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planetamarcia

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Janeiro 26, 2014

Porto Editora - Ficção - Novo livro de João Pedro Marques

 

28 de janeiro é a data de publicação do novo romance de João Pedro Marques, O Estranho Caso de Sebastião Moncada. Combinando intriga, crimes e paixões no tempo das Guerras Liberais, este é o novo livro do autor que, com Uma Fazenda em África, um dos bestsellers de 2012, publicado pela Porto Editora, se guindou ao primeiro plano do romance histórico português.

Para além das personagens ricas e da trama misteriosa, o rigor histórico a que o autor já nos habituou completa este livro surpreendente e permite-nos conhecer melhor os primeiros passos da guerra civil portuguesa e o Cerco do Porto de 1832.

Janeiro 25, 2014

Um Aprazível Suicídio em Grupo - Arto Paasilinna - Opinião

 

Querer morrer. É necessário um grande desencanto para desistir de tudo. Neste livro o suicídio chega a ser considerado desporto nacional na Finlândia. Como é que a tristeza se pode tornar tão grandiosa que apague tudo o que de bom significa estar vivo? Tendência dos países nórdicos por causa da falta do sol? Ou será que as motivações para a tristeza e para o desencanto são universais?

Penso que são. Universais. Agora o que leva um povo a ser mais extremista que outro é que deixo para os sociólogos e antropólogos explicarem. O que retive deste livro, e que para mim é mais importante, é que as necessidades fundamentais de qualquer ser humano para ser feliz são transversais a todo o mundo. Depois vêm as diferenças, na sua maioria proporcionadas pela riqueza. Não falo só de dinheiro mas de todo um modo de vida existente nas sociedades (ditas) mais avançadas, em que os objectivos das pessoas passam obrigatoriamente pela carreira, por lutar por um nível de vida elevado, com comodidades e luxos. E nessa luta isolamo-nos porque relegamos para segundo plano as amizades e as relações humanas. Para atingirmos os nossos objectivos de conforto perdemos, muitas vezes o norte do que nos faz felizes, a essência do que é sermos pessoas que se relacionam positivamente umas com as outras, para nos tornarmos ilhas.

Eu nunca pensei matar-me mas os motivos que fazem o grupo de suicidas deste livro procurarem a morte são, na sua grande medida, os mesmos que trazem momentos de tristeza à minha vida. A frustração profissional, as relações de competição e frieza no mercado do trabalho, a falta de amigos, a solidão, o isolamento provocado pelo urbanismo e pela industrialização. O Homem é um ser social que, nos nossos dias está cada vez mais só.

Arto Paasilinna consegue, com uma escrita muito simples e bonita, recheada de apontamentos irónicos capazes de nos deixar a rir sobre a morte, fazer pensar sobre tudo isto enquanto acompanhamos um grupo de homens e mulheres que viaja pela Europa em busca do precipício ideal para acabar com a vida.

É uma viagem de quem sente que não tem mais nada a perder. Um grupo que atinge um nível de liberdade total só proporcionado por se sentir constantemente à beira do abismo. A sensação de estar no fim da linha, quando se prolonga, pode proporcionar uma análise diferente. Este grupo fica a conhecer-se, conversa, discute, humaniza-se, recupera algo essencial e eu quero acreditar que não é preciso olhar a morte de frente para perceber a essência da vida.

“O homem tira do bolso uma sanduíche, morde-a com apetite e diz para consigo que, no fim de contas, a vida é magnífica, simples, digna de ser vivida. Olha fixamente para as chamas, acaricia-as com o olhar. Assim têm feito os finlandeses durante milénios. Tal como agora os suicidas, ali reunidos à volta da sua fogueira na Floresta Negra, longe da pátria. Gente tão posta à prova pela vida que se esqueceu cedo de mais da sua beleza.” (Pág. 161)

Sinopse

“É precisamente no S. João, festa de luz e alegria realizada em pleno Verão, que um pequeno empresário em crise, Onni Rellonen, decide acabar com a vida. Mas quando, de pistola no bolso, se aproxima de um celeiro isolado, local ideal para uma morte tranquila, depara com uma estranha cena. E, no último momento, consegue salvar um outro candidato ao suicídio já com um nó corrediço apertando em volta do pescoço. É o coronel Kemppainen, um inconsolável viúvo que escolhera igualmente aquele luminoso solstício para pôr fim à vida.
Influenciados por este acaso renunciam à sua intenção comum e conversam sobre as razões que os levaram a tomar tão sombria decisão. Já em casa de Onni preparam uma sauna, bebem, pescam e tratam-se por tu.
Depressa chegam à conclusão que na Finlândia existe um grande número de candidatos ao suicídio. E daí até à ideia de fundarem uma associação de «candidatos ao suicídio» vai um passo. Colocam um anúncio:
ESTÁ A PENSAR SUICIDAR-SE?
Não entre em pânico, não está sozinho.
Também nós temos pensamentos semelhantes,
e até alguma experiência. (…)
Respostas à Posta Restante dos
Correios Centrais de Helsínquia,
para: «Tentar em conjunto.»
E um dia, acompanhados de três dezenas de companheiros, partem num confortável autocarro para uma aprazível viagem de suicídio colectivo. Atravessam a Europa em busca do melhor precipício para se lançarem no vazio. Entre os candidatos, encontram-se alguns com bastante humor, outros mais sombrios, mas todos eles participando nas ferozes reflexões de Paasilinna sobre o suicídio enquanto desporto finlandês.
Acabam por encontrar o local ideal em Portugal, uma falésia junto à Fortaleza de Sagres.
Um Aprazível Suicídio em Grupo é uma narrativa irónica e macabra, que provoca riso e compaixão. É também uma fábula terna e ácida sobre vidas sombrias.”

Relógio D’Água, 2010

Janeiro 21, 2014

Passatempo - Nove Mil Dias e uma só Noite, de Jessica Brockmole

 

O planetamarcia apresenta mais um passatempo.

Com o apoio da Editorial Presença, que desde já agradeço, podem ganhar 1 exemplar de “Nove mil Dias e uma só Noite”, de Jessica Brockmole, uma novidade publicada hoje.

Só têm de dizer onde vive a jovem poetisa Elspeth Dunn.

O Passatempo decorre até às 23h59 do próximo dia 2 de Fevereiro.

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail marciafb@net.sapo.pt , sempre com informação de nome e morada. O nome do premiado será anunciado aqui no blogue; o vencedor será também informado por e-mail.

Serão apenas aceites participações de residentes em Portugal, e uma por participante e residência.

Podem pesquisar aqui e aqui.

O envio do prémio é da responsabilidade da Editorial Presença.

Boa sorte a todos! Participem!

 

Para mais informações consultem o site da Editorial Presença aqui.

Janeiro 21, 2014

Novidade Planeta - «O FILHO PERDIDO DE PHILOMENA LEE», de Martin Sixsmith

 

Enquanto adolescente na Irlanda de 1952, Philomena Lee engravidou e foi enviada para um convento – uma «mulher perdida, caída em desgraça».
Durante três anos depois do nascimento do filho, cuidou dele naquele lugar. Depois a Igreja levou-o de si e vendeu-o, a exemplo de inúmeras outras crianças, para a América, onde foi adoptado.
Durante cinquenta anos Philomena procurou encontrar o filho mas nunca soube para onde foi. Sem saber que ele também a procurou toda a vida. O filho, Michael Hess, nome dado pela família adoptiva, tentou procurar a mãe, mas a Igreja negou-lhe informações, pois receava a descoberta do macabro negócio de venda de crianças.
Michael foi um advogado de renome, conselheiro jurídico do presidente Bush, que acabou por morrer vítima de sida.
Este escândalo, quando foi descoberto, abanou os alicerces da Igreja Católica e embora, tenham pedido publicamente perdão às mães a quem venderam os seus bebés, sofreram a vergonha também pública de não serem perdoados.
Soberbamente contada por Martin Sixsmith, esta é uma história de que irá tocar o coração dos leitores, pois confirma que, mesmo na tragédia, o laço entre uma mãe e um filho nunca pode ser quebrado e o amor encontrará sempre um caminho.
Martin Sixsmith nasceu em Cheshire e frequentou as universidades de Oxford, Harvard e a Sorbonne.
Entre 1980 e 1997 trabalhou para a BBC, como correspondente em Moscovo, Washington, Bruxelas e Varsóvia.
Entre 1997 e 2002 trabalhou para o Governo Britânico como Director de Comunicações.
Actualmente é escritor, apresentador e jornalista.
488 páginas / 20,95€

Disponível a partir de 23 de Janeiro

Janeiro 21, 2014

Novidade Planeta - «CIDADE PROIBIDA», de Eduardo Pitta

 

Com a homossexualidade como pano de fundo, Eduardo Pitta retrata neste romance singular uma Lisboa de privilegiados, onde o amor ocupa um lugar sempre periclitante.

Cidade Proibida é o retrato de uma certa Lisboa, na actualidade. Uma cidade onde Rupert e Martim decidem viver juntos, mesmo que o tenham de fazer num meio tradicional, endinheirado e snob que poderá vir a cavar um fosso irremediável entre ambos. Mas o encontro que mudou a vida dos dois justifica esse desafio. Rupert é inglês e está em Lisboa como professor.
Martim nasceu e estudou no Estoril, doutorou-se em Oxford e mantém uma assessoria régia numa holding de comunicação.
É em Londres, que Rupert conhece Martim. De regresso a Portugal, Rupert troca o seu modo de vida pelo de Martim.
Por seu intermédio, acede a um meio que lhe é completamente estranho, o das famílias tradicionais com casa no Estoril e assento em poderosos conselhos de administração.
Contrariado, vê-se obrigado a privar com homens arrogantes com quem Martim estava habituado a programar temporadas de ópera em Nova Iorque e Salzburgo, carnavais em Veneza e compras em Milão.
Rupert sabe que não faz parte desse mundo. Tudo visto, a única cedência de Martim foi ter concordado em deixar o gato em casa da mãe para irem viver juntos. No resto, manteve-se inflexível. E um certo alheamento da realidade fez com que levasse tempo a perceber que a história de ambos era atravessada por zonas de sombra...

Eduardo Pitta nasceu em 1949. É poeta, escritor, ensaísta e crítico. Tem poemas, contos e ensaios publicados em revistas de Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália, Colômbia, Inglaterra e Estados Unidos.
Entre 1974 e 2013 publicou dez livros de poesia, uma trilogia de contos, um romance, cinco volumes de ensaio e crítica e dois diários de viagem.
Em 2008, adaptou para crianças O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queiroz. Os títulos mais recentes são Desobediência (2011), Cadernos Italianos (2013) e o volume de memórias Um Rapaz a Arder (2013).
Participou em congressos, seminários e festivais de poesia em Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Colômbia.
É colunista da revista LER, crítico literário da revista Sábado e autor do blogue Da Literatura.

144 páginas / 14€
Disponível a partir de 23 de Janeiro

Janeiro 20, 2014

Novidade Editorial Presença - Nove Mil Dias e Uma Só Noite, de Jessica Brockmole - Amanhã, 21 de Janeiro de 2014

 

 

ROMANCE HISTÓRICO DE ESTREIA UMA TROCA DE CARTAS APAIXONADA

Afastados pelo oceano. Separados pelo destino. Unidos pelo amor.

Março de 1912. A jovem poetisa Elspeth Dunn nunca saiu da remota ilha escocesa de Skye, onde vive, e é com grande surpresa que recebe a primeira carta de um admirador do outro lado do Atlântico. É o início de uma intensa troca de correspondência que culminará num grande amor. Subitamente, a Europa vê-se envolvida numa Guerra Mundial, e o curso normal das vidas é abruptamente interrompido. Junho de 1940. O Velho Continente vive mais uma vez o tormento de um conflito mundial e uma nova troca epistolar incendeia os corações de dois amantes, desta vez o de Margareth, filha de Elspeth, e o do jovem piloto da Royal Air Force por quem se apaixonou. Cheio de glamour e de pormenores de época, este romance faz a ponte entre as vidas de duas gerações - os seus sonhos, as suas paixões e esperanças -, e é um testemunho do poder do amor sobre as maiores adversidades.

Jessica Brockmole é uma autora norte-americana que viveu vários anos na Escócia. Foi desde sempre uma apaixonada pela ficção histórica. Este seu romance de estreia, cujos direitos foram vendidos para diversos países - Espanha, França, Alemanha, Itália, Brasil e China -, vem introduzir uma nova e admirável voz no panorama literário internacional.

«Uma história de amor narrada com o poder da palavra escrita.»

USA Today

«Uma encantadora história de amor contada através de uma longa troca de cartas. Imaginada com grande beleza e muito romântica».

The Times

Título Original: Letters From Skye

Tradução: Catarina F. Almeida

Páginas: 256

Coleção: Grandes Narrativas Nº 567

PREÇO SEM IVA: 14,06€ / PREÇO COM IVA: 14,90€

ISBN: 978-972-23-5185-0

Código de Barras: 9789722351850

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

Janeiro 19, 2014

as primeiras coisas - Bruno Vieira Amaral - Opinião

 

É na Introdução que Bruno Vieira Amaral agarra de imediato o leitor. A forma como o narrador descreve a sua solidão, como se sente uma ilha tanto em relação ao passado (casamento, emprego), como em relação ao presente – à sua situação actual de regresso à casa da mãe e ao bairro onde cresceu. Tudo à sua volta lhe parece absurdo e é extraordinária a forma como o autor consegue transmitir todos esses sentimentos ao leitor. Uma escrita sincera e crua, que dá a sensação de sair bem logo à primeira, sem paninhos quentes nem artifícios. A escrita convenceu-me e é, para mim, a grande surpresa deste livro.

“Há momentos em que somos obrigados a conviver com pessoas de natureza tão distinta da nossa que bastam cinco minutos de contacto para percebermos que, cedo ou tarde, os diques que sustêm a hostilidade latente acabarão por ceder e quanto mais pressão pusermos sobre eles maior será a catástrofe. A questão que nos colocamos é a de saber se o ideal é passar de imediato para a fase de conflito declarado ou aguardar diplomaticamente que, como dizem alguns entendidos nas matérias, as coisas sigam ao seu ritmo, na vã esperança de que uma relação franca e honesta, ainda que difícil, seja possível. A diplomacia, sabe quem já esteve na guerra, é um exercício de grande violência interior.” (Págs. 20/21)

“Doía-me cada músculo, como se estivessem a ser pressionados por uma mão invisível, todos os ossos, como se estivessem a ser roídos por dentro. (…) Chegara ao ponto mais baixo da minha existência, desprovido de qualquer esperança, sem vontade de sair do quarto, só animado pelo desejo mórbido de apodrecer ali dentro, esquecido. (…) Chegara ao fim. Não era agonia. Era cansaço, desemprego existencial, lassidão dos membros, a ânsia de adormecer.” (Págs. 55/56).

E quando o viajante está na última paragem surge um último transporte. Que na verdade não o leva para longe mas para dentro, numa viagem real ao coração do Bairro Amélia, uma subida a um palco com direito a uma viagem pelos bastidores de uma peça de teatro tão triste quanto cómica, tão inacreditável que só pode mesmo ser real. Uma viagem redentora? Um passeio em busca de salvação?

E vamos todos. Todos os que lerem este livro. Eu não só visitei o Bairro Amélia como fui concluindo que o Bairro Amélia me visita diariamente, mesmo sem nunca lá ter estado. Personagens que parecem saídas de uma imaginação rocambolesca existem, e todos os dias saem dos seus Bairros Amélia e surgem na minha vida; identifico com facilidade alguns deles que, tal como eu, têm empregos e andam por todo o lado. Este Bairro é, em grande medida, o retrato de um país retrógrado, povoado de analfabetos, com tendências doentias. Ou então sou eu que tenho azar de conviver com eles diariamente.

As descrições de Bruno Vieira Amaral são transversais a toda uma sociedade. A pobreza de espírito e a ignorância não são exclusivas dos bairros sociais ou das camadas mais pobres. Na verdade vivemos num país que é um grande Bairro Amélia.

Quanto a pontos menos positivos deste livro tenho de apontar as notas de rodapé, que não têm a sua função habitual; sendo demasiado exaustivas e excessivas (mais de noventa), são quase sempre outras estórias. Tenho de admitir que as descrições isoladas das personagens ou situações, como se fossem capítulos, nem sempre me facilitaram o cruzamento da informação; sabia que já se tinha falado de determinada pessoa algures mas já não era suficiente para reter laços familiares ou amizades/inimizades, talvez aqui notas de rodapé na sua função mais básica tivessem sido úteis.

À parte estes detalhes importa reter que “as primeiras coisas” é, acima de tudo, um livro real que vale pela forma como nos acorda, revolta, diverte e emociona, faz pensar que ninguém está livre de perder tudo, mas só depende de quem cai conseguir levantar-se. Nem que seja para fazer uma viagem de observação e dissertar.

Sinopse

“Quem matou Joãozinho Treme-Treme no terreno perto do depósito da água? O que aconteceu à virginal Vera, desaparecida de casa dos pais a dois meses de completar os dezasseis anos? Quem foi o homem que, a exemplo do velho Abel, encontrou a paz sob o céu pacífico de Port of Spain? Porque é que os habitantes do Bairro Amélia nunca esquecerão o Carnaval de 1989? Quem é que poderá saber o nome das três crianças mortas por asfixia no interior de uma arca? Onde teria chegado Beto com o seu maravilhoso pé esquerdo se não fosse aquela noite aziaga de setembro? Quantos anos irá durar o enguiço de Laura? De que mundo vêm as sombras de Ernesto, fabuloso empregado de mesa, Fernando T., assassinado a 26 de dezembro de 1999, Jaime Lopes, fumador de SG Ventil, Hortênsia, que viveu e morreu com medo de tudo? Quando é que Roberto, anjo exterminador, chegará ao bairro para consumar a sua vingança? 
Memórias, embustes, traições, homicídios, sermões de pastores evangélicos, crónicas de futebol, gastronomia, um inventário de sons, uma viagem de autocarro, as manhãs de Domingo, meteorologia, o Apocalipse, a Grande Pintura de 1990, o inferno, os pretos, os ciganos, os brancos das barracas, os retornados: a Humanidade inteira arde no Bairro Amélia.”

Quetzal, 2013

Janeiro 18, 2014

«Hav», viagem a um lugar que não existe, é o segundo título de Jan Morris na colecção de viagens de Carlos Vaz Marques

 

Este livro levá-lo-á a uma cidade do Mediterrâneo oriental onde seguramente nunca esteve. Mais: de que nunca ouviu falar.

Hav, poderosa alegoria sobre um cruzamento de culturas arrasado de forma enigmática, atraiu ao longo dos séculos os mais intrépidos viajantes e inspirou uma vasta galeria de artistas, de Chopin a Joyce.

Até Hitler terá talvez pernoitado clandestinamente em Hav, episódio nunca tirado a limpo.
Tudo isto nos é contado por Jan Morris com a mesma capacidade de captar atmosferas e recriar ambientes que aplica a lugares, por assim dizer, verdadeiros.

Jan Morris (1926) recebeu ao nascer o nome de James Humphrey Morris. Apesar da identidade masculina, cedo percebeu que tinha nascido «no corpo errado». Publicou dois romances (reunidos neste volume) e uma colectânea de contos, a que acrescem diversas obras historiográficas, memórias, biografias, ensaios. É uma referência mundial da literatura de viagens. Em 1972, concluído o processo de transição para o sexo feminino, passou a chamar-se Jan Morris. Vive com Elizabeth Tuckniss, com quem casou em 1949 e de quem teve cinco filhos. Em 2008, o Times incluiu-a entre os 15 maiores escritores britânicos do pós-guerra.

Tradução de Raquel Mouta e Vasco Gato | 400 pp. 

Janeiro 17, 2014

Porto Editora - Ficção - "A Rainha dos Sipaios", de Catherine Clément

 

Lakshmi Bai é o nome da rainha indiana que inspirou Catherine Clément para o seu mais recente romance, A Rainha dos Sipaios, que será publicado pela Porto Editora a 24 de janeiro.

Ainda hoje um símbolo de coragem, Lakshmi Bai foi o rosto de um dos principais movimentos de libertação nacional da Índia contra o domínio do Império Britânico, eternizado como Revolta dos Sipaios.

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