á autora mantenho a mesma opinião: acho-a muito criativa e gosto da forma como os seus livros não são apenas policiais, são ao mesmo tempo uma espécie de romances em que as personagens vivem vidas reais fora dos cenários de crime. Apaixonam-se, discutem, zangam-se, fazem as pazes, saem com amigos, tem vidas como qualquer um de nós, acho que é uma forma de aproximar o leitor, de dar realismo a situações que de outra forma seriam demasiado frias e técnicas. Esta situação proporciona um livro completo, em que não há momentos mortos, e em que todas as situações proporcionam uma leitura interessante que não cansa mesmo que se leiam muitas dezenas de páginas de seguida.

Não vou entrar em pormenores sobre a história para não correr o risco de revelar demais; para aguçar o apetite apenas vou transcrever a sinopse. Resta-me acrescentar tratar-se de um livro excelente, com uma estrutura bem construída e uma escrita viciante. Recomendo muito!

Sinopse

“Numa manhã de um Verão particularmente quente, um rapazinho brinca nas rochas em Fjällbacka - o pequeno porto turístico onde decorreu a acção de A Princesa de Gelo - quando se depara com o cadáver de uma mulher. A polícia confirma rapidamente que se tratou de um crime, mas o caso complica-se com a descoberta, no mesmo sítio de dois esqueletos. O inspector Patrick Hedström é encarregado da investigação naquele período estival em que o incidente poderia fazer fugir os turistas, mas, sem testemunhas, sem elementos determinantes, a polícia não pode fazer mais do que esperar os resultados das análises dos serviços especiais. Entretanto, Erica Falk, nas últimas semanas de gravidez, decide ajudar Patrick pesquisando informações na biblioteca local e novas revelações começam a dar forma ao quadro: os esqueletos são certamente de duas jovens desaparecidas há mais de vinte anos, Mona e Siv. Volta assim à ribalta a família Hult, cujo patriarca, Ephraim, magnetizava as multidões acompanhado dos dois filhos, os pequenos Gabriel e Johannes, dotados de poderes curativos. Depois dessa época, e de um estranho suicídio, a família dividiu-se em dois ramos que agora se odeiam.”

D. Quixote, 2010

Novembro 07, 2010

A Princesa de Gelo - Camilla Lackberg - Opinião

 

Há quase um ano que “A Princesa de Gelo” aguardava a sua vez na minha estante. O Policial é um género que me agrada muito, e depois da Trilogia Millennium fiquei muito curiosa por conhecer mais exemplos do que agora é conhecido por “Policial Nórdico”.

Um ano foi demasiado tempo para esperar por esta leitura. Este livro agarrou-me pela história, pelo ritmo, pelas personagens e, claro, pela intriga. Deixei-me levar por uma escrita que não é comum encontrar em policiais, pelos menos nos que tenho lido, se calhar mais comum a outro género de romances. Nota-se que é um livro escrito por uma mulher, não que seja lamechas ou cor-de-rosa, nada disso, mas envolvente e sensível. Seja o for dá a este livro algo mais, algo que me prendeu à leitura e me fez entrar nas vidas e nos dilemas das personagens.

A acção decorre em Fjallbacka, uma localidade piscatória com um leque de habitantes muito particular. A história tem início com a descoberta do cadáver da praxe, trata-se de Alexandra, uma filha da terra, que actualmente se desloca a essa localidade aos fins-de-semana. Partindo desta premissa, do aparente suicídio de Alexandra, vamos tomando conhecimento de diversos factos, muitos deles do passado e que se estendem a outros habitantes, aumentando o leque de suspeitos, não só deste possível homicídio, mas também de outras situações terríveis que ocorreram há muitos anos. As peças deste puzzle, aparentemente sem qualquer relação, começam a encaixar e a fazer com que uma verdade densa e tenebrosa venha ao de cima, e mostre como tudo e todos estão relacionados. Chegamos ao ponto em que a descoberta do culpado é inevitável, mas a verdade é que essa revelação já não é o mais importante, dadas as inúmeras situações que vêm entretanto a lume.

Um livro bem estruturado, que entretém, oferece a possibilidade de pensar no caso sem nos perdermos em pormenores desinteressantes; li centenas de páginas de seguida sem me cansar, sempre com o objectivo de chegar ao fim com este drama alinhado. Valeu a pena, recomendo muito!

Sinopse 

“De regresso à cidadezinha onde nasceu depois da morte dos pais, a escritora Erica Falk encontra uma comunidade à beira da tragédia. A morte da sua amiga de infância, Alex, é só o princípio do que está para vir. Com os pulsos cortados e o corpo mergulhado na água congelada da banheira, tudo leva a crer que Alex se suicidou.
Quando começa a escrever uma evocação da carismática Alex, Erica, que não a via desde a infância, vê-se de repente no centro dos acontecimentos. Ao mesmo tempo, Patrik Hedström, que investiga o caso, começa a perceber que as coisas nem sempre são o que parecem. Mas só quando ambos começam a trabalhar juntos é que vem ao de cima a verdade sobre aquela cidadezinha com um passado profundamente perturbador…”

Oceanos, 2009