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planetamarcia

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Outubro 05, 2017

Orgulho e Preconceito - Jane Austen

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Sim, é verdade, nunca tinha lido Jane Austen. E está a custar-me escrever sobre esta leitura, não por não ter gostado (que adorei), mas porque me intimida dizer seja o que for acerca de uma mulher que escrevia desta forma há mais de duzentos anos.

Quem sou eu, no terceiro milénio, profissionalmente independente, com ideias claras (acho eu) de igualdade, persistente e resiliente (assim espero), consciente do meu papel no meu próprio futuro (mais ou menos), porque sempre tive todas as condições para ser como sou, para opinar ou comentar sobre uma mulher que já pensava e agia como eu (ou como nós mulheres de hoje) há duzentos anos?

Pois eu que opino sem grande problema sobre o trabalho de escritores vivos, sabendo que alguns deles passam por aqui e me leem, não me sai uma linha sobre este livro tão interessante e que me marcou de uma forma tão especial. Para ser sincera tudo me surpreendeu, desde a escrita à história, as personagens consistentes e envolventes (principalmente Elizabeth e Mr. Darcy, o meu personagem masculino preferido de sempre e se calhar para sempre), a ironia e a acutilância, o subtil sentido de humor.

Li com uma rapidez que me surpreendeu nos meus dias actuais de leitora lenta, sem interrupções para saltar para outros livros. Pois parece que sim, que está tudo nos clássicos. Tenho de me perder mais vezes neles.

Depois da leitura vi o filme. Nada mau mesmo.

Sinopse

“A chegada de vários jovens marca uma profunda transformação na vida de uma família de classe média rural, os Bennets, e em particular na das suas filhas.
Um desses jovens é Darcy, membro da alta sociedade que se distingue pelo seu orgulho. Desenvolve-se uma série de desafios, de equívocos, de julgamentos apressados, que conduzem à mágoa e ao escândalo, mas também ao auto-conhecimento e amor.”

Relógio D’Água, 2014

Tradução de José Miguel Silva