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planetamarcia

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Novembro 07, 2016

A Vida no Campo - Joel Neto - Opinião

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Li Arquipélago. Viajei na Ilha Terceira. Trago memórias de umas férias especiais e na bagagem veio A Vida no Campo.

Este texto será breve. É apenas uma anotação do tanto que gostei e me deixei envolver pelas histórias e reflexões do autor. A Vida no Campo é um diário de alguém que deixou a cidade depois de vinte anos a corresponder às exigências da carreira, a viver no meio do ruído, a não ter tempo sem disso se aperceber. Assim como eu e tantas outras pessoas.

Ler este livro não é só um passeio na fantástica ilha Terceira. É uma tomada de consciência. É um acordar meigo para o que a vida poderá ser. Um empurrão para quem queira ser empurrado, ou se vá deixando empurrar pela perspectiva do plano. Mudar de vida é possível apesar das dificuldades, muitas delas criadas pelos próprios receios.

Para mim, além de uma (boa) provocação dado que anseio por uma paz semelhante, foi um complemento à minha viagem. Foi-me arrancando sorrisos e suspiros quando lia sobre alguns dos locais que visitei, dos restaurantes onde comi, e que me foi abrindo (ainda mais) o apetite para a admirável gastronomia, dado que Joel Neto não se poupa a discrições suculentas do que lhe vai passando pelo prato.

Vacas, igrejas, mil tons de verde, neblinas misteriosas, personagens de Arquipélago (desconfio que encontrei algumas neste Vida no Campo), voltaram para mim a cada página. Regressar aos Açores é um dado adquirido, até lá a viagem faz-se em releituras.

Partilho o booktrailer. Acho-o irresistível.

Sinopse

“Um homem e uma mulher. Um jardim e uma horta. Dois cães. Ao fim de vinte anos na grande cidade, Joel Neto instalou-se no pequeno lugar de Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, ilha Terceira. Rodeado de uma paisagem estonteante, das memórias da infância e de uma panóplia de vizinhos de modos simples e vocação filosófica, descobriu que, afinal, a vida pode mesmo ser mais serena, mais barata e mais livre. E, se calhar, mais inteligente.”

Marcador, 2016

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