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planetamarcia

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Março 29, 2015

O Desassossego de esperar - mais uns dias para conseguir

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Apenas umas breves palavras de agradecimento a todos os que acreditam e têm mostrado o seu apoio à Colectânea de Contos “Desassossego da Liberdade”. A todos. Obrigada por mostrarem que, com a vossa colaboração, divulgando um livro que há-de ser, contribuindo com as reservas de exemplares, enfim, passando a palavra deste projecto, estamos mais perto de ser livro.

Quando escrevo estas linhas estão angariados 84% do montante necessário. Foi longo o caminho percorrido. Mas ainda não terminou. Faltam mais uns passos, só mais uns passos para chegarmos lá. Uma semana e quatro dias para os últimos 16%. Conto convosco na recta final. Espero ver-vos na meta.

Saibam como apoiar aqui.

Muito obrigada!

Organização de Sofia Teixeira (Blogue BranMorrighan). Edição Livros de Ontem.

Contos de Carla M. SoaresManuel Jorge MarmeloNuno NepomucenoPedro Medina Ribeiro e Samuel Pimenta.

Autores convidados: David "Noiserv" Santos e Guillermo de Llera Blanes.

Autores vencedores: André MateusCláudia FerreiraEduardo DuarteMárcia Balsas (eu) Márcia Costa.

Capa e ilustração de João Pedro Fonseca.

Volto a referir que que os direitos de cada obra irão reverter a favor da associação Burricadas – O Abrigo do Jumento.

Março 28, 2015

O Anibaleitor - Rui Zink - Opinião

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Um livro pequeno que me encheu as medidas. Enfim, não exactamente, pois eu já estava à espera de gostar muito, mas mesmo assim uma delícia a cada virar de página.

Mais do que um monstro assustador que devora livros, o Anibaleitor acorda, desperta e abana as estruturas de quem está cego pela trituradora quotidiana. Esta da trituradora não é minha, dou os devidos créditos à Renata Carvalho, mas é uma expressão tão boa que tive de a (ab)usar.

Um livro para todas as idades, principalmente se considerarmos a idade que temos na cabeça, e aquilo que os anos nos ofereceram como perspicácia. Os anos, a experiência, e claro, a escolha. O escolher viver observando, ou o passar pela vida vendo o que nos querem mostrar.

O Anibaleitor está recheado de coisas brilhantes que de certeza escapam a muita gente. Como de certeza muitas me escaparam a mim. Mas algumas apanhei e já não é nada mau. E mesmo para quem não apanhar nada nas entrelinhas, não deixa de gostar, pois está aqui um livro de aventuras de se lhe tirar o chapéu, com a vantagem de entusiasmar os mais jovens para a leitura.

Zink construiu um livro inteligente, que se deve ter em casa para ler muitas vezes, pois, de certeza, que a cada nova leitura, se vão descobrir novos tesouros.

Li este livro através da Roda dos Livros, obrigada Patrícia, fica a dica a todos aqueles que usam a desculpa absurda de que não me oferecem livros porque eu já tenho muitos (ridículo), ou porque não sabem que livro oferecer (há vales sabiam?), o Anibaleitor é um livro que eu adorava ter na minha estante.

“Devo dizer que a arte de roubar não é tão má como a pintam. Ao fim e ao cabo, é uma actividade de intercâmbio comercial como qualquer outra e, quase sempre, está longe de merecer a fama que desgraçadamente tem. O povo diz que atrás de uma grande fortuna está um grande roubo – só que não é apenas atrás das grandes fortunas materiais – as pequenas e até mesmo as espirituais também não se livram desta censurável génese. Toda a gente rouba alguma coisa a alguém: dinheiro, ideias, trabalho, tempo, paciência, até a própria vida. Apenas a alma não se rouba porque esta só pode ser comprada (ou melhor, vendida) pelo próprio dono, o que de resto muitos de nós fazemos com bastante agrado e, eu diria até, por um bem módico preço.” (Pág. 9)

“Como castigo obrigaram-me a ser escritor, uma sina que não desejo nem ao meu pior inimigo. É pior que prisão perpétua! Passamos o dia sentados a uma mesa, frente ao papel em branco ou ao computador em cinzento; o rabo amolece de tanto estarmos sentados, e ficamos a escrevinhar, a escrevinhar, sujeitos a artroses, a escrevinhar, a escrevinhar – histórias que, ainda por cima, quase ninguém lê, a menos que sejam adaptadas para cinema ou televisão. É muito frustrante, só vos digo.” (Pág. 106)

Sinopse

“O Anibaleitor conta a história de um jovem que, fugido à “guarda do reino”, embarca numa viagem em busca de um mítico e fabuloso animal, o Anibaleitor. Livro de aventuras, é acima de tudo um livro de aventura da leitura. Nesta magnífica novela, Rui Zink consegue ser, ao mesmo tempo, divertido, didáctico, comovente e, como sempre, estimulante.”

Teorema, 2010

Março 22, 2015

Apresentação do livro "três pianos e outros exercícios", de Paula Dias

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A Roda dos Livros representa uma parcela significativa dos meus mais queridos amigos. Quando soube que a Paula, Rodista desde o primeiro dia, tem um livro pronto a ser apresentado ao público já no próximo sábado, fiquei muito feliz.

E como não tenho dúvidas que se trata de um trabalho cuidado, de alguém que se entrega à escrita há algum tempo, que adora livros, e que é, ela própria, adorável, venho lançar o desafio de rumarem à Associação Cultural Pessoa e Companhia, no dia 28 de Março, pelas 17 horas.

Apresentação de Jorge Alexandre Navarro e Isabelina Jorge. Texto de Pedro Sena-Lino.

Lá estarei na fila dos autógrafos. Que seja até te doer a mão Paula!

Março 22, 2015

A Nossa Casa é Onde está o Coração - Toni Morrison - Opinião

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O que mais me marcou neste livro foi a escrita de Toni Morrison. Limpa, fluída e muito bela. Mais do que a história, comovente, deixei-me tocar pelas palavras escolhidas com cuidado, com a estrutura do livro, alternando o passado e o presente de modo hábil, de forma imprevisível, não obedecendo a uma regra coerente, e contudo, resultando tão bem.

Profundo, por mexer com sentimentos familiares e feridas de guerra. O amor entre dois irmãos faz o caminho para o seu reencontro nos percursos de uma América racista e pobre.

Tocante e, em alguns pontos, deveras emocionante. Captando cada gesto e cada acção com uma mestria descritiva que me impressionou, recomendo este livro a todos, por agradar a quem gosta de uma história (muito) bem contada, e também aos que apreciam boa escrita que, neste caso, é irrepreensível.

“Estava tão luminoso, mais luminoso do que ele se recordava. O Sol, tendo absorvido todo o azul do céu, flanava num paraíso branco, ameaçando Lotus, torturando a sua paisagem, mas falhando, falhando, falhando constantemente em reduzi-la ao silêncio: as crianças continuavam a rir, a correr, a gritar os seus jogos; mulheres cantavam nos seus pátios traseiros enquanto penduravam lençóis molhados nas cordas da roupa; ocasionalmente, juntava-se a um soprano uma vizinha alto ou um tenor que se limitava a passar. (…) Frank não percorria aquela estrada de terra batida desde 1949, nem pisara as pranchas de madeira que cobriam os lugares devastados pela chuva. Não havia passeios, mas todos os jardins, tanto à frente como nas traseiras, exibiam flores protegendo legumes de doenças e predadores – cravinas, capuchinhas, dálias.” (Pág. 113)

Sinopse

“Frank Money regressa da guerra da Coreia em luta com os seus fantasmas. É um homem perturbado por um profundo sentimento de culpa pelas atrocidades que se viu obrigado a cometer e pela relutância em voltar à sua cidade natal na Georgia, onde deixou dolorosas memórias de infância e a pessoa que lhe é mais querida, a irmã. Mas quando recebe uma carta avisando-o de que Cee corre risco de vida, Frank regressa, atravessando uma América dividida pela segregação. Através desta viagem, e da viagem interior que o protagonista vai fazendo, a autora dá-nos a definição do que é o lar, o lugar onde estão os nossos afetos, numa combinação entre a realidade física e social e a subtileza psicológica e emocional.”

Editorial Presença, 2015

Tradução de Manuela Madureira

Março 21, 2015

Viagem ao Coração dos Pássaros - Possidónio Cachapa - Opinião

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A sensação que tenho no final desta leitura é que tudo se tratou de um sonho. Que este livro de letras grandes, lido de um fôlego, é uma porta para uma ilha que fica algures depois das nuvens, longe de tudo o que é real. Não é um conto de fadas, nem mete bruxas, pelo menos daquelas de varinha mágica e com caldeirões de feitiços, mas é um passeio no limiar da magia, com personagens que sinto terem sido criadas com generosidade e amor.

Um livro estranho, que não se entranhou mas agradou, com anjos e almas penadas, com seres escolhidos, uma menina eleita para curar e matar, com poderes maiores do que ela.

Kika, a menina visitada pelo anjo ainda na barriga da mãe, que comunica sem falar, que trouxe silêncio a um livro que conta tantas estórias. O silêncio, que eu adoro, que eu aproveito quando o consigo, que me faz pensar melhor, sentir melhor, ler melhor. O silêncio deste livro fez-me escutar melhor todas as suas vozes.

“E natural não era, porque natural, para ele, era partir e esquadrinhar o horizonte até que o ouro e o açúcar lhe escorressem para o colo sem esforço. E, de imagem em imagem, construiu um país, em que as paredes eram altas – quase como a igreja – e as pessoas só faziam o que queriam. Nesse país tinha-se tudo, bastando desejar. E quem não quisesse trabalhar não precisaria, porque as paredes tinham no seu interior tudo o que uma pessoa quisesse. E tantas eram as salas que davam para o descanso de uma vida inteira.” (Pág. 25)

Sinopse

“Viagem ao Coração dos Pássaros remete-nos para um universo único mas que se repete sempre no tempo dos seres humanos. Fala-nos das contradições e dialéctica do mundo, do amor, da vida, mas também dos seus opostos.
É um livro que se lê num sopro, como se fosse um instante, numa viagem que o leitor faz ao coração, o seu próprio, e o dos protagonistas da história, realista, autêntica e bela.
Possidónio Cachapa conduz-nos através da sua escrita profunda, revelando-nos os dons que todos temos e as nossas virtudes mas também as nossas debilidades e fraquezas, numa simplicidade narrativa que nos prende da primeira à última página.”

Marcador, 2015

Março 10, 2015

Colectânea de Contos "Desassossego da Liberdade" - Vários Autores

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Em Novembro passado escrevi um conto. Enviei para o concurso de contos “O Desassossego da Liberdade”, organizado pelo Blogue BranMorrighan, pela comemoração do seu sexto aniversário.

O meu conto foi um dos cinco escolhidos para a colectânea “Desassossego da Liberdade” que estará ao longo de um mês em campanha de crowdfunding, organizada pela Editora Livros de Ontem. Parece que sou nova autora. Estou feliz, assustada e expectante. Orgulhosa como só pode estar quem vê a possibilidade de ter o seu nome no mesmo livro dos ilustres: Carla M. Soares, Manuel Jorge Marmelo, Nuno Nepomuceno, Pedro Medina Ribeiro e Samuel Pimenta. E também dos dois convidados especiais: David "Noiserv" Santos e Guillermo de Llera Blanes.

Além de mim, os novos autores André Mateus, Cláudia Ferreira, Eduardo Duarte e Márcia Costa, que felicito.

Capa e ilustração de João Pedro Fonseca.

Convido-vos a participar. Este livro terá um pedaço de todos os que, pela sua generosidade, amizade, interesse, e gosto pela leitura queiram contribuir e divulgar a iniciativa.

Para mim é realmente um sonho de liberdade, que me desassossega, que me acorda, que me mostra um caminho possível.

Vejam todos os detalhes aqui e reservem já o vosso exemplar, as recompensas são aliciantes, mas a maior de todas será a de ver nascer o sonho.

De referir que que os direitos de cada obra irão reverter a favor da associação Burricadas – O Abrigo do Jumento.

Muito obrigada desde já, a todos vocês, meus Amigos.

Março 08, 2015

Teoria dos Limites - Maria Manuel Viana - Opinião

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Escrever uma opinião sobre este livro deixa-me em pânico. Não escrever deixa-me triste e frustrada, porque gostei tanto e é justo que o diga e escreva.

A parte do pânico é mesmo por se tratar de um livro genial, e sei que nada do que eu escreva será suficiente. Além de que é um livro complexo, tão complexamente interessante, que não me atrevo sequer a tentar explicar do que se trata. Pois consigo imaginar o fracasso de me aventurar a delirar sobre Leibniz, teorias matemáticas e filosofias, as gaffes, os erros, os ovos podres na minha cara.

Sim. Sim, confirmo que não entendi tudo. Tenho pena mas é verdade. A Teoria dos Limites sugere-me tantas dúvidas e novas questões sobre a sua aplicação às personagens deste livro, à acção, ao enredo, à vida real, que me sinto esmagada pela minha própria ignorância e pela felicidade de tudo o que existe para aprender.

Como leitora (acho que) reconheço o brilhantismo quando o encontro, ou quando o brilhantismo vem ter comigo, que foi o caso. A perícia da escrita. A magnífica construção da narrativa em diferentes perspectivas da acção. A habilidade de manter o interesse no livro contando o mesmo ao longo de tantas páginas, focando o mesmo momento através de olhares e sensações diferentes. Eu vivi tantas vezes a mesma coisa e senti sempre tudo como se fosse a primeira vez. Por vezes foi algo cinematográfico, visto do lado da realização (como imagino que possa ser), a sequência de cenas, a construção do todo, os cortes e novas tentativas até chegar a este livro, a este todo feito de peças, que vale, acima de tudo, para mim, pela escrita diabolicamente perfeita.

Imperdível para todos os que buscam formas de se maravilharem.

Sinopse

“A realidade é muito mais inverosímil do que a ficção, diz, a certa altura, uma das personagens deste romance. O aqui narrado parte da concepção fantasmática de um génio, uma espécie de mundo de ficção científica, com dois universos paralelos habitados por mónadas, essas substâncias simples, esses pontos metafísicos, essas individualizações infinitamente pequenas, como quartos sem portas nem janelas dentro de uma pirâmide cuja base tenderia ao infinito, onde bastaria uma ínfima coisa para passar de uma realidade para outra, e onde cada um de nós vê o seu duplo e pode escolher entre ser herói ou banal, amar ou resignar-se, sentir prazer ou raiva com a felicidade alheia, lutar pela liberdade ou jogar as regras do jogo, viver com dignidade ou ser passivo, aceitar a ignomínia ou revoltar-se, julgar o outro pondo-se no lugar dele, adoptar muitas perspectivas para perceber o todo, perguntar-se em que é que a ficção supera a realidade, se na beleza ou na construção não tão utópica quanto poderia parecer do melhor dos mundos possíveis.”

Teodolito, 2014

Lido através de Roda dos Livros - Livros em Movimento

Março 05, 2015

Passatempo - A Nossa Casa é Onde está o Coração, de Toni Morrison

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O planetamarcia apresenta mais um passatempo.

Com o apoio da Editorial Presença, que desde já agradeço, podem ganhar 1 exemplar da novidade “A Nossa Casa é Onde está o Coração”, de Toni Morrison.

Só têm de dizer quem é a pessoa mais querida para Frank Money.

O Passatempo decorre até às 23h59 do próximo dia 15 de Março.

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail marciafb@net.sapo.pt , sempre com informação de nome e morada. O nome do premiado será anunciado aqui no blogue; o vencedor será também informado por e-mail.

Serão apenas aceites participações de residentes em Portugal, e uma por participante e residência.

Podem pesquisar aqui.

O envio do prémio é da responsabilidade da Editorial Presença.

Boa sorte a todos! Participem!

Para mais informações consultem o site da Editorial Presença aqui.

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